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Leandro Vilar

segunda-feira, 14 de março de 2022

Ouro azul: o valor do azul na tinturaria europeia (XIII-XVIII)

Durante os séculos XV ao XVII, o azul se tornou uma cor bastante cobiçada, devido a inserção de novas fontes de pigmentação como o anil e o índigo. Na Antiguidade e no Medievo, roupas e tecidos na cor azul eram raros e caros, pois a matéria corante era difícil de ser conseguida, além de que, quanto mais escuro o tom de azul, mais raro e caro era o tecido. Todavia, isso mudou com o período moderno devido a expansão das Grandes Navegações, tornando o acesso aos pigmentos de azul um pouco mais fácil, e com isso teve início em algumas cidades conhecidas por serem polos de tinturaria, a disputa pelo controle dessa cor, a qual tornou-se brevemente o "ouro azul". O presente texto conta um pouco dessa história sobre a cor azul. 

Vendedor de tecidos em ilustração do códice Amb. 317, 2 folio 66 recto, 1445. 

Introdução

Michel Pastoureau (2016) comenta que pigmentos azuis são conhecidos desde a Pré-história, passando pela Antiguidade mais longínqua, sendo encontrado entre os egípcios, sumérios, babilônios, indianos, chineses, persas, hebreus, depois chegando aos gregos e romanos. No entanto, nestes diferentes povos o azul possuía seus usos diversos, em geral, associados com a pintura e a decoração, nem tanto com o vestuário, fato esse que Pastoureau salienta que entre os gregos e romanos, poucas roupas azuis existiam, e quando se ver vestes azuis em abundância entre esses povos, é algo da ficção. 

Não obstante, as formas de conseguir o pigmento azul variavam, advindo do lápis-lazuli, mineral do qual os egípcios se especializaram em usar, conhecido por suas tonalidades fortes. Outro minério é a azurita, mineral menos caro do que o lápis-lazuli, mas também de tons de azul claro ao escuro. Embora mais barata, nem por isso, menos rara. Além de tais minerais, o azul também é extraído de plantas, no caso asiático destacam-se o índigo (Indigofera tinctoria) da qual se extraí o corante anilina, também chamado de anil ou até mesmo de índigo. No caso, os gregos e romanos já tinham conhecimento desses minerais azuis e até do índigo, o qual chegava em suas terras através de uma pasta compactada, por conta disso, alguns autores gregos e romanos achavam que o índigo fosse um mineral, não uma planta. 

Pastoureau também salienta que os povos celtas e germânicos faziam uso do azul, principalmente para a pintura, o que incluía a pintura corporal, considerada um aspecto bárbaro pelos romanos, por conta disso, o azul para os romanos era uma cor associada aos bárbaros, sendo desprestigiada. No entanto, Pastoureau comenta que o azul usado por tais povos era extraído do pastel-dos-tintureiros ou pastel (Isatis tinctoria), uma pequena planta encontrada em vários locais da Europa e Ásia, usada para fins medicinais, mas também para se extrair corante azul. Ela foi a principal foi de corante azul na Europa por séculos, pois era nativa, mas a produção do corante era trabalhosa. 

Um pastel-dos-tintureiros (Isatis tinctoria) florido. 

“As operações necessárias para se obter o corante azul são longas e complexas. Uma vez colhidas, as folhas são moídas numa atafona até se conseguir uma pasta homogênea que é deixada a fermentar durante duas a três semanas. Em seguida com essa pasta – o célebre pastel – formam-se umas bolas ou ‘pães’ (as coques ou  cocagnes), de cerca de quinze centímetros de diâmetro, que ficam a secar sobre crivos, ao abrigo das intempéries. Ao cabo de algumas semanas, são por fim vendidas ao comerciante de pastel: é ele quem se carrega em transformar essas bolas em tintura. Trabalho lento, delicado, sujador, nauseabundo, que requer uma mão-de-obra especializada – e por isso o pastel é um produto tão caro, apesar de o pastel-dos-tintureiros crescer facilmente em variadíssimos solos”. (PASTOUREAU, 2016, p. 67). 

O pastel azul após ser processado por semanas. O corante em pó era misturado com água e outros produtos, em tonéis ou tanques, para depois passar pelos processos de tintura, que poderiam ser repetidos algumas vezes. 

Durante a Alta Idade Média (V-X) o azul ainda seguiu como uma cor pouco influente, pois os vestuários prezavam por tons escuros como o preto e o marrom, ou usavam o cinza e o bege. Já trajes mais requintados faziam uso do vermelho, branco, rosa, verde e as vezes do amarelo, mas o destaque estava no uso de tecidos caros e de peles de animais. O azul era empregado raramente. Além disso, em algumas épocas, o azul foi uma cor associada com a plebe, pois as túnicas e vestidos eram tingidas de azul claro. O mesmo valia para o marrom claro, o bege, o cinza, até mesmo o amarelo. No entanto, no Império Bizantino, o azul era mais bem quisto, fosse para o uso nas artes e até no vestuário, pois os bizantinos através dos árabes tinham acesso a corantes azuis com mais facilidade. (PASTOUREAU, 2016). 

Por conta disso, povos que comercializavam com os bizantinos e árabes, costumavam ter mais acesso a roupas, tecidos e outros produtos azuis. Fato esse que em alguns casos, encontravam-se pessoas abastadas de outras partes da Europa utilizando roupas azuis importadas. (BALFOUR-PAUL, 2012). 

O azul na Baixa Idade Média (XI-XV)

No século XII o azul ganhou nova admiração a partir da arte sacra, com o desenvolvimento dos vitrais na França, em que passou-se a usar o azul ao lado do vermelho, branco, amarelo e verde. Mas sobretudo, por conta da Virgem Maria, a qual ganhou seu manto azul, hoje tão comum. O azul passou a representar a luz, o céu, a vida e a serenidade. Vale lembrar que anteriormente o branco representava a luz e o céu, condições essa que Maria usava um vestido branco, mas coberta com um manto azul, agregando o simbolismo de ambas as cores. (CORRÊA, 2017, p. 21). 

Essa condição de arte sacra vista em igrejas do estilo românico e gótico, inicialmente na França, espalhou-se para a Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Itália e outros países mais tarde. O uso de azul nos vitrais com imagens de santos, personagens bíblicos ou até de passagens da Paixão de Cristo, ajudou as pessoas a terem um bom apreço por aquela cor. 

Um dos belos vitrais da Catedral de Chartres, na França. 

O fato de Nossa Senhora passar a ser retratada usando uma peça de roupa em tom azul se destacou no século seguinte, condição essa que o azul entrou na moda na corte francesa e inglesa. (CORRÊA, 2017, p. 27-28). 

"Por volta de 1230-1250, reis como São Luís ou Henrique III da Inglaterra começam a vestir-se de azul, algo que os soberanos do século XII decerto nunca teriam feito. Esses monarcas são rapidamente imitados pela corte que os rodeia e até pelo Rei Artur, o principal rei lendário nascido da imaginação medieval: nas imagens, a partir de meados do século XIII, não só o vemos frequentemente vestidos de azul. A resistência a esta crescente moda dos azuis reais e principescos vem, sobretudo dos países germânicos e da Itália, onde o vermelho, cor do imperador, retarda um pouco a promoção do azul. Mas é uma resistência de curta duração: no fim da Idade Média, mesmo na Alemanha e na Itália, o azul torna-se a cor dos reis, dos príncipes, dos nobres e dos patrícios, continuando o vermelho a ser a cor emblemática e simbólica do poder imperial e do papado". (PASTOUREAU, 2016, p. 65-66).

O gosto pelo azul iniciado nas cortes francesa e inglesa se espalhou por outros segmentos da sociedade. É evidente que pessoas pobres não teriam roupas azuis de boa qualidade. Ainda assim, na própria iconografia do século XIII, vemos camponeses vestidos de azul, revelando que o apreço por essa cor mudou em relação aos séculos seguintes. A popularidade do azul foi tamanha que ele tornou-se mais recorrente nas ilustrações, gravuras e pinturas, aparecendo não apenas no céu e no mar, mas principalmente nas roupas de pessoas diversas, desde o servo até o rei. Além disso, há pinturas em que o azul foi usado em tendas, cortinas, tapetes, roupas de cama, até mesmo na folhagem. 

Camponeses trabalhando no campo. Ilustração do livro Le Régime de Princess, 1279. 

E devido a mudança em relação a cor azul, as tinturarias passaram a disputar o mercado de tingimento. No século XIII cidade de diferentes países começaram a criar plantações de pastel-de-tintureiro para suprir a demanda por roupas e tecidos em azul. Picardia e Normandia na França, Turíngia na Alemanha, Lombardia na Itália, Lincoln e Glastonbury na Inglaterra, Sevilha na Espanha. No entanto, no século XIV, Languedoc e a Turíngia despontaram como principais polos de plantação do pastel-do-tintureiro. (PASTOUREAU, 2016, p. 67). 

Mapa mostrando as principais cidades produtoras e comercializadoras de pastel-dos-tintureiros na Idade Média. (BALFOUR-PAUL, 2012, p. 32). 

Pastoureau (2016) comenta o caso que esse apreço pelo azul gerou desavenças entre as guildas de tintureiros. Um exemplo citado por ele, ocorreu em 1230, quando a rainha da França, Branca de Castela (1188-1252) para aderir à moda do azul, ordenou que essa cor fosse exclusivamente usada em tinturarias que pertenciam a ela, de forma a monopolizar roupas e tecidos azuis que seriam vendidos a nobreza. Evidentemente que outros tintureiros não gostaram nada disso, e houve protestos e tentativas de boicote. Mas os atos não deram muito certo, afinal, eles estavam protestando diretamente contra a rainha, mesmo que fosse por uma justa causa. 

Na Alemanha também houve desavenças quanto a predileção dada a cor azul. Assim, surgiram tentativas de inviabilizar a popularidade do azul, algo retratado com um artifício religioso: representar demônios e o próprio Inferno na cor azul, como forma de influenciar as pessoas a repudiarem isso. De fato, tal tática as vezes dava certo mesmo. Umberto Eco (2007) comenta que a arte medieval cristã tornou tudo aquilo que fosse errado e pecaminoso, como algo feio ou horrendo. Pois o feio gera repulsa, logo, isso evitaria as pessoas gostarem daquilo. No caso, Eco salienta que realmente tivemos demônios azuis, isso representando em diferentes localidades. Todavia, como Pastoreau sublinhou, mesmo com essas tentativas desleais de se usar a fé para enganar as pessoas, o azul não saiu de moda. 

Representação de Satanás devorando os pecadores. Nota-se suas asas azuis como forma de desmerecer a cor. Imagem contida no Codex Altonensis, século XIV. 

Apesar da tentativa de se desmerecer a cor azul, usando-se demônios e o Inferno para isso, o fato é que acabou não dando certo, até porque havia demônios pretos e vermelhos, nem por isso as pessoas deixaram de usar tais cores. Eco (2010) salienta que em pinturas da realeza francesa, não era incomum encontrar alguém trajado de azul, pois essa cor era referência a riqueza e a própria realeza. Por conta disso, o brasão de armas da França, ainda hoje conserva essa cor. 

"A nova moda dos azuis contribui para a fortuna dos tintureiros especializados nessa cor; pouco a pouco toma a liderança da profissão, passando a ocupar o lugar até então detido pelos poderosos tintureiros de vermelho. Esta evolução faz-se em ritmos diferentes consoantes as cidades. É precoce na Flandres, em Artois, no Languedoque, na Catalunha e na Toscânia; mais tardia em Veneza, Génova, Avinhão, Nuremberga ou Paris". (PASTOUREAU, 2016, p. 69).  

Oficina de tinturaria, Ilustração de um manuscrito datado de 1482. Na imagem vemos o tingimento de um tecido vermelho, mas nota-se um tecido azul. O fato de ele estar no chão, sugira uma tentativa de desmerecer o azul diante do vermelho.

O azul na Idade Moderna (XV-XVIII)

Com o advento do período moderno, o azul continuou em moda, embora o vermelho e o preto voltaram a serem populares. Todavia, a produção de azul vivenciou novo problema nas tinturarias. Enquanto que na pintura ainda se utilizava o azul sintetizado com base no cobre e no cobalto, pois era mais barato do que comprar pigmentos feitos de azurita e lápis-lazúli, na tinturaria o pastel-dos-tintureiros ganhou um forte concorrente, o índigo. 

O azul índigo é extraído da anileira (Indigofera tinctoria), um arbusto de belas flores lilases, nativo da Ásia, conhecido desde a Antiguidade por produzir pigmento azul, inclusive até mais intenso do que o pastel-dos-tintureiros, fato esse que se o índigo não for diluído ele pode gerar um tom de azul marinho ou até preto. De fato, como comentado anteriormente, os egípcios, os gregos e romanos já conheciam o índigo, mas ele era mercadoria importada. No medievo o índigo ainda era importado, porém, na Idade Moderna, com o a expansão comercial para o Oriente Médio, depois pela África e a rota das Índias criada pelos portugueses, importar o índigo tornou-se mais barato, e isso em algumas localidades gerou problema para os produtores de pastel-dos-tintureiros, pois comprometeu seu monopólio. 

Uma anileira (Indigofera tinctoria).

O pigmento de índigo não era usado apenas para tingir tecidos e roupas, mas também no preparo de tintas, inclusive sendo bem mais barato do que a azurite e o lápis-lazúli. Por conta disso, o comércio de índigo era necessário para abastecer os pintores e o tintureiros. Balfour-Paul (2012) comenta que no século XVI com o estabelecimento do Caminho das Índias criado por Vasco da Gama (1497-1499), o envio de navios portugueses, espanhóis, ingleses e franceses à Índia, Malásia e Indonésia se intensificou no século seguinte, com isso, foram criadas companhias de comércio para explorar o lucrativo mercado de especiarias ou drogas das índias como também eram chamadas. No caso, normalmente nos recordamos da canela, do cravo, da pimenta, da baunilha, a noz-moscada, a mostarda, mas outros produtos como o sândalo, aromas perfumados e o índigo também eram importados. 

Balfour-Paul (2012) salienta que os portugueses foram os primeiros a trazer carregamentos de índigo usando essa rota. Porém, eles acabaram deixando de lado o comércio de índigo, optando pelo de pau-brasil, por ser mais barato de ir buscar, já que era bem mais próximo ir ao Brasil do que à Índia. Além de extrair o corante vermelho dessa árvore, a madeira também podia ser aproveitada. Dessa forma, no século XVI, portugueses e franceses focaram a atenção no comércio de pau-brasil para abastecer as tinturarias com corante vermelho. Por sua vez, no século XVII, os ingleses e holandeses se especializaram em comercializar o índigo, aproveitando que este mercado ficou em aberto. 

A rainha Henriqueta Maria da França (1609-1669), usando um belo vestido azul. Pintura de Antoon Van Dyck, c. 1638. Na época o azul estava em moda. 

Pastoureau (2016) comenta que nos séculos XVI e XVII cidades alemãs e italianas conhecidas por serem polos de tingimento e venda de roupas e tecidos, passaram por conflitos entre estabelecimentos especializados na cor vermelha e outros na cor azul, pois, ambas as cores estavam na moda a ponto de haver uma rixa entre os tintureiros e comerciantes pelos mercados locais e regionais, além do fato de existir um conflito interno entre os tintureiros de vermelho e azul contra eles mesmos. Por conta disso, o governo criou regras para evitar tais conflitos. 

"Em certas cidades da Alemanha e da Itália, a especialização é ainda levada mais longe: para uma mesma cor, os tintureiros são distinguidos com base na única matéria corante que têm o direito de usar. Em Nuremberga e Milão, por exemplo, nos séculos XIV e XV, os tintureiros de vermelho são divididos entre os que empregam a garança, matéria corante de preço razoável, produzida em abundância na Europa Oriental ou do Próximo Oriente. Eles não estão sujeitos às mesmas taxas nem às mesmas fiscalizações, não recorrem às mesmas técnicas nem aos mesmos mordentes, não têm a mesma clientela". (PASTOUREAU, 2016, p. 75). 

O exemplo dado por Pastoureau refere-se aos séculos XIV e XV, mas isso também foi visto no XVI e XVII, em que tintureiros que trabalhavam com garança, eram submetidos a outra fiscalização e tributação, diferente dos que faziam uso do pau-brasil. O mesmo ocorria com os tintureiros que faziam uso do pastel-dos-tintureiros e do índigo. As medidas de alterar a fiscalização e a tributação surgiram para evitar desavenças entre tais produtores, pois eles apontavam que suas oficinas e lojas estavam sendo prejudicadas por conta dos concorrentes que faziam uso do pau-brasil e do índigo. Por conta disso surgiram essas variações, assim como, alguns estabelecimentos se notabilizaram em trabalhar com determinados produtos. No caso, Pastoureau sublinha que alguns tintureiros passaram a se especializar no uso do índigo, e sua clientela era a burguesia e a nobreza. 

Balfour-Paul (2012) aponta que no século XVIII o índigo finalmente prevaleceu sobre o pastel-dos-tintureiros. Naquele século os ingleses, holandeses, franceses e espanhóis criaram plantações de índigo nas Américas, África e Ásia, ou seja, três continentes passaram a produzir toneladas desse matéria-prima para abastecer o mercado têxtil e artístico europeu e de suas colônias. O fato é tão marcante que no século XVIII, que algumas polícias e forças armadas passaram a ter o azul como cor de seus uniformes. Além disso, o uso de cortinas, porcelana, papel de parede, bandeiras, estampas, etc. 

No século XVIII o azul, o vermelho, o amarelo e o branco eram as cores padrões das forças armadas brasileiras, que no caso, refletiam o padrão adotado em Portugal. 

A partir do século XVIII com a grande produção de índigo e o surgimento de pigmentos azuis feito a partir da combinação de produtos químicos, que levou a origem do azul da prússia, o custo para tingir de azul caiu drasticamente, sendo os corantes azuis mais caros restritos a produtos de luxo ou a pintura. Dessa forma, o azul tornou-se uma cor recorrente no vestuário mundial até hoje, em que a produção de índigo ainda segue alta em alguns países.   

NOTA: O azul ultramarino ou azul ultramarítimo é o termo usado para uma pigmentação viva de azul, anteriormente feito com lápis-lazúli, sendo bastante cara devido a raridade. 
NOTA 2: A partir do século XVIII o azul tornou-se uma cor da oficialidade ao lado do preto e do branco, embora o azul estivesse mais associado a uniformes militares. Atualmente poucos uniformes militares fazem uso do azul, porém, algumas forças policiais ainda utilizam a cor. 
NOTA 3: Além do pastel-dos-tintureiros existe o lírio-dos-tintureiros (Reseda luteola) usado para se fazer corante amarelo e a ruiva-dos-tintureiros (Rubia tinctorum) usado para se fazer corante vermelho. 

Referências bibliográficas: 

BAULFOUR-PAUL, Jenny. Indigo: Egyptian mummies to blue jeans. London, Firefly Books, 2012. 

CORRÊA, Valdriana Prado. Azul na história da arte. Monografia em História da Arte, Instituto de Artes do Rio Grande do Sul, 2017. 

ECO, Umberto (org). Historia de la Belezza. Barcelona, Delbosillo, 2010. 

ECO, Umberto (org). História da Feiura. Rio de Janeiro, Editora Record, 2007. 

PASTOREAU, Michel. Azul: história de uma cor. Lisboa, Orfeu Negro, 2016. 




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