Na Europa moderna, antes do advento da industrialização e mesmo após este, a produção artesanal de chapéus continuou quase que inalterável nos últimos séculos, a não ser pelo emprego de novas ferramentas, produtos e formas de se fazer os diferentes chapéus, no entanto um fato curioso é que nesta época, um dos materiais utilizados na fabricação de chapéus era o mercúrio. O mercúrio é o único metal que possui o seu estado natural na forma líquida, no entanto, na produção de chapéus o mercúrio era aquecido a tal ponto que acabava evaporando, e a inalação desta metal causa problemas pulmonares, respiratórios, podendo afetar a visão, a pele, o sistema nervoso, levando a pessoa a ficar louca e até mesmo a vim falecer após longas exposições aos vapores de mercúrio. Devido a este fato, surgiu não se sabe quando a expressão "louco ou maluco como um chapeleiro" em referência ao desconhecido mal que acometia estes trabalhadores até então.
"Cinco minutos com Vênus, e a vida toda com mercúrio"
Novamente na Europa moderna, mais uma vez o mercúrio era o responsável por outra expressão. Tal expressão não diferente da anterior ainda é incerta a sua origem. Mas, vamos começar pela questão dos "cinco minutos com Vênus". Na mitologia romana Vênus (Afrodite para os gregos) era a deusa do amor, da beleza, da sensualidade e da sexualidade, sendo assim, cinco minutos com Vênus referia-se a relação sexual, agora vem a segunda parte. Na época moderna, começou na Europa os primeiros surtos de sífilis, e até então não havia cura efetiva para esta doença sexualmente transmissível. Mas, curiosamente (ainda não sei o motivo ao certo) o mercúrio era utilizado como um dos supostos tratamentos na cura da sífilis. Com isso, quando uma pessoa contraria sífilis, um dos tratamentos utilizados estava a inalação de vapores de mercúrio, o qual causaria os problemas já mencionados anteriormente, no entanto devido ao desconhecimento de tais problemas, acreditava-se em geral que se a pessoa viesse a morrer, era por causa da própria sífilis e não do mercúrio.
"Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"
"É-nos lícito dar tributo a César, ou não? Mas Jesus, percebendo a astúcia deles, disse-lhes: Mostrai-me um denário. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". [Lucas 20:22-25]
Nessa expressão bíblica, não há mistério algum em compreende-la. Quando o apóstolo disse que na moeda havia a efígie de César (neste caso, os 11 primeiros imperadores romanos, adotaram o título de César, sendo assim nesta época em que a história ocorreu o imperador era Tibério), sendo assim, o dinheiro era para César, já que Deus não aceitava dinheiro ou outro tipo de oferenda, apenas a fé e a devoção das pessoas. Não obstante a frase não se refere apenas a questão do dinheiro, mas a qualquer tributo pago pelos judeus aos romanos nesta época.
"Sósia"
Sósia é um termo que expressa uma pessoa que seja muito parecida com a outra. Tal expressão advêm da mitologia grega de duas peças para ser mais exato, uma peça do dramaturgo romano Plauto (230-180 a.C) e do dramaturgo francês Moliére (1622-1673). Ambos retrataram uma das histórias da mitologia grega quando Anfitrião marido de Alcmena (mãe de Héracles) deixa a cidade de Tebas para participar da guerra. Zeus encantado pela beleza de Alcmena, assume a aparência de Anfitrião e deita-se com Alcmena a qual acha que realmente era o seu marido que havia retornado, desta relação nasceu Héracles. Contudo antes de Zeus conseguir fazer isso ele tinha que passar pelo criado de Anfitrião, Sósia que guardava a porta de seus aposentos, para isso, Zeus pediu a ajuda de seu filho, o deus Hermes, o qual assumiu a aparência de Sósia. Enquanto Hermes disfarçado fazia confundir o próprio Sósia, Zeus entrou no quarto. A partir desta história passou a se empregar não sabe-se a partir de que época, a palavra sósia como referência a uma pessoa muito igual a outra. Não obstante o nome Anfitrião passou a significar aquele que recebe alguém em algum lugar.
NOTA: Na história infantil Alice no País das Maravilhas (1865), uma das personagens mais marcantes é o Chapeleiro Maluco (Mad Hatter), o qual consiste numa alusão do escritor Lewis Carrol a expressão "louco como um chapeleiro".
NOTA 2: Tibério (42 a.C -37 d.C) foi o segundo imperador romano, tendo governado de 14 a 37.
Links relacionados:Momento: Expressões da História - parte I
Momento: Expressões da História - parte II
Momento: Expressões da História - parte III
Momento: Expressões da História - parte V
"Cinco minutos com Vênus, e a vida toda com mercúrio"
Novamente na Europa moderna, mais uma vez o mercúrio era o responsável por outra expressão. Tal expressão não diferente da anterior ainda é incerta a sua origem. Mas, vamos começar pela questão dos "cinco minutos com Vênus". Na mitologia romana Vênus (Afrodite para os gregos) era a deusa do amor, da beleza, da sensualidade e da sexualidade, sendo assim, cinco minutos com Vênus referia-se a relação sexual, agora vem a segunda parte. Na época moderna, começou na Europa os primeiros surtos de sífilis, e até então não havia cura efetiva para esta doença sexualmente transmissível. Mas, curiosamente (ainda não sei o motivo ao certo) o mercúrio era utilizado como um dos supostos tratamentos na cura da sífilis. Com isso, quando uma pessoa contraria sífilis, um dos tratamentos utilizados estava a inalação de vapores de mercúrio, o qual causaria os problemas já mencionados anteriormente, no entanto devido ao desconhecimento de tais problemas, acreditava-se em geral que se a pessoa viesse a morrer, era por causa da própria sífilis e não do mercúrio.
"Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"
"É-nos lícito dar tributo a César, ou não? Mas Jesus, percebendo a astúcia deles, disse-lhes: Mostrai-me um denário. De quem é a imagem e a inscrição que ele tem? Responderam: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". [Lucas 20:22-25]
Nessa expressão bíblica, não há mistério algum em compreende-la. Quando o apóstolo disse que na moeda havia a efígie de César (neste caso, os 11 primeiros imperadores romanos, adotaram o título de César, sendo assim nesta época em que a história ocorreu o imperador era Tibério), sendo assim, o dinheiro era para César, já que Deus não aceitava dinheiro ou outro tipo de oferenda, apenas a fé e a devoção das pessoas. Não obstante a frase não se refere apenas a questão do dinheiro, mas a qualquer tributo pago pelos judeus aos romanos nesta época.
"Sósia"
Sósia é um termo que expressa uma pessoa que seja muito parecida com a outra. Tal expressão advêm da mitologia grega de duas peças para ser mais exato, uma peça do dramaturgo romano Plauto (230-180 a.C) e do dramaturgo francês Moliére (1622-1673). Ambos retrataram uma das histórias da mitologia grega quando Anfitrião marido de Alcmena (mãe de Héracles) deixa a cidade de Tebas para participar da guerra. Zeus encantado pela beleza de Alcmena, assume a aparência de Anfitrião e deita-se com Alcmena a qual acha que realmente era o seu marido que havia retornado, desta relação nasceu Héracles. Contudo antes de Zeus conseguir fazer isso ele tinha que passar pelo criado de Anfitrião, Sósia que guardava a porta de seus aposentos, para isso, Zeus pediu a ajuda de seu filho, o deus Hermes, o qual assumiu a aparência de Sósia. Enquanto Hermes disfarçado fazia confundir o próprio Sósia, Zeus entrou no quarto. A partir desta história passou a se empregar não sabe-se a partir de que época, a palavra sósia como referência a uma pessoa muito igual a outra. Não obstante o nome Anfitrião passou a significar aquele que recebe alguém em algum lugar.
NOTA: Na história infantil Alice no País das Maravilhas (1865), uma das personagens mais marcantes é o Chapeleiro Maluco (Mad Hatter), o qual consiste numa alusão do escritor Lewis Carrol a expressão "louco como um chapeleiro".
NOTA 2: Tibério (42 a.C -37 d.C) foi o segundo imperador romano, tendo governado de 14 a 37.
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Momento: Expressões da História - parte II
Momento: Expressões da História - parte III
Momento: Expressões da História - parte V
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