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Leandro Vilar

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

As Olímpiadas Modernas

Os jogos olímpicos surgiram na Grécia Antiga em 776 a.C, e por mais de mil anos eles foram celebrados, quando foram interrompidos no século V d.C. No entanto, essa antiga tradição do esporte grego, que ocorria a cada quatro anos na cidade de Olímpia, foi retomada em 1896, com a criação dos jogos olímpicos modernos. Revivendo e atualizando essa tradição esportiva. Devido a isso, atualmente existem quatro versões das Olímpiadas modernas: os jogos de verão (os mais famosos), os jogos de inverno, os jogos paralímpicos (versão verão e inverno), os jogos da juventude (versão verão e inverno). Mais recentemente o COI anunciou uma quinta versão, o jogos olímpicos de e-sports, voltados para os jogos eletrônicos, que ainda será realizado. 

O Barão de Coubertin e as Olímpiadas Modernas

Pierre de Frédy (1863-1937) vinha da baixa nobreza francesa, ainda assim, uma família rica, que lhe rendeu o título de Barão de Courbetin. Devido as suas viagens à Inglaterra e aos Estados Unidos, Pierre passou a se interessar por educação e esporte, por conta disso, ele estudou Pedagogia e História, se formando no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Depois disso, Courbetin passou a se tornar um filantropo da educação e do esporte na França. 

Ele foi influenciado por algumas competições esportivas como o Wenlock Olympian Games de 1850, realizado na Inglaterra, promovido pelo magistrado, educador e botânico William Penny Brookes (1809-1895), um admirador da cultura grega, o qual decidiu revitalizar o espírito olímpico dos antigos gregos. Courbetin passou a se corresponder por Brookes, o qual inclusive apoiou o projeto do barão francês em criar uma organização para promover o esporte internacional. 

No ano de 1888 o Barão de Courbetin fundou o Comitê para a Propagação dos Exercícios Físicos (atual Comitê Jules Simon), como parte de seu projeto filantrópico de incentivo ao esporte. Naquele tempo o barão já era reconhecido por ser um incentivador da educação e do esporte, algo que somente cresceria nas décadas seguintes. Não obstante, ele como outros ricos de seu tempo, eram interessados por campeonatos esportivos, além de história e arqueologia, fato esse que o avançar nas escavações das ruínas de Olímpia, cidade-sede dos jogos olímpicos na Grécia Antiga, o maravilhou. 

Assim, em 1894, Courbetin reuniu filantropos, aristocratas, nobres, políticos e representantes de instituições esportivas da França e de outros países e propôs ao governo francês a criação de um campeonato que resgatasse a cultura esportiva grega das antigas olímpiadas. O congresso francês não se interessou por isso, então Courbetin unido ao empresário grego Demetrios Vikelas (1835-1908), viajaram para Lausanne, na Suíça, a fim de promover a criação de sua organização, agora sem vínculo governamental, assim surgiu o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Sede do Comitê Internacional Olímpico em Lausanne, na Suíça. 

Após a criação do COI, Courbetin e Vikelas trataram de divulgar o comitê e arrecadar fundos para promover um campeonato que viria a ser uma nova versão das Olímpiadas. A fim de honrar o legado grego, a Grécia foi escolhida como país em que se sediaria esse campeonato a ser celebrado dentro de dois anos. A ideia era atualizar a prática das olímpiadas, fazendo uso de esportes antigos e novos. Assim, nessa primeira Olímpiada foram aprovados nove esportes: atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta olímpica, natação, tênis e tiro ao alvo. Sendo esses esportes divididos em várias modalidades. 

Os jogos foram realizados entre 6 de abril e 15 de abril de 1896 no Estádio Panathinaiko em Atenas, contando com a participação de 13 países: Alemanha, Austrália (ainda colônia na época), Áustria-Hungria, Bulgária, Dinamarca, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Grécia, Itália, Suécia e Suíça. O Chile alega que teve um atleta nesses jogos, mas oficialmente isso não foi reconhecido. No total tivemos 241 competidores, apesar que alguns historiadores apontem um valor maior, assinalando problemas nas listas da época. 

Comitê Internacional Olímpico em 1896. Ao centro temos o então presidente Demetrios Vikelas, ao seu lado esquerdo Pierre de Courbetin. 

As primeiras Olímpiadas modernas foi um evento experimental em vários aspectos. A competição teve dificuldades para reunir verbas, troca de diretores, patrocínio chegado na última hora; classificatórias feitas com atletas amadores mediante falta de critérios melhor elaborados; comissões olímpicas que viajaram em alguns casos por conta própria, não recebendo ajuda nenhuma de seus países, fato esse que Bélgica e Rússia desistiram de participar. Alguns atletas também foram convocados de última hora, outros competiram sem ter um país definido com clareza, fato esse que gerou a polêmica envolvendo o Chile e a Itália. Além disso, os australianos foram reconhecidos como uma delegação independente, embora oficialmente fizessem parte da Grã-Bretanha. 

Foi nessa Olímpiada que se instituiu a premiação com medalhas de ouro, prata e bronze, pois nas Olímpiadas antigas os campeões ganhavam coroas de louro e fitas. Além disso, as medalhas daquele tempo realmente eram feitas em ouro e prata em maior quantidade do que hoje em dia. A Grécia foi o país que mais conquistou medalhas, totalizando 47 delas, mas acabou ficando em segundo lugar, perdendo para os Estados Unidos, que tiveram 20 medalhas, mas conquistaram 11 ouros, enquanto os gregos ficaram com 10 ouros. Alemanha ficou em terceiro, seguida pela França e a Grã-Bretanha, os demais países não conquistaram medalhas. 

Cerimônia de abertura das Olímpiadas de Atenas, em 1896. 

A trancos e barrancos a primeira Olímpiada moderna deu certo e fez sucesso, levando o COI e decidir regulamentar que a cada quatro anos um novo campeonato seria realizado num país diferente, pois a ideia era incentivar o esporte mundialmente, não deixando as Olímpiadas ficaram restritas apenas a Grécia como foi na Antiguidade. Por conta de sua origem francesa e prestígio em seu país, Courbetin incentivou que o governo francês se candidatasse para ser o próximo país sede, e a escolha somente saiu, porque naquele ano foi realizada a Exposição Universal de Paris, então decidiu-se emendar com os jogos olímpicos, algo que aumentou a divulgação dos dois eventos, mas também gerou alguns problemas de organização. 

As Olímpiadas de Paris de 1900, contou com 26 países, e 1.226 atletas, além de aumentar o número de esportes de 9 para 19, sendo esses: atletismo, cabo de guerra, ciclismo, críquete, croquet, esgrima, futebol, ginástica, golfe, hipismo, natação, pelota basca, polo, polo aquático, remo, rugby, tênis, tiro, tiro com alvo e vela. Alguns desses esportes acabaram sendo excluídos mais tarde, como veremos adiante. 

Mas além desses esportes oficiais, as Olímpiadas de 1900 também permitiu competições amadoras de esportes não-oficiais como corridas de carro e motocicleta. Além disso, houve exibições de columbofilia (corrida de pombos), balonismo, pesca, voo de pipa, além de competições promovidas por destacamentos militares como salvas de tiro de canhão, treinamento de resgate e combate a incêndio. 

Outro marco das Olímpiadas de Paris de 1900 foi o ingresso das mulheres, mesmo que tenha sido de forma tímida. Naquele ano, apenas 22 atletas foram autorizadas a participarem da competição, tendo atuado no tênis, vela, croquet, hipismo e golfe. Vale lembrar que nas Olímpiadas antigas as mulheres não participavam, e nem podiam assistir os jogos em determinadas épocas. Assim, os jogos de Paris quebraram esse estigma, pois mesmo em 1900, era incomum mulheres participarem de competições esportivas e eram desencorajadas a praticarem esportes. 

Cartaz das Olímpiadas de Paris de 1900 destacando uma mulher. Foi nessa edição que mulheres começaram a participar dos jogos modernos. 

Os concursos de arte nas Olímpiadas (1912-1948)

Fruto da ideia do Barão de Courbetin em promover não apenas os esportes, mas também as artes, surgiu as competições de artes, que ocorreram entre Estocolmo 1912 e Londres 1948. Essas disputas incluíam apresentações de pintores, escultores, músicos, escritores, poetas, atores e arquitetos. Havia modalidades de música instrumental e orquestra, canto solo e canto em coral, romance, poesia, peças de teatro, esculturas em estátua, relevo ou em outros suportes, apresentações de pinturas, desenhos, ilustrações, plantas, desenhos arquitetônicos etc. Um detalhe é que as obras de arte deveriam abordar temas esportivos. 

Ilustração apresentando uma partida de rugby, pintada por Jean Jacoby, o qual venceu o ouro em Paris 1924. 

A ideia de Courbetin era trazer a valorização das artes que havia na Grécia Antiga, para dentro dos jogos olímpicos modernos, concedendo inclusive medalhas para os artistas. Houve casos de atletas que disputaram também os concursos de artes por serem pintores, musicistas ou escritores. Curiosamente Courbetin participou do concurso de poesia em Paris 1924, ganhando o ouro. Todavia, após Londres 1948 a COI deixou de realizar esses concursos, pois o público perdeu interesse, já que muitos queriam ver os esportes.

Os Jogos Olímpicos de Inverno (1924)

Os jogos olímpicos modernos tradicionalmente ocorrem nos meses de verão ou primavera, por isso são chamados de Olímpiadas de Verão. Todavia, existiam esportes que necessitavam de gelo e neve para serem realizados como a patinação artística, o esqui, o snowboard, a corrida de trenós, o hóquei no gelo. Assim, o COI decidiu fazer um experimento. Foi realizada a Semana Internacional de Desportos de Inverno, na cidade francesa de Chamonix, no ano de 1924, dois meses após o término das Olímpiadas de Paris. 

Aqueles primeiros jogos de inverno acabaram dando certo, atraindo um público razoável. Porém, os investidores ficaram entusiasmados para que eles pudessem serem formalmente conhecidos como as Olímpiadas de Inverno, algo que o COI fez em reunião de 1925, decidindo regulamentá-los e regularizá-los a cada quatro anos, sendo celebrados no mesmo país sede dos jogos de verão. Todavia, por conta das edições canceladas de 1940 e 1944 devido a Segunda Guerra (1939-1945), ocorreu as olímpiadas de verão de Londres 1948, mas os ingleses alegaram não terem condições para realizar os jogos de inverno, então o COI decidiu mudar a regra, agora as olímpiadas de inverno ocorreriam em outros países. Outro fator que levou a essa mudança se deve ao fato de que alguns países sedes não possuíam montanhas ou invernos com gelo e neve, inviabilizando a realização de tais jogos. Dessa forma foi estabelecido que as Olímpiadas de Inverno somente podem ocorrer em países que possuam essas condições. Assim tivemos Saint Mortiz 1948 na Suíça

Competição de patinação no gelo nas Olímpiadas de Chamonix 1924. 

Embora os jogos de inverno sejam também internacionais, eles são mais limitantes do que os jogos de verão, pois muitos países não dispõem de condições de sedia-los, tampouco costumam participar de suas modalidades esportivas. Assim, os jogos de inverno possuem menos esportes consistindo em modalidades de esqui, bobsleigh, patinação artística, luge (trenó), snowboarding etc. Apesar de ter um número reduzido de nações participantes, ainda assim, tais jogos ganharam sua popularidade, sendo realizados regularmente desde 1948, embora que o COI decidiu mudar a data de realização, colocando-os dois anos depois dos jogos de verão a partir de 1986.

As Olímpiadas de 1936 e o Nazismo

A realização das Olímpiadas de Berlim em 1936 era a oportunidade de ouro para que a Alemanha Nazista mostrasse ao mundo sua ideologia de superioridade através do mito da raça ariana. Assim, o governo alemão não poupou gastos, investindo milhões para tornar aqueles jogos olímpicos o maior e mais impactante até então feito. Os jogos de Berlim 1936 contou com 49 países, quase quatro mil atletas, disputando 25 modalidades, entre os dias 1 e 16 de agosto. Adolf Hitler queria que tudo fosse belo, harmonioso e grandioso, a fim de mostrar a prosperidade, força e glória do Terceiro Reich. Condição essa que ele inclusive incentivou que os jogos fossem registrados regularmente por fotografias e filmagens. 

Passagem da tocha olímpica durante Berlim 1936. As forças armadas nazista enfileiradas na ocasião. 

A famosa cineasta Leni Riefenstahl (1902-2003) foi contratada para mostrar os bastidores dos jogos e sua realização. Parte dessa produção foi lançada através do filme Olympia (1938), mostrando como foi o grande espetáculo das Olimpíadas na Alemanha, claramente um produto de propaganda política para exaltar o nacionalismo e o patriotismo.

Mas além dos gastos com a estrutura dos jogos, os alemães também vieram sendo preparados para competir e ganhar. A Alemanha conquistou 89 medalhas, sendo 33 de ouro, 26 de prata e 30 de bronze. Isso foi vendido na época e nos anos seguintes como prova da "superioridade da raça alemã". Entretanto, os alemães não contavam com algo inesperado, o atleta americano Jesse Owens (1913-1980), o qual chegou sem popularidade e até desacreditado, mas conquistou quatro medalhas de ouro nas provas de atletismo dos 100 metros rasos, 200 metros rasos, salto em distância e revezamento 4 x 400. Owens surpreendeu a todos com sua capacidade física, resistência, força e velocidade. E para o horror dos nazistas, ele era um homem negro, considerado de uma raça inferior para a ideologia ariana. 

Owens fez história naquelas Olímpiadas se mostrando ser o homem mais rápido do mundo e o homem que mais saltava distante. Nem mesmo os louros alemães que orgulhavam de seu "sangue ariano" conseguiram superá-lo. Apesar dessa vitória sobre os alemães nazistas, Hitler ordenou que isso fosse abafado, até mesmo removido das propagandas. O próprio Führer se negou apertar a mão de Owens, apenas acenando para ele a partir da tribuna. Por sua vez, nos Estados Unidos, Owens também não foi tão valorizado assim, mesmo ele tendo recebido uma pequena celebração, rapidamente foi esquecido e o presidente americano Franklin Delano Roosevelt nem se quer escreveu para ele, parabenizando-o por sua conquista quadrupla. 

Jesse Owens, o atleta negro que desbancou os nazistas. 

Jogos Olímpicos e a Guerra Fria (1945-1991)

A Guerra Fria foi um conflito mundial entre os Estados Unidos representando os países capitalistas, contra a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) representando os países socialistas. Em termos prático não houve uma guerra formal entre ambos, mas conflitos diversos espalhados por alguns países asiáticos e africanos, além de operações militares nas Américas e Europa, que contaram com o apoio direto ou indireto dos dois países. Todavia, esse conflito não se resumiu apenas ao campo político e militar, mas também passou pelos campos da economia, tecnologia, ciências, artes, e evidentemente nos esportes. 

Embora a URSS tenha sido criada em 1922, após isso ocorrer o governo soviético suspendeu a participação sua nas Olímpiadas, consideradas como fruto da cultura capitalista. Todavia, a Rússia já tinha participado anteriormente das Olímpiadas de 1900, 1908 e 1912, mas como se tornou a sede da URSS, sua participação foi suspensa. A entrada dos soviéticos nas olímpiadas somente ocorreu na edição de Helsinque 1952, ocorrida na Finlândia. 

Naquele ano a URSS dominou algumas competições de atletismo e a ginástica, terminando em segundo lugar no pódio com 71 medalhas, sendo 21 de ouro, 30 de prata e 13 de bronze. Ficando atrás dos Estados Unidos. Diante dessa vitória bastante expressiva para uma primeira participação olímpica, o governo soviético decidiu manter a presença regular do país, encontrando nas olímpiadas uma forma de competir contra os americanos, mostrando que o regime socialista possuiria melhores formas de treinar os atletas, sem depender do exibicionismo esportista promovido pelo capitalismo americano. Posto isso, pelas décadas seguintes, os EUA e a URSS foram os principais campeões olímpicos, havendo momentos que os soviéticos passaram na frente dos americanos. 

O auge do conflito político da Guerra Fria ocorreu nos jogos de Moscou 1980. Naquele ano o governo americano em protesto a condição da URSS ter invadido o Afeganistão no ano anterior, decidiram não participar dessa olimpíada e incentivou outras nações a fazerem o mesmo (os americanos possuíam interesses políticos no país). Porém, o boicote americano não saiu da forma como desejada. 80 países e mais de 5 mil atletas, ainda competiram nos jogos de Moscou, inclusive vários aliados políticos e econômicos dos EUA. Por sua vez, os jogos olímpicos na Rússia mostraram um forte uso como propaganda política. 

Imagem de Vladimir Lênin e o símbolo do Comunismo, durante as olímpiadas de Moscou 1980. 

Com a ausência dos Estados Unidos em 1980, os soviéticos não tiveram a concorrência de seus maiores rivais, então o país dominou aquela edição, conquistando 195 medalhas, sendo 80 de ouro. Outra curiosidade é que os quatro países mais medalhistas eram de cunho socialista. Em primeiro a URSS, seguida pela Alemanha Oriental, Bulgária e Cuba

Entretanto, os Estados Unidos decidiu revidar essa afronta pelo fracasso do boicote em 1980. Os jogos seguintes ocorreram em Los Angeles 1984. O governo americano decidiu fazer uma olímpiada muito maior e superior a realizada pelos soviéticos. Nesta edição participaram 140 países e teve mais de 6 mil atletas. O governo investiu pesadamente nos shows, estádios e no marketing para difundir a cultura americana e a superioridade do sistema capitalista. Não obstante, devido ao acirramento do conflito com a URSS, o país e seus aliados decidiram boicotar esses jogos, não indo participar. No entanto, China e Romênia que eram aliados dos soviéticos, compareceram. 

Sem contar com a presença soviética, os Estados Unidos dominaram as medalhas em Los Angeles 1984, conquistando 174 delas, sendo 83 de ouro. Ironicamente a Romênia ficou em segundo lugar, seguida pela Alemanha Ocidental e em quarto esteve a China. Dos quatro países no topo, dois eram socialistas. 

Os Jogos Paralímpicos (1960)

A primeira edição das Paralimpíadas ocorreu em 1960, em Roma, sendo um projeto conjunto entre a COI e o médico Ludwig Guttmann (1899-1980), idealizador do campeonato esportivo para deficientes chamado Jogos de Stoke Mandeville. Tudo começou em 1943 quando Guttmann, um judeu-alemão refugiado na Inglaterra com sua família, foi designado chefe do Centro Nacional de Traumatismos, sediado em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Lá ele passou a incentivar a prática do esporte na reabilitação de militares feridos durante a Segunda Guerra. 

O que começou de forma informal, apenas como disputas simples de bilhar, basquete, tiro com arco e arremesso de dardos, acabou ganhando destaque nos anos seguintes. Guttmann e sua equipe mostrava que pessoas deficientes podiam praticar esportes ainda. Assim, em 1948 ele realizou a primeira edição dos Jogos de Stoke Mandeville. Desde então os jogos foram realizados anualmente, passando a chamar a atenção de instituições inglesas e de outros países. Alguns paratletas de outros países chegaram a competir em algumas edições da década de 1950. 

Finalmente conversando com a COI, Guttmann sugeriu contar o apoio do comitê olímpico para se criar uma olímpiada para atletas deficientes. A ideia foi aceita em 1959, sendo executada no ano seguinte, após as olímpiadas de Roma 1960. A primeira Paralimpíada contou com mais de 400 atletas, porém, naquela época apenas aceitava-se atletas cadeirantes, pessoas com outras deficiências não foram aceitas na ocasião. 

Desfile dos atletas na Paralímpiada de Roma 1960, a primeira do tipo. 

Na Paralímpiada de Tóquio 1964, manteve-se apenas atletas cadeirantes, os quais competiam nas modalidades de tiro ao lavo, basquete etc. Todavia, problemas de acessibilidade levaram ao cancelamento dos jogos de 1968 e 1972. Porém, em Toronto 1976 os jogos foram realizados, dessa vez permitindo o ingresso de atletas com membros amputados, cegos, surdos e com outras deficiências físicas. Por essa época a proposta era tornar as Paralímpiadas mais inclusivas, aumentando o número de deficiências permitidas, possibilitando que mais atletas pudessem competir, além de aumentar os esportes praticados, condição essa que se realizou a primeira paralímpiada de inverno, ocorrida em Örnsköldsvik, na Suécia

Apesar disso novos problemas de organização e falta de interesse por essa competição se sucederam. Os jogos de 1980 e 1984 foram cancelados, levando organizações e instituições de atletas deficientes a romperem com o COI por falta de compromisso do comitê em incentivar os países sedes dos jogos a se preparem para a realização dos jogos paralímpicos. A situação somente mudou um pouco com Seul 1988, em que os sul-coreanos realmente se comprometeram em garantir acessibilidade aos atletas. Isso levou a criação do Comitê Internacional Paralímpico em 1989

Com o sucesso das Paralímpiadas de Seul 1988 os jogos paralímpicos voltaram a serem regulares desde então. Sendo melhorados, recebendo novas modalidades esportivas, além de melhor organizados. Em Atlanta 1996 tivemos a inclusão de deficientes mentais, algo que inclusive contou com um experimento realizados em Barcelona 1992

Atualmente as Paralímpiadas cresceram bastante no século XXI, contando com mais de vinte modalidades esportivas entre atletismo, natação, canoagem, remo, futebol de cegos, basquete, tênis, esgrima, hipismo, tiro ao alvo, vôlei, judô, rugby, taekwondo etc., englobando atletas com diferentes tipos de deficiências físicas e mentais, reunindo competidores de mais de cem países. 

O atleta brasileiro Daniel Dias, maior medalhista do país nas Paralimpíadas, com 27 medalhas conquistadas na natação, sendo 14 de ouro. 

Os Jogos Olímpicos da Juventude (2010)

A ideia dessa competição surgiu com o gestor Johann Rosenzopf em 1998, o qual interessado em promover os esportes para a juventude na Áustria, propôs ao COI a criação de um campeonato mundial aos moldes das olímpiadas, mas voltado para os adolescentes. A proposta foi recusada, porém, Rosenzopf não desistiu de sua ideia. Ele passou quase dez tentando convencer o COI, até que finalmente esse em 2007 cedeu aos apelos dele, e decidiu fazer as Olímpiadas de Verão da Juventude celebrada em Singapura 2010. Posteriormente foi realizada as Olímpiadas de Inverno da Juventude de Innsbruck 2012

O COI instituiu algumas regras principais para os jogos da juventude: sua duração deverá ser menor do que as olímpiadas normais; seu valor tem que ser menor e não pode exceder nem metade do valor dos campeonatos normais; somente atletas entre 15 e 17 anos podem participar, havendo um número máximo para isso nas competições de verão e inverno; essas olimpíadas juvenis também devem promover o intercâmbio esportivo e educacional, permitindo que os atletas ganhem patrocinadores ou bolsas de estudo. 

Logo dos jogos de verão da juventude de Singapura 2020

Desde então três edições dos jogos de verão da juventude foram realizadas, sendo essas Singapura 2010, Nanquim 2014, Buenos Aires 2018, porém, a edição de 2022 foi cancelada por conta dos resquícios da pandemia, além de que Tóquio 2020, acabou ocorrendo em 2021. Uma novidade é que os próximos jogos serão Dakar 2026, sendo a primeira vez que um campeonato olímpico ocorrerá no continente africano. Por sua vez, os jogos de inverno da juventude foram: Innsbruck 2012, Lillehammer 2016, Lausana 2020, e o próximo será Gangwon 2024

As olímpiadas da juventude possuem menos prestígio do que as olímpiadas de inverno, fato que até pouco se comenta sobre elas. Ainda assim, o COI a enxerga como celeiro de novos talentos, já que alguns atletas que participaram dessas competições juvenis acabam indo para as competições principais. 

Esportes que deixaram as Olímpiadas

Em mais de um século de história das Olímpiadas Modernas de Verão, vários esportes entraram e saíram de suas edições, mudanças essas ocorridas inclusive a cada quatro anos. Os motivos são vários: dificuldades de criar comitês ou organizações para torná-los profissionais; reconhecimento de determinados esportes como sendo algo sério e não apenas um jogo; dificuldades de logística para os países sedes promovê-los; baixo número de atletas representantes; popularidade desses jogos para o público, afinal, é preciso vender ingressos para pagar as contas. Um esporte sem popularidade resultava em arquibancadas vazias e prejuízo financeiro. 

O cabo de guerra no final do XIX e começo do XX era uma modalidade popular, praticada por equipes profissionais, mas principalmente amadoras, sendo comum suas competições em jogos escolares, universitários, militares e até entre equipes de outros esportes ou simplesmente numa disputa de amigos. Porém, o COI tentou se valer dessa popularidade, elegendo-o como esporte olímpico em 1900. O cabo de guerra permaneceu vigorando até 1920, tendo a Grã-Bretanha como maior campeão desse esporte. Porém, como decidiu-se diminuir a quantidade de esportes, o cabo de guerra que havia perdido a popularidade naquele tempo, foi eliminado. 

Competição de cabo de guerra nas Olímpiadas de Estocolmo em 1912. Na ocasião uma disputa entre os britânicos e suecos. 

A natação com obstáculos foi um experimento realizado em Paris em 1900, como parte das modalidades que compreendem a natação. Na época os nadadores tinham que subir em obstáculos como plataformas, boias e embarcações durante o percurso, e depois voltar a nadar. Porém, a prova foi considerada bastante difícil e desgastante, sendo descartada. Consistindo na primeira modalidade abandonada. 

O polo foi um esporte que estreou em Paris 1900, permanecendo na ativa até Berlim 1936. Trata-se de um jogo disputado montado em cavalos, usando-se tacos para golpear uma bola. O jogo é difícil devido a manobrar os cavalos e ter que acerta a bola, além de ser um esporte caro devido aos cavalos. Embora nas Olímpiadas exista as provas de hipismo, o polo não era um esporte tão popular, havendo poucos países interessados em mandar equipes para as Olímpiadas. 

Uma competição de polo nas Olímpiadas de Berlim em 1936, último ano que esse esporte constou nos jogos. 

Um caso recente de esporte que durou apenas uma edição foi o caratê. Essa arte marcial estreou em Tóquio 2020, mas acabou sendo descartada de Paris 2024. Entre as lutas presentes nas Olímpiadas o boxejudô e o taekwondo são os mais populares, embora haja a competição de luta greco-romana e wrestling também. Por conta de haver cinco modalidades de luta, o COI decidiu que seis seria muito, levando a exclusão do caratê. 

Além desses esportes mais conhecidos, outros que deixaram as Olímpiadas de Verão foram:
  • Croquet (1900): esporte de origem irlandesa, no qual se faz uso de bastões para golpear bolas rasteiramente por aros. Em Paris foi uma das poucas modalidades que permitiam mulheres participarem naquela época. Todavia, foi excluído das Olímpiadas por não ser considerado interessante. 
  • Pelota basca (1900): esporte de origem francesa, mas que se regulamentou na Espanha. Joga-se usando as mãos ou raquetes para golpear uma bola contra o chão ou a parede. Lembra um pouco o squash. 
  • Rugby (1900-1924): embora os jogos atuais possuam o rugby, mas consiste numa modalidade diferente, chamada rugby seven. 
  • Lacrosse (1904-1908): esporte de origem indígena nos Estados Unidos, em que se joga usando um bastão com rede e uma bola. Foi removido por ter poucos países participantes. 
  • Corrida de jet ski (1908): o COI decidiu que veículos motorizados não deveriam fazer parte das Olímpiadas. 
  • Raquetes (1908): modalidade apenas competida pelos britânicos na ocasião, foi removida em seguida. Considerou-se o tênis mais interessante. 
  • Patinação artística (1912/1924): transferido para as Olímpiadas de Inverno. 
  • Hóquei no gelo (1920): transferido para as Olímpiadas de Inverno. 
  • Softbol (1996-2008): versão voltada para mulheres, a fim de substituir a ausência de times femininos de beisebol, durou quatro edições. 
  • Wushu (2008): conhecido no Ocidente como kung fu, fez sua estreia em Pequim, na expectativa de se tornar uma modalidade fixa, mas foi descartado. 
  • Breakdance (2024): após sua estreia em Paris 2024, o comitê de LA 2028 decidiu não dar continuidade a essa modalidade. 
Esportes que saíram e voltaram

Existem casos de esportes que saíram, mas depois de anos retornaram. A escalada em corda era uma modalidade da ginástica, em que os atletas tinham que subir rapidamente por uma corda. A modalidade surgiu em 1896, foi descartada em Paris 1900, mas retomada em Saint Louis 1904, depois suspensa novamente, voltando em Paris 1924, novamente suspensa, retornando em Los Angeles 1932, quando decidiram excluí-la definitivamente. 

Outro exemplo foi o golfe. Ele apareceu nos jogos de 1900 e 1904, porém, por ser considerado um esporte de rico, que demandava um grande campo para ser realizado, além de ser demorado, a COI na época o considerou pouco interessante para a competição olímpica. Assim, por décadas o golfe ficou de fora das Olímpiadas, retornando apenas no Rio 2016. O irônico é que o Brasil não é uma referência no golfe. Apesar disso, ele foi mantido desde então. 

Um curioso foi com o beisebol, popular em países como Estados Unidos e Japão, o beisebol somente fez sua estreia nas Olímpiadas tardiamente, em 1992, nos jogos de Barcelona. Outra ironia é o fato de que a medalha de ouro dos jogos de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, foram conquistadas por Cuba, país que tradicionalmente não tem renome nesse esporte. Apesar disso, o beisebol continuou presente nas Olímpiadas até Pequim 2008, quando o COI considerou que ele tinha perdido bastante popularidade, por ser um jogo praticado em poucos países. Assim, ele foi removido dos jogos de Londres 2012 e Rio 2016, mas retornou com as Olímpiadas de Tóquio 2020, devido a popularidade desse esporte no país. Inclusive os japoneses venceram o ouro nessa edição. No entanto, o COI voltou atrás e removeu o beisebol da edição de Paris em 2024. Um dado curioso é o fato de que os Estados Unidos, embora sejam uma referência mundial no beisebol, nunca ganharam o ouro nas Olímpiadas, apenas a prata e o bronze. 

O comitê de organização dos jogos de Los Angeles 2028 anunciaram o retorno do beisebol, do softbol, do criquet e do lacrosse. Os quatro esportes são populares no país e possuem alguns adeptos em nações europeias e asiáticas. 

Novos esportes nas Olímpiadas

Em Seul 1988 ocorreu a primeira disputa de tênis de mesa (o popular ping-pong). O esporte se tornou fixo desde então, sendo dominado principalmente por atletas chineses. Nos jogos de Barcelona 1992 tivemos a inclusão do badmington (um tênis com peteca), o qual se tornou esporte fixo também. Por sua vez, em Pequim 2008, as modalidades de ciclismo foram atualizadas. Competições de bicicleta existem nas Olímpiadas desde 1896, a diferença é que a partir de 2008 incluiu-se as modalidades de BMX (bicicross) como salto e mountain cross. 

A edição de Tóquio 2020 apresentou a inserção de novos esportes, alguns até pedidos anteriormente como o skate, o  surfe e a escalada esportiva. Já em Paris 2024 a novidade foi inserir a breaking dance como modalidade olímpica, algo que dividiu opiniões por se tratar de um estilo de dança, não num esporte propriamente. Porém, o COI considerou que os movimentos físicos desse estilo de dança poderiam ser considerados como atléticos. 

Tony Hawk, a lenda do skate, na final do skate park masculino em Paris 2024. 

O comitê de organização dos jogos de Los Angeles 2028 anunciaram dois novos esportes: o squash, uma variação do jogo de raquetes, sendo que se joga duas pessoas, os quais usam uma parede para rebater bolas. Porém, uma novidade inesperada foi a adesão do flag football, um esporte inspirado no futebol americano, só que com menos contato físico e algumas regras diferentes. Esse esporte é praticado em diferentes países, sendo mais acessível que o futebol americano. 


Lista das cidades que realizaram as Olimpíadas de Verão:
  1. Atenas (Grécia) - 1896
  2. Paris (França) - 1900
  3. Saint Louis (EUA) - 1904
  4. Londres (Inglaterra) - 1908
  5. Estocolmo (Suécia) - 1912
  6. Berlim (Alemanha) - 1916 (cancelada devido a Primeira Guerra)
  7. Antuérpia (Bélgica) - 1920
  8. Paris (França) - 1924
  9. Amsterdã (Holanda) - 1928
  10. Los Angeles (EUA) - 1932
  11. Berlim (Alemanha) - 1936
  12. Tóquio (Japão) - 1940 (cancelada devido a Segunda Guerra)
  13. Londres (Inglaterra) - 1944 (cancelada devido a Segunda Guerra)
  14. Londres (Inglaterra) - 1948
  15. Helsinque (Finlândia) - 1952
  16. Melbourne (Austrália) - 1956
  17. Roma (Itália) - 1960
  18. Tóquio (Japão) - 1964
  19. Cidade do México (México) - 1968
  20. Munique (Alemanha) - 1972
  21. Montreal (Canadá) - 1976
  22. Moscou (URSS/Rússia) - 1980
  23. Los Angeles (EUA) - 1984
  24. Seul (Coréia do Sul) - 1988
  25. Barcelona (Espanha) - 1992
  26. Atlanta (EUA) - 1996
  27. Sydney (Austrália) - 2000
  28. Atenas (Grécia) - 2004
  29. Pequim (China) - 2008
  30. Londres (Inglaterra) - 2012
  31. Rio de Janeiro (Brasil) - 2016
  32. Tóquio (Japão) - 2020 (adiada para 2021 devido a pandemia de covid-19)
  33. Paris (França) - 2024
  34. Los Angeles (EUA) - prevista para 2028
  35. Brisbane (Austrália) - prevista para 2032
NOTA 1: Os países que mais sediaram os jogos olímpicos de verão foram: Estados Unidos com cinco, França e Inglaterra com três. 
NOTA 2: As cidades de Paris e Londres foram as que mais sediaram jogos olímpicos, tendo passado por três edições cada uma. 
NOTA 3: Na história dos jogos olímpicos de verão, apenas três edições foram canceladas, devido as guerras mundiais, por sua vez, a edição de 2020 em Tóquio foi adiada para 2021, embora cogitou-se seu possível cancelamento. 
NOTA 4: O polo aquático é realizado desde Paris 1900, porém, somente em Sydney 2000 foi permitido equipes femininas. A partir de Atl
NOTA 5: O maior medalhista olímpico é um ex-nadador americano Michael Phelps, o qual conquistou 28 medalhas, sendo 23 de ouro, em cinco edições. Depois dele tivemos a ex-ginasta russa Larissa Latynina com 18 medalhas, sendo a atleta feminina com mais medalhas
NOTA 6: A primeira Olímpiada que o Brasil participou foi Antuérpia 1920, competindo em cinco esportes, mas ganhando apenas medalhas no tiro ao alvo, o que incluiu ouro, prata e bronze. 
NOTA 7: O lutador cubano Mijáin López é o único atleta a vencer o ouro cinco vezes seguidas, em edições diferentes das Olímpiadas. López é o maior campeão olímpico em luta greco-romana. 
NOTA 8: A skatista brasileira Rayssa Leal é a única atleta olímpica a ganhar duas medalhas em edições diferentes dos jogos, antes dos 17 anos. 
NOTA 9: Os países com mais medalhas olímpicas são Estados Unidos com mais de 2.600, a Grã-Bretanha com mais de 1.100, a ex-URSS com 1.010, a França com mais de 810, a Alemanha com mais de 800, a China com mais de 600. 
NOTA 10: A mascote olímpico surgiu nas Olímpiadas de Munique 1972, tornando-se uma tradição desde então. O costume também foi passado para algumas das outras versões das olímpiadas modernas. O urso Misha das olímpiadas de Moscou 1980, ainda é a mascote mais famosa. 
NOTA 11: O COI reconhece mais de 206 delegações mundiais. Porém, nem todos são países propriamente, mas territórios ultramarítimos e alguns são territórios que pleiteiam sua independência. Por sua vez, a ONU reconhece apenas 193 países
NOTA 12: Desde os anos 1980 existem jogos de videogame inspirados nas Olímpiadas, focados principalmente em competições de atletismo, natação e alguns esportes; mas os jogos mais famosos são da franquia Mario e Sonic Olympic Games (2007-2020). Tendo sido um jogo autorizado pelo COI. 
NOTA 13: A palavra olímpiada se popularizou a ponto de designar grandes competições nacionais ou internacionais, mesmo que não sejam de esportes, como olímpiadas de matemática, física, química, astronomia, computação, história etc. 
NOTA 14: Os Jogos Pan-Americanos surgiram em 1951, sendo inspirados nas Olímpiadas de Verão de 1932, tendo havido os Jogos Olímpicos Pan-Americanos de 1937. Porém, o projeto de torná-los regulares foi engavetado, somente retornando vários anos depois. Eles seguem organização similar as olímpiadas e são quadrienais, porém, englobam apenas países americanos. 

Referências
BOYKOFF, Jules. Power Games: A political history of the Olympics. New York, Verso, 2016. 
BUCHANAN, Ian. Historical dictionary of the Olympic moviment. Lanham, Scarecrow Press, 2001. 

Referências da internet

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