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Leandro Vilar

domingo, 28 de julho de 2024

Os séculos da Era Viking (VIII-XI)

Era Viking consiste num conceito historiográfico desenvolvido a partir do século XIX para se referir ao período em que os nórdicos empreenderam suas expedições, invasões, conquistas, descobrimentos e até a fundação de reinos. Esse período normalmente é definido como tendo ocorrido entre os séculos VIII e XI, embora a historiografia britânica opte pelas datas de 793 a 1066, baseada em acontecimentos ocorridos em seu território. 

Entretanto, por mais que a Era Viking tenha durado mais de trezentos anos, porém, nem todo século foi igual ao outro, cada um foi marcado por acontecimentos centrais que lhe concedem características específicas, assim como, os torna diferente um do outro. Dessa forma, pensar a Era Viking é saber que as ações dos vikings foram mudando com o tempo, à medida que suas sociedades e governos se desenvolviam, como sua cultura também se alterava. 

Século VIII: o início das expedições

Tradicionalmente a data para o início da Era Viking é demarcada em 793, quando um ataque viking saqueou o Mosteiro de Lindisfarne na Nortúmbria (nordeste da Inglaterra). O ataque até foi relatado nas Crônicas Anglo-Saxônicas. Dizendo que: 

"793: neste ano apareceram presságios terríveis na Nortúmbria, que assustaram muito as pessoas. Consistiam em imensos torvelinhos e relâmpagos, e viam-se dragões chamejantes voando pelo ar. Aqueles sinais foram imediatamente seguidos por uma época de grande fome, e pouco depois, em 8 de junho do mesmo, ano os homens pagãos destruíram a igreja de Deus em Lindisfarne, saqueando e matando". (PRICE, 2006, p. 122). 

Ilustração representando o ataque viking de 793 ao Mosteiro de Lindisfarne. 

O autor do relato interpretou o ataque a Lindisfarne como parte de uma série de maus presságios que acometiam os reinos anglo-saxões. De qualquer forma, após esse ataque, outros se sucederam seguidamente até 800, depois houve intervalo entre eles. Além disso, ataques pontuais também ocorreram na Escócia, Irlanda e na França. No entanto, o contato dos vikings com esses povos não começou em 793 como já foi pensado anteriormente. (HAYWOOD, 1995). 

Os dinamarqueses possuíam relações comerciais com os reinos anglo-saxões e a Frísia desde o o final do século VII, pelo menos. Os suecos possuíam uma rede mercante pelo Mar Báltico, conectando-os a portos dos eslavos, finos e ru's. Condição essa que achados arqueológicos na ilha de Gotland, mostram moedas oriundas de distintas localidades, inclusive moedas islâmicas. Por conta disso, alguns arqueólogos e historiadores consideram que a Era Viking teria se iniciado antes de 793. Alguns sugerem remontar esse período até 750, quando encontramos a presença nórdica em Staraya Ladoga, um entreposto comercial próximo ao lago Ladoga (atual território russo). (PRICE, 2006). 

"Do final do século IX até dentro do X, a região de Ládoga foi sendo gradualmente colonizada por suecos, sempre em boas relações com a população nativa, provavelmente finlandesa, que eles encontraram já ali fixada. Só nestas condições puderam  expandir-se com segurança, como fizeram no século X, provavelmente a partir de Staraja Ládoga, par toda a região a Sudoeste do lago Ládoga". (ARBMAN, 1971, p. 103).

Mapa destacando a rota de Staraya Ladoga a Novgorod, duas cidades mercantes e contou com a presença nórdica. 

Dessa forma, o início das expedições da Era Viking foram uma mistura de viagens mercantes com alguns assaltos pontuais, já que a onda de ataques vikings somente se desenvolveu propriamente no século IX e diferente do que se pensa, não foi motivada por invernos rigorosos, excesso populacional e fome, pois tais invasões não ocorriam anualmente, havendo décadas que nada ocorriam. Sem contar que a maior parte dos ataques vikings começaram na década de 840. Ora, se houvesse uma forte crise econômica e alimentar nas terras nórdicas (como já foi alegado) em fins do VIII, por que os nórdicos teriam demorado quarenta anos para agir? 

Século IX: a era das invasões

Foi no século IX em que as invasões tiveram propriamente início, expandindo-se por várias localidades da Europa, apesar que a maior parte dos ataques se concentraram na Inglaterra e na França. Mas esse período não marcou apenas as expedições vikings, mas também inclui a conquista de territórios e a formação de núcleos coloniais, por conta disso, é visto como uma época de expansão territorial, política e econômica. 

A região da Frísia, hoje compreendida entre os territórios da Holanda e da Alemanha, no século IX, fazia parte do Império Carolíngio de Carlos Magno. Era um território conhecido por seus portos e cidades mercantes, condição essa que desde o século anterior, os anglo-saxões, germânicos e dinamarqueses mantinham negócios na Frísia. Logo, com o crescimento nas expedições vikings, a Frísia era um alvo em potencial, condição essa que os ataques entre 800 e 814 se intensificaram, levando o rei Luís, o Pio a negociar acordos para evitar novas invasões, dando início ao pagamento do danegeld, uma taxa de extorsão cobrada geralmente em prata ou ouro (embora pudesse incluir outros produtos também). Assim, Luís, o Pio conseguiu amenizar novos atos de saque no norte de seu império por algum tempo, até que na década de 840 a situação se complicou, havendo vários ataques a cidades. (HAYWOOD, 1995). 

"O número de navios aumenta: a torrente interminável de vikings parece não parar. Por toda a parte os cristãos são vítimas de suas chacinas, incêndios e espoliações. Os Vikings, no seu caminho, tomam tudo e ninguém lhes resiste: apoderam-se de Bordéus, Périgueux, Limoges, Angoulème e Toulouse. Angers, Tours e Orleãs são aniquiladas e uma esquadra numerosa sobre o Sena e o perigo torna-se mais intenso em toda aquela região. Ruão perde-se, saqueada. Paris, Beavauis e Meaux são tomadas, a resistente fortaleza de Melun é arrasada, Chartres ocupada, Evreux e Bayeux são saqueadas e todas as cidades sitiadas. Raras são as cidades e os mosteiros que escapam: toda a gente foge e poucos ousam dizer - ficai e lutai pelas nossas terras, pelas nossas crianças, pelos nossos lares! Na sua inconsciência, preocupados com rivalidades, resgatam com tributos o que deveriam defender com a espada, e fazem perigar o reino dos cristãos". (ARBMAN, 1971, p. 87).

Na década de 850 a cidade de Paris passou a ser alvo de incursões vikings. Por sua vez, várias outras localidades ao longo do rio Sena também eram atacadas. As expedições vikings seguiram assolando a França até o século X. Mesmo vários reis tendo pago o danegeld ao longo de anos, isso nunca pôs fim a vinda dos vikings durante o século IX. 

Nas primeiras décadas do IX, a Escócia e a Irlanda foram alvos de várias incursões vikings ao seu litoral, cujos alvos eram principalmente mosteiros, igrejas e fazendas, eventualmente alguns pequenos portos e vilarejos pesqueiros. Entretanto, os vikings diferente da Inglaterra e da França, neste momento, não procuraram adentrar o interior dos territórios escocês e irlandês, optando em permanecer nas ilhas e na costa. Porém, por volta da década de 820, alguns grupos começaram a decidir fundar colônias nas ilhas escocesas dos arquipélagos das Hébridas, Órcades e Shetlands, já que algumas eram desabitadas ou parcialmente habitadas. Por essa época a ilha de Mann também foi invadida e começou a receber assentamentos nórdicos. No caso da Irlanda, as invasões perduraram até a década de 830. (HAYWOOD, 1995). 

"Na Irlanda, havia mais que o suficiente para atrair os vikings. As maiores concentrações de colônias eram grandes mosteiros complexos, às vezes, denominados de "cidades", que estavam situados no meio de uma paisagem de fazendas dispersas. Outros centros de riqueza importantes se encontravam em ilhas feitas pelos homens nos terrenos pantanosos". (BATEV, 2006, p. 160).

A realidade irlandesa começou a mudar na década de 830 quando se estabeleceram acampamentos de inverno (longphorts) e finalmente Dublin foi fundada em 841. Neste caso, houve uma redução nos assaltos marítimos, mas não nos conflitos, pois a partir de Dublin, incursões terrestres começaram a serem promovidas para os arredores e o interior. A cidade de Dublin se tornou em poucos anos um entreposto comercial importante e próspero, o que levou a disputa de seu controle por vários líderes ao longo de dois séculos. 

Entre as décadas de 830 a 860 se intensificaram as invasões ao território inglês, ocorrendo quase que anualmente e promovido por diferentes chefes e bandos, os quais atacavam diferentes localidades da costa oriental, durante os meses de primavera e verão e as vezes até de outono. Todavia, os ataques não ia para além do outono, pois não era seguro viajar no inverno. Entretanto, a realidade mudou em 850, quando um acampamento de inverno foi montado na ilha Yhanet, na foz do rio Tâmisa, levando alguns grupos posteriormente a adotarem essa prática. Ao invés de retornarem para seus lares antes da chegada do inverno, eles permaneciam o mesmo em solo inglês, saqueando, e depois na primavera iam embora. (OLIVEIRA, 2018a). 

"Durante 15 anos (até 865) os ataques regulares continuaram, e nesse ano se faz referência pela primeira vez ao pagamento de danegeld, um termo empregado para descrever uma soma que os escandinavos exigiam dos ingleses como dinheiro de proteção, mediante o pagamento do qual deixariam em paz a população. Os vikings tinham descoberto que a extorsão era potencialmente mais lucrativa que a luta, e menos arriscada". (PRICE, 2006, p. 125).

No entanto, a realidade inglesa mudou drasticamente a partir do ano seguinte, quando ocorreu a invasão do "grande exército pagão" (micel here), uma força invasora de contingente desconhecido, formado por vários grupos, que invadiram a Ânglia Oriental em 866 e passaram os anos seguintes conquistando territórios. A missão não era apenas o saque, mas tomar controle de portos, cidades, vilas e fazendas. Por conta disso, o "grande exército" se desdobrou em várias frentes de batalha e lideranças, conquistando territórios dos reinos da Ânglia Oriental, Nortúmbria e Mércia, foram subjugados, restando Wessex como último reino anglo-saxão a resistir devido a um acordo firmado em 878 entre o rei Alfredo, o Grande e o chefe Gudrun, o Velho. (OLIVEIRA, 2018a). 

Assim, em 878 as batalhas contínuas, iniciadas em 866 com a invasão do "grande exército pagão", cessaram-se, o resultado foi catastrófico para os reinos anglo-saxões, os quais passaram a englobar um território ocupado e governado por lideranças dinamarquesas e norueguesas, que os ingleses vieram a chamar de Danelaw. Uma região dividida entre o Reino de York (no norte), os Cinco Burgos (no centro) e o Reino Dinamarquês da Ânglia Oriental (no sul). Esses territórios foram disputados ao longo de duzentos anos, somente sendo recuperados pelos ingleses efetivamente no século XI. Dessa forma, a formação do Danelaw na Inglaterra encerrou as invasões vikings, mas não os conflitos, pois disputas por terras e o governo continuavam, além de batalhas entre chefes e ataques para tentar se conquistar o Reino de Wessex. (HADLEY, 2008). 

Divisão geopolítica da Inglaterra em 878. 

As décadas de 840 e 850 também foram marcadas pelos ataques vikings em Portugal e Espanha. Cidades como Lisboa, Cádiz e Sevilha foram saqueadas pelo menos duas vezes, além de que outras cidades e vilas foram assaltadas durante essas duas décadas e até mesmo mais tardiamente já no século X, quando os ataques vikings já tinham entrado em declínio total. Todavia, o caso da Península Ibérica assemelha-se ao da França, pois em ambos os territórios os vikings optaram apenas em permanecer pouco tempo, realizando seus assaltos, diferente da Inglaterra, Escócia e Irlanda, onde colônias foram fundadas. (PIRES, 2017). 

Além dos ataques realizados a Portugal e Espanha, os vikings ainda chegaram a atacar o sul da França, algumas localidades da Itália, passaram pela Grécia e se dirigiram a Constantinopla. O norte da África, onde hoje é o Marrocos também foi atacado brevemente. Outro acontecimento de destaque foi a expedição de Bjorn, Flanco de Ferro e Hastein entre 859 e 861, que saqueou algumas localidades da Península Ibérica e percorreu o Mediterrâneo. Todavia, não se sabe a rota que foi tomada nesse mar. (PIRES, 2017). 

Mas no tocante ao leste europeu, as incursões seguiam a partir do Mar Báltico indo para cidades como Staraya Ladoga e Novgorodadentrando o que hoje são a Estônia, Rússia e Polônia, descendo pelos rios como Dniepre e o Danúbio, atravessando os atuais territórios da Romênia, Ucrânia e Hungria até chegar ao Mar Negro. De onde seguiam para a Constantinopla (atual Istambul), então capital do Império Bizantino. O leste europeu era habitado por eslavos e ru's, sendo dividido num aglomerado de principados chamados de Rússia de Kiev. Nessa região os vikings não fundaram colônias, mas procuraram se unir aos eslavos e ru's. (HAYWOOD, 1995). 

"As expedições do Suecos para o Oriente foram muito diferentes das dos Noruegueses e Dinamarqueses no Ocidente. Estes navegavam no mar alto, enfrentando reinos organizados, apesar de desunidos. A riqueza dos países estava concentrada, o que constituía um estímulo e facilitava a pilhagem. Para leste os Suecos tiveram que seguir pelo curso dos rios, através de extensas regiões habitadas apenas por tribos finlandesas e eslavas, antes de contactar com os Árabes e o Império Bizantino. A riqueza disponível era os recursos naturais de peles e escravos, que podiam ser comerciados com o Oriente. Mais, tarde, os Suecos recorreram com êxito ao lançamento de impostos sobre a população nativa e no século X houve alguns actos de pirataria do tipo dos do Ocidente". (ARBMAN, 1971, p. 98).

Rotas de viagem pela Europa central e oriental, e por parte do Oriente Médio. Em roxo a rota mais comum utilizada pelos vikings para ir do norte até Constantinopla. Já em vermelho a rota do Volga até o Mar Cáspio.

Os vikings até tentaram invadir Constantinopla em três ocasiões, mas seu cinturão de muralhas eram intransponível na época, o que os levou a optarem pela via do comércio e de se tornarem mercenários, aderindo principalmente a Guarda Varenga instituída pelos imperadores bizantinos. Além disso, a partir do serviço prestado aos bizantinos, alguns vikings eram enviados a campanhas pelo Balcãs, Grécia, Sicília e até outras localidades do império. (HAYWOOD, 1995). 

Também se sabe que alguns grupos optavam em fazer incursões através do rio Volga na Rússia, descendo até o Mar Cáspio, em direção ao território dos cazares. Foi nessa região que o embaixador árabe Ahmed ibn Fadlan, no século IX, conheceu um grupo de vikings e relatou sobre esse encontro. Quando a embaixada árabe chegou a região, o funeral de um chefe viking ocorria, Ahmed e seus companheiros acharam aquilo bastante estranho, já que tinham os vikings como sendo um povo bárbaro. Não se sabe até onde os ataques no Oriente Médio chegaram e se comerciantes nórdicos chegaram a viajar para outras cidades da região, como Bagdá. (PRICE, 2006). 

Século X: o surgimento dos reinos unificados

Reinos já existiam na Escandinávia desde o começo da Idade Média pelo menos, já que informações históricas antes do século VI d.C, são difíceis de serem apuradas. Condição essa que os atuais territórios da Dinamarca, Noruega e Suécia por muito tempo foram divididos em pequenos reinos, mas a realidade somente começou a mudar propriamente falando no século X, apesar que no caso dinamarquês houve tentativas ainda no IX de tentar unificar a região. 

No caso da Noruega, o território era dividido em pequenos reinos, a unificação também foi um processo demorado, e diferente da Dinamarca, foi mais violento. Ainda no século IX, o jarl Haldano, o Negro (c. 810 - c. 860) iniciou algumas campanhas para conquistar um reino para si, especialmente nas terras do Folde Ocidental. Com sua morte em batalha, ele foi sucedido por seu filho Haroldo Cabelo Belo (c. 850-943), o qual tomou para si a missão de se tornar o único rei da Noruega, ou seja, subjugando os outros reis e jarls ao seu domínio. Assim, Haroldo iniciou uma série de campanhas militares, além de acordos políticos e econômicos para ganhar aliados. 

A Batalha do Fiorde de Hafrs (872) marcou a grande vitória de Haroldo, pois depois dessa ele se proclamou único rei da Noruega, sendo reconhecido por alguns jarls, apesar de ainda ter opositores que não reconheciam a legitimidade dele como soberano. Com isso, ele iniciou uma série de perseguições contra seus opositores, em que parte deles migraram para a Islândia. 

Todavia, a Noruega não se unificou de imediato, pois além dos opositores do rei Haroldo Cabelo Belo, ele como teve muitos filhos, concedeu pequenos reinos aos mesmos. Somente no ano de 930 ele designou seu filho Érico Machado Sangrento (c. 855-954) como herdeiro principal e senhor de toda a Noruega. Todavia, devido ao caráter impulsivo e violento de Érico, ele enfrentou uma rebelião dos seus vassalos que o levaram a ser deposto em 934, mudando-se mais tarde para a Inglaterra, indo disputar o Reino de York. No caso, Érico nunca mais voltou a governar a Noruega, sendo sucedido por seu irmão Haakon, o Bom (c. 920-961), o qual efetivamente assegurou a unificação do território norueguês e iniciou sua cristianização. Todavia, após sua morte, seu sobrinho Haroldo Manto Cinza (c. 935-970) se tornou rei, mas teve seu domínio contestado por Haroldo Dente Azul da Dinamarca e nos anos seguintes, os noruegueses perderam parte de seu território. 

Localização do Reino da Noruega, incluindo a Islândia. 

Na Dinamarca o rei Gorm, o Velho (c. 900-958) conseguiu unificar seu domínio sobre a Jutlândia, a porção continental da Dinamarca, apesar que as ilhas ainda estivessem foram de seu controle pleno, sendo governadas por jarls. Gorm mudou sua sede de governo para Jelling, onde mandou erguer a pedra rúnica de Jelling 1, pequeno monumento que apresenta o nome de Gorm e de sua esposa Thyra, como legítimos soberanos da Dinamarca. A importância dessa pedra rúnica consiste na condição de que percebemos o território dinamarquês já refernciado como um reino propriamente falando. Pois em momento algum ele diz ser governante de determinada região, mas proclama-se como senhor de um país. (OLIVEIRA, 2018b). 

Frente da pedra rúnica Jelling I, na Dinamarca. 

Gorm, o Velho foi sucedido por seu filho Haroldo Gormson (c. 935-985), conhecido também pelo seu epíteto de Dente Azul. Os historiadores costumam considerar que a Dinamarca foi efetivamente unificada durante o reinado de Haroldo, o qual governou de 958 a 986, durante seu governo ele realizou várias reformas políticas no país como mando construir fortes para protegê-lo, construir estradas, portos e muros. Haroldo por ser cristão, também investiu na difusão do cristianismo e permitiu a construção de igrejas, além disso, ele incentivou o comércio e expandiu seu domínio sobre as ilhas dinamarquesas e depois sobre o sul da Noruega e o sul da Dinamarca, região disputada com os alemães, condição essa que na pedra rúnica de Jelling 2, ele se apresentava como rei cristão da Dinamarca e da Noruega. (OLIVEIRA, 2018b). 

Haroldo Dente Azul acabou sofrendo um golpe de estado executado pelo seu filho Sueno Barba-Bifurcada, que o levou ao exílio e depois a ser assassinato. Apesar da sua morte, Sueno e seus descendentes asseguraram a Dinamarca como um reino unificado e o primeiro reino escandinavo a aderir ao cristianismo como religião oficial. 

O caso da Suécia também foi problemático, sendo mais parecido com o norueguês, pois o território não foi unificado de imediato. O território sueco do século X estava dividido nos reinos do Suíones e do Götas, por sua vez, a ilha de Gotland e Öland eram administrados por uma aristocracia mercante, não obstante, terras ao norte do Reino dos Suíones eram controladas por jarls, e mais além tínhamos os domínios dos povos sámis

A Suécia no século X. Em amarelo o reino dos suíones, em azul o reino dos götas e em verde a ilha de Gotland. 

A unificação da Suécia foi pretendida pelo rei Érico VI, o Vitorioso (c. 945 - c. 995), o qual governava o reino dos suíones, mas proclamou-se senhor de uma Suécia unida. Na prática ele não obtive a unificação, mas iniciou tais tentativas, assim como, reconheceu o cristianismo como religião oficial do seu reino. Érico foi sucedido por seu filho Olavo, o Tesoureiro (c. 980 - c. 1022), o qual deu continuidade aos planos de unificação do pai e até passou a cunhar moedas com sua efígie, representando-o como soberano da Suécia. Foi durante seu reinado que sua influência sobre a Gotälândia começou a ficar mais perceptível, sugerindo que o reino dos Götas estava sendo anexado. Olavo foi sucedido por seu filho Anundo Jacó (c. 1007-1050) que deu seguimento ao processo de cristianização do país e a consolidação de seus domínios, englobando o antigo reino dos götas, apesar que a região da Escânia foi perdida para os dinamarqueses e Gotland mantinha-se autônoma. Além disso, algumas terras ao norte também continuavam a serem governadas por jarls. Embora a unificação da Suécia somente concretizou-se no século XII, ainda assim, o processo já estava bem adiantado. 

O século X para além do surgimento dos reinos escandinavos também contou com a consolidação de outros territórios. Por exemplo, graças ao acordo entre Rollo, o Viajante e o rei Carlos III, o Simples para pôr fim aos ataques vikings na França, o monarca concedeu a Rollo o Condado da Normandia, no noroeste do país. Mais tarde o condado se tornou um ducado, sendo povoado inicialmente por famílias dinamarquesas e norueguesas que acabaram se misturando aos francos, originando os normandos. 

A Islândia acentuou seu processo de colonização iniciado no final do IX. A Groenlândia começou a ser colonizada na década de 980 por iniciativa de Érico, o Vermelho. No leste europeu descendentes de nórdicos tomaram o controle do Principado de Novgorod, culminando na ascensão do príncipe Vladimir I (c. 958-1015) como senhor de Novgorod e depois grão-príncipe de Kiev, sendo responsável por cristianizar aquele reino. (PRICE, 2006). 

Século XI: a guerra dos reis

O último século da Era Viking foi caracterizado pelo fim das expedições de navegação, sendo a maior de todas a chegada a costa oriental do Canadá a partir da Groenlândia. Tais terras foram chamadas de Helluland (Terra das Pedras Planas), Markland (Terra da Floresta) e Vinland (Terra das Vinhas). As expedições promovidas por Leif Ericson e seus parentes e outros colonos, ocorreram entre os anos de 1000 e 1015, apesar que o contato entre nórdicos e nativos norte-americanos ainda se manteve por bem mais tempo como atestam achados arqueológicos, sendo o mais significativo o assentamento do sítio L'Anse Meadoux, situado no norte da ilha de Terra Nova, considerada como sendo parte de Vinland. (GRAHAM-CAMBPELL, 2006). 

Entretanto, as viagens a Vinland não receberam destaque na época que foram realizadas, somente sendo mencionadas na literatura mais de cem anos depois, além de que não houve um interesse em colonizar aquelas terras efetivamente, como foi o caso de outras localidades. Sendo assim, o século XI foi marcado pelas guerras travadas por reis nórdicos e de nações vizinhas. É um período que houve o surgimento de impérios e até mesmo a troca de monarcas em poucos anos, assim como, dinastias e príncipes se digladiavam para assumir o trono. 

O primeiro grande conflito que marcou o século XI, foi a disputa pela Inglaterra. A partir do ano 1013 o rei Sueno Barba Bifurcada da Dinamarca (963-1014), invadiu o reino inglês para conquistá-lo. Sueno anos antes já havia enviado tropas para atacar os ingleses, mas uma campanha de conquista propriamente falando nunca tinha ocorrido, porém, naquele ano de 1013 ele decidiu mudar isso. Na época o então monarca inglês era Etelredo II, o Despreparado (c. 968-1016), o qual diante da chegada do exército dinamarquês, abandonou a Inglaterra, indo refugiar-se no Ducado da Normandia, onde possuía parentes. Sua fuga lhe rendeu a alcunha de o "despreparado". (ROACH, 2016). 

Assim, a Inglaterra ficou a mercê do exército invasor, apesar que alguns lordes ainda chegaram a combater os dinamarqueses, porém, Sueno à base de vitórias militares, ameaças, extorsão e acordos, foi reconhecido rei em 1014, entretanto, misteriosamente ele morreu naquele ano. Não se sabe ao certo a causa da sua morte, o mais provável que ele possa ter sido traído. Com a sua morte, Etelredo II retornou para o país e nomeou seu filho Edmundo II (990-1016) como regente, já que dois anos depois o filho de Sueno, o príncipe Canuto Sveinson (c. 990-1035) retornou a Inglaterra para reivindicar seu direito ao trono. (ROACH, 2016). 

Etelredo II acabou adoecendo e falecendo em abril de 1016, deixando seu filho Edmundo II na missão de confrontar Canuto, o qual após a decisiva Batalha de Assadum (18 de outubro), um acordo entre os dois governantes foi realizado. Canuto ficaria de posse das terras do Danelaw, enquanto Edmundo ficaria com Wessex. No entanto, Edmundo faleceu em novembro daquele mesmo ano, assim, Canuto convocou o conselho inglês do Witan, e foi coroado rei da Inglaterra. Era a primeira vez que o país era governado por um "rei viking". (BOLTON, 2017). 

Canuto, o Grande como ficou conhecido, passou em seguida a reinar na Dinamarca após a morte de seu irmão Haroldo II, depois iniciou os ataques para invadir a Noruega, ambicionando constituir um império. De fato, ele logrou êxito. Suas campanhas na Noruega o levaram a disputar o controle daquele reino com o rei Olavo II Haraldson (995-1030). Por volta de 1025, Olavo II e o rei Anundo Jacó da Suécia (c. 1008 - c. 1050), uniram forças para barrar o acesso dos navios ingleses e dinamarqueses ao Mar Báltico, já que a maior parte da frota dinamarquesa estava no Mar do Norte(LINDKVIST, 2008). 

A medida se devia a condição de que Canuto pretendia invadir a Noruega e a Suécia para expandir seu império, de fato, isso aconteceu, gerando batalhas que resultaram na perda do sul da Suécia, mas no caso da Noruega a situação foi pior, pois grande parte do reino foi conquistada e Olavo II fugiu para Rus, a fim de buscar apoio militar. Com a vitória sobre a Noruega em 1028, Canuto, o Grande fundava o Império do Mar do Norte(BOLTON, 2017). 

Mapa do Império do Mar do Norte fundado por Canuto, o Grande. 

O rei Anundo Jacó firmou uma acordo com Canuto para evitar novos ataques, por sua vez, em 1030 Olavo II retornou com o apoio dos rus e convocou os jarls noruegueses leais e decidiu expulsar os dinamarqueses, resultando na Batalha de Stiklestad, a qual terminou com a morte de Olavo e uma nova derrota para os noruegueses. Inclusive anos depois o falecimento de Olavo nessa batalha ganhou contornos religiosos, sendo concebida como um ato de martírio, condição essa que quase um século depois de sua morte, ele foi canonizado, tornando-se São Olavo da Noruega, o primeiro "santo viking". (LINDKVIST, 2008). 

Com a nova vitória na Noruega, Canuto assegurava seu império. Porém, em 1035 após retornar de Roma, onde foi se reunir ao papa, Canuto adoeceu no caminho, ficando gravemente doente por meses até que faleceu no outono daquele ano. Sua morte inesperada abriu uma crise de sucessão, já que o monarca possuía vários filhos. Haroldo Pé de Lebre reivindicou a Inglaterra, Canuto III (Hardacanuto) ficou com a Dinamarca, e Sueno I ficou com a Noruega. Até então parecia estar tudo resolvido, pois o império foi dividido entre os filhos, mas eles não eram os únicos governantes que reivindicaram esses reinos. (BOLTON, 2017). 

A situação inglesa e norueguesa eram mais problemáticas. Na Noruega o príncipe Magno, o Bom (c. 1024-1047), filho de Olavo II, desafiou Sueno I pelo direito ao trono, vencendo em batalha e levando ao assassinato do mesmo, assim, ele assumiu o governo. 

Por sua vez, na Inglaterra, Haroldo Pé de Lebre em teoria era o regente de seu irmão Hardacanuto, que foi reconhecido como legítimo rei inglês, mas Haroldo aproveitou-se para usurpar o poder como pudesse, entretanto, seus planos foram comprometidos por contados príncipes Eduardo e Alfredo, filhos de Ema da Normandia e Etelredo II. Os irmãos após a morte do pai, foram enviados ao exílio na Normandia, e viveram à margem do governo de Canuto, que casou-se com Ema. Dessa forma, os dois príncipes retornaram a Inglaterra com um exército e desafiaram Haroldo, levando a morte desse em 1040. Porém, o trono não passou para eles, pois legalmente ele pertencia a Hardacanuto, que finalmente foi coroado rei da Inglaterra em 1040. (ROACH, 2016). 

Ao retornar a Inglaterra para assumir o trono, Hardacanuto acabou contraindo tuberculose, o que o levou a nomear seu meio-irmão Eduardo como herdeiro. Hardacanuto faleceu em 1042, e assim Eduardo, o Confessor (c. 1003-1066) foi coroado rei da Inglaterra. Por sua vez, Magno, o Bom reivindicou para si o governo da Dinamarca, conquistando o país, já que Eduardo não tinha interesse lá. (DOUGLAS, 1964). 

Com a coroação de Eduardo, o Confessor a Inglaterra não voltaria a ser ameaçada por mais de vinte anos, por sua vez, a situação na Escandinávia era diferente. Magno, o Bom morreu de causas incertas em 1047, com cerca de 23 anos de idade. Naquela época seu direito ao trono da Noruega e da Dinamarca era contestado. Seu tio Haroldo Hardrada (1015-1066) havia reivindicado o trono da Noruega ainda em 1046, após retornar de exílio do Império Bizantino. Inicialmente um acordo de regência foi proposto, mas acredita-se que Haroldo tenha mandado assassinar o sobrinho. Assim, ele foi coroado rei da Noruega. Enquanto isso, com a morte do jovem Magno, o trono dinamarquês foi reivindicado por Sueno II, neto de Sueno I. Com a coroação dos novos monarcas, anos de paz se seguiram para seus reinos. (DOUGLAS, 1964). 

A situação se complicaria a partir da década de 1060. Na Suécia o rei Edmundo III, o Velho faleceu em 1060 sem deixar herdeiros masculinos, então seu genro Estenquilo assumiu como novo governante, porém, seu reinado durou até 1066, quando ele morreu de causas incertas, mas foi sucedido por seu filho Eric VII, no entanto, um jarl também chamado Eric VIII reivindicou o direito ao trono, iniciando uma guerra entre os dois pretensos reis, resultando na morte de ambos em 1067. No lugar deles o segundo filho de Estenquilo, Halstano foi coroado rei, mas ele vivenciou uma crise política e foi derrubado em 1070, sendo sucedido por Anundo Gardske (ou Anundo, o Ru's), governante estrangeiro que reivindicou o controle da Suécia. (LINDKVIST, 2008). 

Entretanto, não era apenas a Suécia que passava por uma crise sucessória, a Inglaterra também enfrentou isso. Eduardo, o Confessor estava velho e não teve filhos, com sua morte, Lorde Godwin, uma espécie de "chanceler" convocou o conselho do Witin, e sugeriu o nome de seu filho Haroldo como candidato a rei. Evidentemente que sua escolha foi a acatada. Neste momento, o duque Gulherme da Normandia, que era primo de Eduardo, recusou a decisão, considerando a eleição uma fraude. Então decidiu invadir a Inglaterra e reivindicar o trono, sob alegação de que Eduardo o havia escolhido como herdeiro. (DOUGLAS, 1964). 

No entanto, Haroldo II da Inglaterra teve outro problema pela frente. O rei Haroldo Hardrada da Noruega também decidiu entrar nessa disputa e invadiu o norte da Inglaterra, ocorrendo a fatídica Batalha de Stamford Bridge (25/09/1066), que resultou na vitória inglesa, mas numa dura derrota para os noruegueses, incluindo o fato de que o rei Haroldo Hardrada morreu em combate. Apesar da vitória, Haroldo II ainda tinha os normandos pela frente, então ele marchou com seu exército para o sul, indo confrontá-los na Batalha de Hastings (14/10/1066), a qual resultou na morte do rei inglês e na derrota de seu exército. Guilherme acabou sendo reconhecido pelo Witin como monarca de direito, tornando-se o rei Guilherme, o Conquistador (c. 1028-1087), iniciando um reinado de vinte anos. (DOUGLAS, 1964). 

Sob os governos dos reis Guilherme I e Guilherme II, a Inglaterra não enfrentou grandes ameaças estrangeiras, consolidando sua paz e unidade. Na Noruega os filhos de Haroldo herdaram o trono, primeiro Magno II, que governou de 1066 a 1069, quando adoeceu e morreu aos 21 anos, sendo sucedido por seu irmão Olavo III, o Pacífico (1050-1093), que teve um reinado de mais de vinte anos, todavia, ele assegurou a paz no país. Na Dinamarca não houve problemas significativos e nem guerras reais, o maior incidente ocorreu com o rei Canuto IV (c. 1043-1086), que tentou invadir a Inglaterra, mas foi traído por seu povo que se revoltou com a ideia, então o mataram. Por fim, na Suécia o filho caçula de Estenquilo, o rei Ingo I (c. 1040-1110) governou de 1079 a 1084 quando foi deposto num golpe de Estado, sendo sucedido por Sueno, que governou por três anos quando foi assassinado, permitindo Ingo I reassumir o trono. (DOUGLAS, 1964). 

Dessa forma, a Inglaterra e os reinos escandinavos entraram em paz. Já a Islândia, essa rompeu com o domínio norueguês no começo do século XI, constituindo-se num governo aristocrata. A Groenlândia mantinha-se como uma colônia rural e de pescadores; o Reino de Dublin na Irlanda vivenciou uma série de disputas no século XI. Após a morte de Sithric II, Barba de Seda em 1036, o pequeno reino entrou numa crise política que perdurou até 1052, quando Murchad mac Diarmata subiu ao trono e instaurou a ordem por vinte e dois anos, mas após sua morte, crises reais continuaram nas décadas seguintes, em que os reis governavam poucos anos. Já as ilhas escocesas, essas eram governadas por diferentes jarls, até que foram unificadas em 1079 tornando-se o Reino de Mann e das Ilhas (1079-1266) perdurando por mais de duzentos anos, sobrevivendo o fim da Era Viking. (GRAHAM-CAMBPELL, 2006). 

Todavia, o século XI embora tenha sido marcado pela guerra dos reis como foi visto, ele também foi o período de consolidação do cristianismo em grande parte da Escandinávia. A Islândia reconheceu oficialmente a fé cristã por volta do ano 1000. A Groenlândia fez isso pouco tempo depois. Os reinos da Dinamarca e da Noruega já eram cristãos desde o século X, embora seus reis voltaram a legitimar isso. O caso mais emblemático era a Suécia, pois nem todo o território sueco estava unificado ainda, algo somente que ocorreu no século XII, apesar disso, no século XI, a Suécia já contava com dois bispados, mostrando como a cristianização estava avançada no país. Os territórios nórdicos na Irlanda e na Escócia também já estavam cristianizados. (LINDKVIST, 2008). 

Outro aspecto a ser mencionado em referência ao século XI, foi a proliferação de pedras rúnicas, monumentos comemorativos surgidos no século V, mas que se tornaram uma "moda" na Suécia no final da Era Viking, sendo esculpidos mais de dois e quinhentos deles só em território sueco. Já que a Dinamarca e a Noruega possuem juntos, menos de trezentas pedras rúnicas. Esses monumentos eram principalmente dedicados aos mortos, contendo simbolismo religioso pagão e cristão. (SAWYER, 2006). 

NOTA: A série Vikings (2013-2020) retrata alguns acontecimentos históricos dos séculos VIII, IX e X, mas de forma anacrônica. 

NOTA 2: A série The Last Kingdom (2015-2022) centra-se nos acontecimentos que antecedem o surgimento do Danelaw e seu começo. 

NOTA 3: O jogo Assassin's Creed Valhalla (2020) traz algumas referências a grande invasão viking da Inglaterra. 

NOTA 4: A séria Vikings Valhalla (2022-2024) apresenta alguns acontecimentos históricos do século XI, mas de forma anacrônica. 

Referências bibliográficas:

ARBMAN, Holger. Os Vikings. Tradução de Jerônimo Ludovice. São Paulo, Editora Verbo, 1971. (Coleção História Mundi).

BATEV, Collen. O mundo celtaIn: GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). Os Vikings. Barcelona, Ediciones Folio, S.A, 2006. 

BOLTON, Timothy. Cnut the Great. New Haven/London: Yale University Press, 2017.

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DOUGLAS, David C. William the Conqueror: The Norman Impact Upon England. Berkeley: University of California Press, 1964. 

HADLEYDawn M. The Creation of Danelaw. In: BRINK, Stefan (ed.). The Viking World. London/New York: Routledge, 2008, p. 375-378.

HAYWOOD, John. The Penguin Historical Atlas of the Vikings. London, Penguin, 1995. 

LINDKVIST, Thomas. Kings and provinces in Sweden. In: HELLE, Knut (ed.). The Cambridge History of Scandinavia, vol. 1. Cambridge: Cambridge University Press, 2008, p. 221-236. 2v

OLIVEIRA, Leandro Vilar. Grande armada danesa (866-878). In: LANGER, Johnni (org.). Dicionário de história e cultura da Era Viking. São Paulo, Hedra, 2018a, p. 323-325. 

OLIVEIRA, Leandro Vilar. Haroldo Dente Azul (Haraldr Gormson). In: LANGER, Johnni (org.). Dicionário de história e cultura da Era Viking. São Paulo, Hedra, 2018b, p. 356-358. 

PIRES, Hélio. Os vikings em Portugal e na Galiza. Sintra, Zéfiro, 2017. 

PRICE, Niel S. A Europa Ocidental. In: GRAHAM-CAMPBELL, James (org.). Os Vikings. Barcelona, Ediciones Folio, S.A, 2006. (Capítulo 7).

ROACH, Levi. Æthelred the Unready. New Haven, Connecticut: Yale University Press, 2016. 

SAWYER, Birgit. The Viking-age rune-stones: custom and commemoration in early medieval Scandinavia. Oxford: Oxford University Press, 2000.

Links relacionados: 

A saga viking

A grande invasão viking à Inglaterra (866-878)

Vinland: A "América Viking"

Pedras rúnicas: preservando os feitos dos vikings

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