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Leandro Vilar

domingo, 21 de maio de 2023

Bicentenário de Alfred Russel Wallace e sua teoria da evolução

Apesar de Charles Darwin ser lembrado como o principal teórico evolucionista no século XIX, ele não foi o único. E, nesse caso, um dos pesquisadores que teve grande contribuição para essa teoria foi Wallace, contemporâneo de Darwin, que inclusive trocou cartas com ele, debatendo suas ideias sobre a evolução das espécies. Sendo assim, em homenagem aos 200 anos do nascimento de Wallace, redigi esse texto mais focado no trabalho dele.

Retrato de Alfred Russel Wallace em 1895. 

Introdução

Alfred Russel Wallace nasceu nasceu no País de Gales em 8 de janeiro de 1823, falecendo na Inglaterra, em 7 de novembro de 1913. Ele era o oitavo de nove filhos do casal Thomas Vere Wallace e Mary Anne Greenell, uma família de classe média. Sua mãe era dona de casa como de costume na época, e seu pai era um investidor, possuindo alguns terrenos e imóveis, porém, tinha problemas em fazer péssimos negócios, tendo gasto o dinheiro da família a ponto de terem que mudar de cidade algumas vezes por conta de falência. (SHERMER, 2002). 

Em 1836, com 13 anos de idade, Alfred decidiu se tornar assistente de pedreiro, pois um de seus irmãos mais velho, John Wallace, era pedreiro em Londres. Assim, Alfred e John trabalharam algum tempo juntos. Nesse período Alfred foi estudar no Instituto de Mecânica de Londres, onde teve contato com ideias políticas e sociais que iriam influenciá-lo mais tarde. Em 1837 ele foi morar com seu irmão mais velho, William Wallace, que era agrimensor e tinha uma empresa. Alfred passou os seis anos seguintes trabalhando nessa profissão até que a empresa do irmão faliu. (SHERMER, 2002). 

Mais tarde depois de um período de desemprego, Wallace conseguiu um cargo de professor de geografia e agrimensura no Collegiate School em Leicester, onde passou a ler sobre biologia e a se interessar por colecionar insetos, devido a sua amizade com o jovem entomologista Henry Walter Bates (1825-1892), esse foi o primeiro contato efetivo de Alfred com a biologia, algo que ele viria a despertar mais interesse, somente anos depois. Após algum tempo lecionando, ainda no começo da década de 1840, Alfred voltou a trabalhar com seu irmão John, que havia aberto uma construtora. Foi nessa época que Alfred passou a ler mais a respeito de biologia, incluindo algumas das primeiras publicações de Charles Darwin e as pesquisas de Alexander von Humboldt, além de outros estudiosos. Isso marcou bastante Alfred, a ponto que ele decidiu se tornar naturalista.(SHERMER, 2002). 

Iniciando as viagens naturalistas

Wallace passou algum tempo reunindo dinheiro, mas foi graças aos contatos Henry Bates conseguiu para ser patrocinado, ambos partiram em expedição à Amazônia brasileira em 1848, a bordo do navio Mischief, incumbidos de coletar espécimes vegetais e animais para colecionadores privados e instituições. Na época o Brasil era um império e a região norte era pouco urbanizada, mas isso não impediu que os naturalistas morassem ali para fazer seus estudos. Wallace morou quatro anos no Brasil, vivendo no que hoje são os estados do Pará e do Amazonas. Mas Bates permaneceu mais tempo, morando por onze anos. (SLOTTEN, 2004). 

Mapa do Rio Negro e outros rios da Amazônia brasileira, feito por Wallace, entre 1851 e 1852. 

Em 1852, Wallace viajou de volta para a Inglaterra, mas seu navio pegou fogo, destruindo vários espécimes coletados, mas por sorte, ele conseguiu salvar parte de suas anotações. A embarcação acabou naufragando, mas a tripulação conseguiu se salvar nos botes, aguardando outro navio passar por aquela rota. Wallace chegou à Inglaterra em outubro daquele ano, e passou 1853 centrado em seus estudos, escrevendo artigos e dois livros sobre sua viagem e trabalho no Brasil, e algumas observações. Oficialmente ele havia adentrado ao mundo acadêmico dos naturalistas britânicos. 

No tempo que esteve escrevendo seus artigos e livros sobre plantas e animais, delineando o que futuramente viria a ser uma teoria evolucionista, Wallace com base na expedição da exploradora e etnográfa Ida Laura Pfeiffer (1797-1858), teve interesse em viajar ao Extremo Oriente para estudar a fauna e flora de lá. Com isso, ele tentou conseguir patrocínio para sua expedição, escrevendo cartas inclusive para um rajá indiano e a Royal Geographical Society. A resposta acabou vindo da RGS, pois Wallace foi recebido como membro da famosa e rica instituição em 1854, conseguindo seu tão sonhado patrocínio. Ele e seu assistente Charles Allen viajaram ainda naquele ano para à Ásia. Wallace passou oito anos morando entre a Malásia, Singapura e a Indonésia(SLOTTEN, 2004). 

Mapa do Arquipélago Malaio feito por Wallace e Allen. 

Escrevendo uma teoria da evolução

Na época que esteve morando no Sudeste Asiático entre 1854 e 1862, Wallace manteve correspondência com vários naturalistas e outros pesquisadores, incluindo o próprio Darwin, a ponto de eles trocarem ideias sobre o evolucionismo. Em 1859 foi publicado a Origem das Espécies de Charles Darwin, livrou que gerou grande polêmica na época. Wallace chegou a obra e até escreveu elogios e críticas discordantes, vale ressaltar que Darwin ainda atualizou seu livro mais três vezes antes de morrer. 

Wallace enquanto esteve na Ásia, também escreveu artigos e livros sobre fauna e flora, mas somente quando voltou a Inglaterra em 1862, ele decidiu se estabelecer de vez. Ao retornar ele passou a morar na casa da sua irmã Fanny, com quem tinha boa relação desde jovem. Enquanto reorganizava sua vida, já que esteve fora do país por oito anos, Wallace aproveitou para fazer visitas a Darwin, tornando-se efetivamente amigos e até conheceu o naturalista e antropólogo Herbert Spencer (1820-1903), nome influente na época. (SMITH; BECCALONI, 2009).

Wallace ainda na década de 1860 passou a publicar artigos e ensaios sobre a teoria da evolução, compartilhando algumas ideias de Darwin, mas apresentando suas próprias observações e conclusões. Em geral a teoria de ambos é bem parecida, até porque eles se correspondiam e se falavam a respeito. Para Wallace os seres vivos sofrem variações ao longo das eras para melhor se adaptar ao seu meio-ambiente. Condicionantes ambientais e climáticas impactam diretamente o desenvolvimento dessas mudanças corporais e de comportamento. (SMITH; BECCALONI, 2009).

Em seus estudos no Brasil, Wallace notou que essas variações entre espécies poderiam ser bem amplas ou até sutis. Ele ao estudar macacos no Rio Amazonas e no Rio Negro, notou que havia mudanças físicas e de comportamento entre espécies vizinhas que habitavam lados diferentes do mesmo rio, na época, Darwin acreditava ainda que essas mudanças somente eram conseguidas em ambientes mais distantes, não tão próximos assim. Darwin acabou incluindo essas observações em seu estudo quando lançou a Origem das Espécies(SMITH; BECCALONI, 2009).

Além disso, Wallace também apontou o papel da geografia e do clima sobre o processo evolutivo, ele também apresentou suas evidências e argumentos sobre a coloração dos animais, apontando que em alguns casos não teriam uma utilidade apenas para a camuflagem, mas também relacionada com o acasalamento, algo bastante encontrado entre insetos e aves. Wallace também desenvolveu ideias sobre ecologia, algo ainda pouco pensado na época, com direito a defender a criação de reservas florestais. (SLOTTEN, 2004). 

No ano de 1864 Wallace publicou um de seus mais importantes livros especificamente sobre a seleção natural, intitulado The Origin of Human Races and the Antiquity of Man Deduced from the Theory of Natural Selection, influenciado pelo livro Evidence as to Man's Place in Nature (1863) do biólogo e antropólogo Thomas Henry Huxley (1825-1895). Um dos primeiros a comprar a briga e polêmica de que o ser humano pode ter passado por um processo evolucionário também. Wallace retomou a proposta de Huxley, mas a explicando como ela poderia ter ocorrido a partir da teoria da seleção natural. Vale ressalvar que ele enfatiza que se tratava de uma dedução ainda, ou seja, uma teoria ainda não comprovada. Darwin anos depois retomaria esse debate, quando publicou seu livro a respeito apenas em 1871. (SHERMER, 2002). 

Outro livro importante de Wallace sobre a teoria da evolução foi curiosamente intitulado Darwinismo (1899). Apesar de seu grande contributo para a teoria da seleção natural e o evolucionismo, Wallace considerava que Darwin era o verdadeiro autor de tudo isso, embora eles dois nem fossem os únicos a estudar evolução na época. Por conta do próprio Wallace dar fama a Darwin, isso pesou contra ele até hoje, pois ele ainda é visto na sombra de Darwin. De qualquer forma, o livro Darwinismo também era uma homenagem ao seu amigo, já falecido desde 1882, nessa obra, Wallace trouxe atualizações sobre suas pesquisas, novas informações, argumentos, críticas, evidências e hipóteses.  

Frontispício do livro Darwinism escrito por Wallace em homenagem a Darwin. 

NOTA: Wallace casou-se com Anne Mitien na década de 1860, tendo três filhos: Herbert, Violet e William

NOTA 2: Wallace passou por problemas financeiros por vários anos entre 1862 e 1872, por conta de ter ficado desempregado e feito investimentos arriscados. Nesse período ele vendeu artigos, livros, deu palestras pagas e até pediu empréstimos. Inclusive ele participou de um concurso para provar que a Terra não era plana. Ele ganhou o concurso, mas o terraplanista que o organizou, não pagou o prêmio. 

NOTA 3: Na década de 1880 ele se envolveu numa série de polêmicas por defender o movimento antivacina e o Espiritismo, na época visto como prática charlatã. Ambas as pautas defendidas por ele quase arruinaram sua carreira científica. 

NOTA 4: Ele também escreveu artigos sobre política e direitos sociais, defendendo ideias socialistas, voto feminino, crítica ao militarismo e a exploração do trabalho etc. 

NOTA 5: Na década de 1890, já com seus setenta anos, Wallace viajou por dez meses pelos Estados Unidos, dando palestras e até fazendo pesquisa de campo com alguns naturalistas. 

Referências bibliográficas: 

SHERMER, Michael. In Darwin's Shadow: The Life and Science of Alfred Russel Wallace. Oxford: Oxford University Press, 2002.

SLOTTEN, Ross A. The Heretic in Darwin's Court: Life of Alfred Russel Wallace. New York: Columbia University Press, 2004.  

SMITH, Charles H; BECCALONI, George (eds.). Natural Selection & Beyond: The Intellectual Legacy of Alfred Russel Wallace. Oxford: Oxford University Press, 2009. 

terça-feira, 16 de maio de 2023

Diógenes, o Cínico: o filósofo mendigo

Diógenes de Sinope (412-323 a.C) foi uma figura caricata na Grécia Antiga, por ter sido um filósofo fora do comum e bastante polêmico por conta de seu hábitos, opiniões e sarcasmo, isso se as histórias sobre ele forem todas verdadeiras, pois quase nada se sabe sobre esse peculiar filósofo que se tornou referência para o pensamento filosófico do Cinismo

Diógenes, o Cínico, também chamado de o "cachorro" pela condição de viver como morador de rua. Pintura de Jean-León Gérôme, 1860. 

A origem de Diógenes é praticamente desconhecida, sabe-se que ele nasceu em Sinope, uma colônia grega no Mar Negro, hoje em território turco. Não se sabe quem eram os pais de Diógenes, por qual motivo ele deixou sua cidade ou quantos anos tinha quando migrou para Atenas. Existem apenas suposições sobre isso, mas nada confirmado. Em época e idade incerta, o jovem Diógenes chegou a Atenas, a capital cultural do mundo grego, lar de ilustres filósofos. Ali ele por motivos desconhecidos se interessou por filosofia e acabou se tornando discípulo do filósofo Antístenes (445-365 a.C) que chegou a estudar com Sócrates

Busto de Antístenes, o mestre de Diógenes. 

Antístenes é outro filósofo do qual pouco se sabe, pois seus trabalhos se perderam no tempo, restando menções e comentários de outros autores as suas obras e ideias. Antístenes deixou estudos sobre retórica, ética, física e lógica, porém, ele é principalmente lembrado por suas ideias envolvendo o Cinismo, algo que se originou de seu bom humor, já que ele era referido como um homem irônico, sarcástico e brincalhão. 

O Cinismo (kynismós em grego, cinicus em latim) era uma corrente de pensamento filosófico voltada para práticas e percepções sobre estilo de vida. Pode-se dizer que o Cinismo seria uma espécie de filosofia de vida também, pois Antístenes defendia que um cínico (nome dado aos seguidores dessa corrente) deveriam adotar uma vida de simplicidade, tendo o suficiente para viver, não se preocupando em se tornar rico, famoso e poderoso, características que Antístenes dizia serem "não naturais", mas fruto das ambições e paixões. Por outro lado, ele defendia o cultivo das virtudes como ideal de felicidade. 

Logo, para a mentalidade inicial do Cinismo, um homem que não se prendia aos bens materiais, padrões sociais e morais, era um homem verdadeiramente livre, podendo assim cultivar virtudes como a temperança, a bondade, a sabedoria, o conhecimento, a paz, o equilíbrio, o autocontrole etc. O problema é que nem sempre essas virtudes eram expostas de forma clara, além de que o estilo de vida do cinismo não tinha um código ou regras, o que abriu margem para os cínicos o praticarem como bem entendesse. E um dos cínicos mais famosos foi Diógenes de Sinope, que levou o cinismo a um estado considerado radical. 

Não se sabe exatamente quando Diógenes decidiu adotar uma postura mais radical do cinismo, nem quantos anos ele tinha ao fazer isso, porém, ele passou a morar na rua, tornando-se gradativamente um mendigo e sem-teto. Os filósofos, políticos e escritores da época relatavam que Diógenes não trabalhava, não tinha casa, não tinha família, vivia da caridade ou de favores de amigos e conhecidos, os quais lhe davam comida, remédios e roupas quando necessário. 

Diógenes chegou a um ponto de morar dentro de uma grande ânfora, tendo como pertences um alforje, um cajado, uma tigela, a própria roupa do corpo e sandálias. Alguns autores relatam que o filósofo desenvolveu aspectos imundos, pois raramente tomava banho, não escovava os cabelos e a barba. Além disso, ele fazia suas necessidades fisiológicas na rua como outros mendigos e escravos. Por conta dessa vida indigente autoimposta, Diógenes foi comparado aos cães de rua, condição essa que a própria palavra cínico em grego vem de kynos, que também significa cachorro. Sendo assim, os cínicos eram comparados a cães, num sentido pejorativo da palavra já naquela época. 

Diógenes teria passado parte da vida morando dentro de uma grande ânfora pelas ruas de Atenas. Vivendo como um mendigo. Pintura de John William Waterhouse, 1882.  

Além de seu estilo radical de viver como morador de rua por escolha própria, mesmo assim, Diógenes participava dos debates políticos e filosóficos nas praças, mercados, ágoras e onde fosse convidado. A condição de ele ser filósofo foi mantida até o fim da vida, apesar que tenha ganhado a fama de filósofo excêntrico e até louco

Diógenes manteve vivo o Cinismo de seu mestre, usando seus princípios para criticar o modelo de vida na época, normas sociais, a política, os ricos, os artistas, o luxo, a vaidade, os direitos ou a falta de direitos, entre outros assuntos. Suas ideias inclusive foram consideradas até exageradas e de mal gosto em alguns casos, por conta de sua ruptura com as convenções sociais, daí surgir a percepção de que os cínicos eram antissociais, antimoralistas, pessoas sem pudores. 

Além da sua vida sofrível, mas que ele considerava nobre e virtuosa, Diógenes também ficou conhecido pelas anedotas e histórias sobre seu sarcasmo, arrogância e respostas rudes. Certa vez ele saiu carregando uma lamparina em plena luz do dia, procurando por homens de verdade, no caso, homens que fossem adeptos ao cinismo, que ele considerava o verdadeiro estilo de vida. Essa história parece engraçada, pois suscita que Diógenes estivesse louco, mas ela ao mesmo tempo apresenta sua arrogância ao menosprezar os padrões e valores sociais da época, inclusive rejeitar os que pensavam e viviam diferente dele. 

Diógenes procurando por "homens de verdade". Pintura de J. H. W. Tischbein, 1780. 

Uma das mais famosas histórias associadas ao filósofo mendigo, envolve o imperador Alexandre, o Grande, que visitou Corinto na década de 330 a.C, ele teria conhecido Diógenes, na época um velho com seus setenta e poucos anos, considerado inclusive senil, que estava morando algum tempo por ali. Não se sabe se esse encontro realmente ocorreu, mas Diógenes foi sarcástico ao tratar o jovem monarca, pois esse sabendo da fama de mendigo do filósofo, perguntou se ele queria algo, Diógenes olhou para Alexandre e pediu para ele sair da sua frente, pois estava lhe bloqueando o sol. Essa história possui várias interpretações simbólicas, mas é perceptível que Alexandre apesar de famoso naquele tempo por ter conquistado a Grécia e se preparar para ir confrontar os persas, nem mesmo isso impressionou Diógenes, que lhe concedeu uma resposta seca e rude. 

Diógenes e Alexandre, o Grande. Pintura de Christian Winck, 1782. 

Apesar de poucas certezas sobre as histórias polêmicas e engraçadas sobre Diógenes terem sido reais ou não, ainda assim, ele foi o filósofo cínico mais famoso devido a seu radicalismo de vida e ideias. Diógenes inspirou outros adeptos do cinismo nos séculos seguintes, que viveram de forma similar ou não como ele. 

Porém, com o tempo a palavra cínico foi adquirindo uma conotação ruim que mantém até hoje, em que se refere a um indivíduo hipócrita, pois ele finge ser alguém diante de quem lhe interessa, defende determinadas ideias, normas, leis e ideais, mas na prática faz o contrário. Essa conotação negativa surgiu depois de Diógenes, quando passou a existir cínicos que pregavam a humildade, o voto de pobreza, criticava as convenções sociais, mas na prática viviam de forma contrária disso, disfarçando suas ações. 

NOTA: Algumas fontes dizem que Diógenes viveria dentro de um barril, mas isso é uma informação errada, pois os gregos dos séculos V a.C e IV a.C, não fabricavam barris. 

NOTA 2: Algumas ideias do Cinismo influenciaram o Estoicismo, especialmente a percepção de que a vida ideal deva ser atingida pelas práticas das virtudes, negação dos sentimentos, paixões e ambições. Todavia, o estilo de vida radical defendido pelos cínicos, não foi adotado pelos estoicos. 

Referências bibliográficas: 

CUTLER, Ian. Cynicism from Diogenes to Dilbert. Jefferson: McFarland & Company, Inc, 2005.

NAVIA, Luis E. Diogenes of Sinope: the man in the tub. Westport: Greenwood Press, 1998.