Pesquisar neste blog

Comunicado

Comunico a todos que tiverem interesse de compartilhar meus artigos, textos, ensaios, monografias, etc., por favor, coloquem as devidas referências e a fonte de origem do material usado. Caso contrário, você estará cometendo plágio ou uso não autorizado de produção científica, o que consiste em crime de acordo com a Lei 9.610/98.

Desde já deixo esse alerta, pois embora o meu blog seja de acesso livre e gratuito, o material aqui postado pode ser compartilhado, copiado, impresso, etc., mas desde que seja devidamente dentro da lei.

Atenciosamente
Leandro Vilar

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Lembre-se do Álamo

Ocorrida em 1836, no Texas, a Batalha do Álamo, tornou-se um marco histórico tanto para a história dos Estados Unidos da América, assim como, para a história do México. Embora não tenha sido uma batalha grandiosa, esse conflito que durou quase duas semanas, resultou no embate de uma pequena força de texanos contra o exército mexicano, numericamente bem superior a eles. E por mais que os texanos tenham perdido essa luta, mas a bravura daqueles homens ecoou, servindo de inspiração para que o Texas não desistisse de sua independência. O presente texto procurou contar um pouco dessa história que é tida como exemplo de patriotismo. 

O Álamo

O atual estado americano do Texas, originalmente foi uma província mexicana ao longo de várias décadas. Por volta de 1690 ou 1691, os espanhóis começaram a colonizar o norte da colônia da Nova Espanha (atual México), que naquele tempo possuía uma extensão maior do que hoje em dia. Um dos locais escolhidos para se implementar assentamentos e missões evangelistas, foi a província de Tejas (ou Texas), nome devido ao povo indígena que ali habitava. A partir desse núcleo inicial, situado hoje em território da cidade de San Antonio, anos depois veio a surgir a Missão de San Antonio do Álamo, que teria começado a ser construída em 1718, consistindo numa igreja e algumas casas em volta. A missão seguiu operante até 1793, quando foi abandonada. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 3). 

O Álamo em fotografia recente. 

Na década de 1790 outras missões no Texas e no Novo México começaram a serem desativadas por falta de verbas, ou porque a maioria dos indígenas já haviam sido catequizados, ou por mudanças políticas da igreja, que enviaram os missionários para outros territórios. Com isso, a Igreja de Santo Antônio do Álamo ou apenas chamada de Álamo, foi gradativamente sendo abandonada, condição essa que em pinturas e desenhos na década de 1830, já mostravam ela com o telhado caído e danificada pelo abandono de vários anos.

No começo do século XIX a expansão americana a partir da Luisiana, levou colonos e tropas a começaram adentrar o território mexicano do Texas. Na época o México estava em luta para promover sua independência, processo que demorou mais de uma década, tendo iniciado em 1810 e concluído em 1821. Entre os anos de 1812 e 1813, tropas mexicanas e americanas lutaram em diferentes localidades da província do Texas, e as forças americanas conseguiram se apossar das antigas missões do Álamo e de La Bahia. Assim, ilegalmente colonos americanos começaram a se fixar nas terras mexicanas do Texas e depois do Novo México e da Alta Califórnia. E como o governo estava ocupado com as guerras de independência, escolheram priorizar o conflito contra a Espanha, permitindo que mais colonos americanos fossem adentrando suas terras nos anos seguintes. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 3). 

Crise mexicana (1821-1835)

Consolidada a independência mexicana, o novo governo de caráter monarquista, tratou de resolver o problema da perda de território para os colonos americanos durante os anos de expansão para o oeste. Cogitou-se usar a força para expulsar aqueles colonos, porém, a decisão foi por um caminho mais diplomático. Estimava-se que em 1821 houvessem milhares de americanos vivendo em terras mexicanas, muitos já com suas fazendas e ranchos, inclusive tendo fundado vilas e vilarejos. O governo do imperador Agostinho I, decidiu em 1823 legalizar os colonos americanos, inclusive lhes oferecendo cidadania e direitos, além de outras vantagens. A ideia era utilizá-los para colonizar o norte do país, que ainda era pouco povoado por colonos, sendo habitado na maioria por tribos indígenas hostis ao governo. Os americanos seriam utilizados a serviço do governo mexicano. A ideia deu certa e foi reafirmada em 1824 pela República dos Estados Unidos do México, a qual assumiu o governo do país. Estima-se que nos doze anos seguintes, pelo menos 28 mil americanos migraram para o México, atraídos pelas vantagens da lei de colonos. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 5). 

Entretanto, havia políticos, militares e cidadãos mexicanos que não apoiavam essa lei que favorecia a entrada de imigrantes dos Estados Unidos. E alguns defendiam que o governo deveria endurecer a legislação e melhorar a fiscalização das fronteiras. Outros alegavam que os territórios do norte e nordeste eram mais americano do que mexicano. Entre os homens que pensavam assim, estava o general Antonio López de Santa Anna (1794-1876). 

General Santa Anna na década de 1850. 

No começo da década de 1830 o México ainda continuava numa crise político-econômica, onde diferentes alas entre conservadores e liberais, disputavam o poder republicano. Nesse período o general Santa Anna foi se destacando por suas campanhas militares durante a guerra de independência, o que o impulsionou no cenário nacional como um herói ou um sanguinário senhor da guerra. Apesar dessa opinião pública ambígua sobre suas ordens e comportamento, Santa Anna decidiu investir na política, mas o cargo almejado não era qualquer um, em 1833 ele disputou a polêmica eleição presidencial, sendo eleito pelo Partido Liberal, apesar que suas atitudes na maioria das vezes não condiziam com o liberalismo. Seu vice-presidente foi Valentín Gómez Farías (1781-1858).

Santa Anna e Farías permaneceram no poder até 1839, no entanto, sublinha-se que nos anos de 1833 e 1834 devido a problemas de saúde, Santa Anna passou meses longe do governo, cabendo a Farías a chefia do país. Entretanto, entre 1835 e 1836, o presidente Santa Anna voltou a se afastar do cargo para comandar campanhas militares contra os colonos estadunidenses que viviam no Texas. Sublinha-se que ele era contrário as concessões cedidas aos colonos estadunidenses, algo que o levou

A guerra do Texas (1835-1837)

Não demorou para os texanos saberem que o novo presidente do México, não possuía bons olhos para os colonos. Inclusive ele estaria mobilizando um exército para invadir o Texas. Apesar de tal informação inicialmente ter sido tomada como boato, realmente ela era real. Santa Anna planejava enviar um exército para o Texas. Somando-se a isso, o presidente suspendeu direitos dados aos colonos e os mexicanos, o que levou ao surgimento de revoltas em algumas províncias, incluindo o Texas. E a situação agravou-se em 2 de outubro de 1835 com a Batalha de Gonzales, entre texanos rebeldes e tropas mexicanas, que foram sufocar a revolta, todavia, os texanos saíram vitoriosos desse primeiro conflito, que tornou-se o marco para a guerra de independência do Texas(HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 6). 

Após a vitória em Gonzales, parte dos texanos começaram a se mobilizar e defender a ideia de um Texas independente, pois o governo mexicano havia lhes subtraído os direitos, e o governo americano havia lhes dado as costas, deixando-os a própria sorte, logo, para alguns, a solução era tornar o Texas uma nação livre, mas para isso eles teriam que vencer o exército mexicano. Ainda em outubro, novembro e dezembro de 1835, novos conflitos contra tropas mexicanas ocorreram, gerando prejuízo para os mexicanos e algumas vitórias para os texanos. Devido a tais resultados, o presidente Santa Anna decidiu ir pessoalmente ao Texas para sufocar essa rebelião. (HALDIN, 2001, p. 7-8). 

O cerco do Álamo (23 de fevereiro a 6 de março)

Ainda no final de 1835 o Álamo havia sido ocupado por tropas rebeldes. Era a melhor fortificação que se possuía nas terras de San Antonio de Béxar, para onde seguiu o exército de Santa Anna. De início haveria 100 texanos aquartelados no Álamo, que na época era formado pela igreja com teto desabado, algumas casas que foram feitas em quartéis, dependências, uma enorme praça de armas, um poço e um muro. Armas, pólvora e canhões foram ali colocados para melhorar as defesas do local. O comando daquela guarnição foi dado ao tenente-coronel James C. Neill (c. 1788-1848). 

Plantas do forte do Álamo em 1836. Desenho de Paul Hannon (1985). 

Em 6 de janeiro, Neill enviou uma carta ao governador do Texas, Henry Smith (1748-1856), solicitando reforços, munição e suprimentos. Enquanto o governador Smith providenciava isso, Neill debatia com seu oficial imediato, Sam Houston (1793-1863), acerca das defesas do forte. Houston posteriormente assumiu os cargos de governador, senador e presidente do Texas, tendo um papel importante na independência texana, apesar que ele não participou da Batalha do Álamo, tendo se retirado bem antes de ela começar. (HARDIN, 2001, p. 13-14). 

Em meados de janeiro Jim Bowie (1796-1836) e uma milícia de cerca de 30 homens, chegaram ao Álamo. Bowie era um famoso aventureiro cercado por histórias lendárias de façanhas que nunca fez, embora que na realidade ele tivesse sido caçador, pescador, traficante de escravos e exercido outros trabalhos, alguns consideravam ele um oportunista. No caso, Bowie voluntariou-se para ajudar na defesa do Álamo, tendo participado de alguns outros conflitos anteriormente. Além disso, é pertinente ressaltar que na época que ele se voluntariou para defender o Texas, ele estivesse doente de tuberculose, e como não havia cura ainda para essa doença, Bowie poderia ter cogitado já que a vida dele estava no fim, ele morreria fazendo algo importante. (MOUNTJOY, 2009, p. 40-47). 

Retrato de Jim Bowie, o famoso aventureiro do oeste americano. 

Em 6 de fevereiro o jovem advogado e tenente-coronel William Barret Travis (1809-1836), chegou ao Álamo com uma pequena tropa de 30 soldados. Travis era o reforço enviado pelo governador Smith. Embora que ele mesmo vendo a situação precária daquela fortificação e guarnição, escreveu cartas solicitando apoio. Travis estava bastante engajado na luta texana contra os mexicanos e pela busca da independência. Todavia, devido a sua impulsividade, Neill não achou a escolha de Smith sábia, havendo certo conflito de interesses. (MOUNTJOY, 2009, p. 50). 

Retrato do tenente-coronel William Barret Travis. 

Depois da chegada de Travis e seus homens, alguns outros voluntários apareceram, entre eles, David "Davy" Crockett (1786-1836), que chegou no dia 8 de fevereiro. Crockett atuou como caçador, soldado e até político. Ele se interessou pela causa do Texas e se ofereceu para ajudar. Na época ele era famoso por ser considerado um exímio caçador de ursos, possuir uma excelente mira e ter realizado várias proezas equiparáveis as de Bowie. Somando ele e mais alguns voluntários, a tropa de defesa do Álamo mal chegava a 200 homens, além de haver algumas mulheres e crianças, alojadas no forte também. (MOUNTJOY, 2009, p. 55-56). 

Retrato de Davy Crockett

No dia 16 de fevereiro de 1836, o presidente Santa Anna no comando de quatro mil homens, cruzou o rio Grande, fronteira fluvial do Texas, partindo para os arredores de San Antonio de Béxar, pois seus batedores informaram que uma tropa de rebeldes havia se retirado ainda no ano anterior para um forte chamado Álamo. Sabendo isso, Santa Anna tratou de montar acampamento na localidade e pressionar a rendição dos rebeldes, do contrário, eles seriam mortos. (HALDIN, 2001, p. 8). 

Com o anúncio da chegada do exército mexicano de Santa Anna, que possuía um exército estimado em 1.500 combatentes, além e reforços espalhados pelo território sob comando de outros generais e coronéis, totalizando mais de dois mil homens. O tenente-coronel James Neill temendo por sua família e por sua própria vida, apresentou renúncia do comando, pegando todos de surpresa na ocasião. Na época ele sugeriu que Bowie por ser mais familiarizado com milicias e batalhas, deveria assumir o comando, porém, Travis foi contra isso, já que Bowie não era militar de carreira, além de que o próprio Travis era tenente-coronel. Isso gerou um impasse, mas Neill manteve a ordem de nomear como comandante Bowie, o qual celebrou com uma bebedeira, levando parte da guarnição ver aquilo de forma imprudente e apoiarem Travis como comandante oficial. Para evitar uma desunião, os dois concordaram em comandar o forte conjuntamente. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 12). 

No dia 23 de fevereiro teve início ao cerco do Álamo, onde Santa Anna optou por um conflito lento e de opressão. A ideia era forçar os texanos a se renderem, pois ele esperava que o inimigo vendo o tamanho do exército mexicano, optaria pela rendição do que seguir lutando, já que eles não teriam a miníma chance de obterem a vitória. E mesmo que eles quisessem prolongar o cerco, uma hora os suprimentos deles acabariam. E os reforços que os texanos esperavam, teriam que passar pelas frentes mexicanas que estavam de prontidão, vigiando a região. Para Santa Anna o melhor era render-se, no entanto, os texanos não confiavam no presidente mexicano, achavam que ele não manteria a palavra de poupar a vida dos rebeldes. A questão é que os texanos no Álamo, não decidiram se render, e o cerco estendeu-se por treze dias. (HALDIN, 2001, p. 27-28). 

No dia 24, os canhões mexicanos realizaram alguns disparos, mais para amedrontar e causar tensão, do que tentar derrubar o portão ou abrir uma brecha no muro. Neste dia, Travis escreveu sua famosa carta intitulada To the People of Texas & All Americans in the World, a qual se tornou um marco de patriotismo, pois Travis relatou nessa carta de duas páginas, que o Álamo estava sob bombardeio dos mexicanos, pois eles pressionavam que eles erguessem a bandeira branca, no entanto, todos que estavam ali, tinham em mente que não iriam se render ou fugir, pois escolheram lutar pela independência do Texas, pela liberdade e seu povo. A carta com um forte discurso patriótico tornou-se símbolo da resistência texana em 1836, e depois passou a englobar o imaginário patriótico em torno da Batalha do Álamo. (HALDIN, 2001, p. 34). 

As duas páginas da carta escrita pelo tenente-coronel Trevis, em 1836, a partir do Álamo. 

O cerco seguiu os dias seguintes sem grandes conflitos. A ideia de que a Batalha do Álamo foi uma luta grandiosa, acirrada e sangrenta é algo oriundo do imaginário sobre esse conflito, a partir de boatos ou narrativas exageradas. Na prática, pouca gente morreu nos conflitos e a maior parte do tempo, os texanos ficaram restritos ao Álamo, enquanto rechaçavam com seus rifles e canhões a aproximação de soldados mexicanos que tentavam minar o portão e os muros. Porém, foi uma batalha tensa e barulhenta. Em algumas noites, os mexicanos ficavam disparando tiros aleatórios para não deixar os texanos dormirem, criando a tensão de que se eles caíssem no sono ou as sentinelas vacilassem, seria o fim. 

As 5 horas da manhã do dia 6 de março ocorreu o grande assalto ao forte do Álamo. Tropas mexicanas foram divididas para realizarem ataques por distintos lados. Duas ondas de investidas ocorreram em menos de uma hora, e a terceira procedeu por volta das 6h30. Após os texanos conseguirem resistir a duas investidas contra os muros, a terceira foi fatal, levando-os a abandonar a posição e alojar-se nos quartéis, dependências e na igreja, onde seguiram trocando tiros com os soldados mexicanos que se apossavam da praça de armas. Antes do final da manhã, o Álamo havia sido capturado. (HALDIN, 2001, p. 37). 

Bowie foi morto dentro da igreja, Trevis foi alvejado e morto. Crockett foi um dos prisioneiros feitos, embora que posteriormente foi executado por um pelotão de fuzilamento. A maioria dos soldados foram mortos durante a invasão ou depois executados. Os poucos civis ali alojados, como mulheres, crianças e alguns escravos, foram poupados. O Álamo havia sido tomado após doze dias de cerco, onde o conflito terminou num banho de sangue. 

Lembre-se do Álamo

Apesar da derrota no Álamo, os texanos tomaram aquele acontecimento não com pessimismo, mas como fator motivacional para não desistirem da independência e da guerra contra o general Santa Anna. Uma das sobreviventes do Álamo, Susanna Dickinson (1814-1883), que na época possuía 22 anos, foi libertada pelos mexicanos, então ela foi procurar o general Sam Houston, o qual havia auxiliado na organização do forte do Álamo. Susanna contou a Houston sobre a derrota do Álamo, mas ele teria pedido para ela não perder a fé e viajasse para outras cidades, motivando os texanos a se unirem para enfrentar os mexicanos. Houston utilizou a história do Álamo como campanha política e militar para reunir tropas e voluntários, formando um pequeno exército para iniciar uma operação de manobra de evacuação dos texanos, assim como, tentar barrar o avanço do exército mexicano. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 20).  

Com a vitória no Álamo, o presidente Santa Anna deu seguimento a combater os demais rebeldes, ocorrendo novos conflitos pelo mês de março e abril, até que finalmente numa campanha inesperada, no dia 21 de abril, ocorreu a Batalha de San Jacinto, onde os texanos derrotaram as forças mexicanas e fizeram Santa Anna de refém. Com aquela vitória pela qual os mexicanos não esperavam testemunhar de seus inimigos, Santa Anna foi forçado a deixar o Texas e reconhecer o Texas como uma nação independente, o que originou a República do Texas (1836-1846). A contragosto, Santa Anna aceitou os termos de rendição, não voltando mais a causa problemas aos texanos e retirou-se de volta ao México. (HAYTHORNTHWAITHE, 1985, p. 21-22).  

O general Sam Houston por ter comandado as tropas que levaram ao contra-ataque e a vitória em San Jacinto, foi eleito primeiro presidente do Texas. A história do Álamo continuou a se difundida nos anos seguintes, servindo como memória patriótica e um dos marcos históricos para a origem da república texana, onde 182 homens deram suas vidas para que aquela província pudesse se tornar uma nação livre. 

E é claro que a história do Álamo foi aumentada com o tempo, incluindo exaltar as figuras de Bowie, Trevis e Crockett, apesar de seus passados e escolhas controversas. Além de que tais narrativas também abusaram da imagem daquele conflito para promover interesses políticos e militares, algo que o próprio Houston e outros fizeram uso na época. Embora não se possa negar que os homens no Álamo realmente foram bravos em dedicar suas vidas, mesmo sabendo que tudo indicava que seriam mortos, além do fato que a ajuda que eles esperavam nunca foi enviada. Nesse ponto, o governo abandonou aqueles homens a própria sorte e depois fez uso do sacrifício deles como propaganda política. 

Monumento aos defensores do Álamo

NOTA: Em 1822 o político e militar Cosme Damião Agostinho de Iturbide e Aramburu (1783-1824), o qual ajudou nas campanhas de independência, proclamou-se imperador do México, assumindo como Agostinho I. Porém, meses depois ele foi derrubado do poder em 1823, e no ano seguinte realizou um congresso para aprovar uma constituição republicana, tornando o México numa república. 

NOTA 2: Santa Anna era conhecido pelo epíteto de o Napoleão do Oeste, devido ao seu jeito autoritário e ambição de conquistador. Embora que alguns mexicanos e texanos se referiam a ele como o Diablo

NOTA 3: Jim Bowie era conhecido também pela enorme faca de combate e caça que ele utilizava, a qual foi nomeada de faca Bowie. Em uma das façanhas a ele creditadas, ele teria usado essa faca para lutar contra o xerife Norris Wright, de Rapids Parish, em 1826

NOTA 4: Existem dois filmes sobre o conflito: Alamo (1960) dirigido e protagonizado por John Wayne, e Alamo (2004). 

NOTA 5: Nos Estados Unidos há seis cidades chamadas Álamo. 

NOTA 6: O Texas perdeu sua autonomia em 1846, quando foi absolvido pelos Estados Unidos. 

NOTA 7: Sam Houston foi presidente por dois mandatos, 1836-1838 e 1841-1844. 

Referências bibliográficas: 

HARDIN, Stephen L. The Alamo 1836: Santa Anna's Texas Campaign. Illustrated by Angus McBride. London: Osprey, 2001. (Campaign vol. 89). 

HAYTHORNTHWAITHE, Philip. The Alamo and the War of Texan Independence 1835-1836. Illustrated by Paul Hannon. London: Osprey, 1985. (Men-at-Arms Series, vol. 173). 

MOUNTJOY, Shane. The Alamo. The Battle of Texas. New York: Chelsea House, 2009. 

Nenhum comentário: