Essa é a história de um dos vários imperadores romanos, dentre quais, muitos são desconhecidos do público e outros não tiveram grandes relevâncias para a História do império em si. Todavia, o imperador Adriano, não merece ficar ao lado de tantos esquecidos. Adriano, não fora o mais glorioso dos imperadores, ou um dos maiores conquistadores ou um dos mais sábios. Mas, fora um homem de grandes ideias, ao invés de se preocupar em se conquistar cada vez mais terras, riquezas e povos para Roma, Adriano preocupou-se em consolidar, organizar e estabilizar o império, que fora tão grande como de seus sucessores e antecessores. Ele tinha em mente, levar a glória, o conhecimento e a prosperidade a todos recantos de seus domínios, nem que fosse o caso de se usar a força para se realizar tais feitos.
Um pequeno homem para um grande império
Imperador Adriano |
Publius Aelius Traianus Hadrianus, nasceu no ano de 78 em Itálica, cidade romana na província da Hispânia. Era filho de uma família nobre, parente do futuro imperador Trajano. Quando Adriano nasceu, Roma estava sob o governo do imperador Vespasiano, conhecido por ter iniciado as obras do Teatro Flaviano, o qual ficaria mais conhecido como Coliseu. Vespasiano faleceu em 79, sendo sucedido por seu filho Tito, o qual fundou o Coliseu de fato, depois este governou brevemente e fora sucedido por seu irmão Domiciano. Finalmente, no ano de 98, seu parente Trajano (53-117) fora empossado como o novo imperador, pelo falecido imperador Nerva (30-98), o qual não havia tido filhos, e escolheu como sucessor Trajano, o nomeando oficialmente desde o ano de 91.
Imperador Trajano |
Trajano vinha de uma família tradicional, de respeito e voltada para a guerra. Trajano desde cedo ingressou no exército, algo que repercutira profundamente em seu caráter. Durante seu reinado, procurou combater a pobreza, a fim de ganhar o apoio das massas, restabeleceu a administração judiciária, promoveu grandes obras públicas, como a construção de um fórum em Roma, as termas de Roma, a Coluna de Trajano, o alargamento do porto de Óstia (Itália), construiu estradas, pontes, fortalezas, palácios, aquedutos, etc. Mas, provavelmente seu maior legado se encontre em suas conquistas. Conquistador incansável, Trajano tinha em mente levar à cabo o sonho do primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C - 14 d.C), o qual predizia "um império sem fim". Em outras palavras, dominar a tudo e a todos até onde fosse possível. Assim Trajano empreendeu várias e sucessivas campanhas militares, para não apenas conquistar mais terras, mas para defender seus próprios domínios.
Entre os anos de 101-107 ele combateu os dácios para assegurar o domínio sobre a Dácia (hoje parte da Romênia e da Moldávia), e firmar o controle sobre a fronteira diante do rio Danúbio, local histórico de grandes batalhas. Em 105, ele havia conquistado a Arábia nabateana, a qual servira de ponto de partida para a expansão do império para o Leste, vindo a conquistar a Armênia Osroena, a Assíria, e parte da Mesopotâmia. Terminada a conquista parcial da Mesopotâmia, o império romano havia chegado a sua máxima extensão em toda a sua história. Após a morte de Trajano, nenhum imperador expandiria mais o império.
Domínios do Império Romano durante o reinado do imperador Trajano (98-117). Nessa época o império alcançou sua extensão máxima. |
O império romano se expandia por três continentes, possuía cerca de 4 mil quilômetros quadrados, e abrigava pelo menos 30 milhões de habitantes, de distintas culturas, costumes, religiões e idiomas. Em seu tempo era o império do mundo mais próspero e glorioso.
No ano de 117, já com seus 63 anos de idade e com a saúde frágil, Trajano o qual se encontrava na província da Cilicia (hoje parte do território da Turquia), declarou que Adriano fosse oficializado como seu sucessor direto. Nessa época, Adriano contava com 39 anos, era o então governador da Síria. Trajano era casado com Pompeia Plotina, mas não tivera filhos com essa, sem herdeiros ele nomeou Adriano como seu sucessor e no mesmo ano, Trajano faleceu e Adriano tornou-se o novo imperador.
Diferente de Trajano, Adriano tinha outras ideias para o futuro do império, e entre elas, não estava a ideia de se conquistar mais terras, mas em consolidar-se os domínios já existentes. E como primeira medida tomada, Adriano ordenou que as legiões romanas localizadas nas províncias da Armênia, Assíria e Mesopotâmia, abandonassem tais terras. Tal fato deu-se principalmente para evitar-se novos conflitos com o Império Parto, inimigo de longa data dos romanos. Se Adriano persistisse em manter as províncias, não tardaria para que mais uma guerra contra os partos eclodisse, aumentando os gastos com as campanhas militares, e o número de mortos. Assim, Adriano, por cautela preferiu largar esta iminente zona de perigo, e concentra-se em defender algumas regiões conturbadas do império, como a Dácia, a Arábia, a Judeia, as Germânias e a Bretanha.
Inevitavelmente, o império perdera não apenas as três províncias, mais parte de outras, devido as conflitos que se mantiveram. De qualquer forma, ele era tão grande como fora antes de Trajano e como seria após Adriano. Mas, se por um lado, Adriano procurou defender as fronteiras do império, ele realizaria reformas profundas na administração, economia, justiça, educação, cultura, etc. E para se realizar isso, de forma sensata ele tivera a preocupação e o bom senso de dizer que o império era formando por muitos povos e suas culturas, logo ele deveria conhecer os seus súditos, seus problemas e suas reivindicações, para por em prática suas reformas.
Um imperador viajante
Adriano fora o único imperador romano a visitar cada uma das províncias do império, que em sua época eram 44. Ele passava mais tempo viajando do que em Roma, como alguns imperadores faziam. Entre os anos de 121 e 122, ele viajou com sua comitiva pelas Gálias (atualmente França, Bélgica e Holanda), até as Germânias (atualmente Alemanha), onde supervisionou a construção de uma muralha de madeira para manter os germanos longe das terras romanas. De lá, ele partiu para a Bretanha (hoje Inglaterra e País de Gales) onde ordenou a construção de uma grande muralha de pedra na fronteira norte da província perto da atual Escócia, para manter os pictos e escotos, ambos chamados de caledônios pelos romanos, considerados como bárbaros, longe. Posteriormente o imperador Antonino Pio, ordenaria a construção de outra muralha para conter a ameaça dos caledônios.
"Até hoje, como observa o historiador Christopher Kelly, as evidências físicas do reinado de Adriano oferecem caminho certeiro para compreender a sutileza de seus métodos e suas motivações. Ao analisar as evidências materiais, até mesmo o gesto aparentemente grosseiro de construir a muralha que leva seu nome, ao norte da Britânia, revela-se um gesto extremamente pragmático". (BUTTERWORTH, 2009, p. 29).
Da Bretanha, o imperador continuou seguindo viagem, e no ano de 123 em visita a província da Mauritânia na África, supervisionou e comandou a supressão de uma revolta. De lá, ele seguiu para as fronteiras orientais do império, a fim de promover um acordo com os partos, para evitar-se uma nova guerra. Adriano, conseguiu firmar acordo com o rei dos partos, Osroes I (governou de 109-129). Continuou com suas viagens pelas províncias orientais, até chegar as províncias na Ásia Menor (hoje Território da Turquia). Na província de Bitínia, participou de jogos comemorativos em sua homenagem (algo comum da tradição helênica, herdada por estes povos), e fora também na Bitínia que conhecera o seu futuro amante, Antínoo.
Na Anatólia, fundou a cidade de Adrianópolis (Hadrianutherae) atualmente a cidade de Edirne, na Turquia. De lá, no ano seguinte, entre 124 e 125, Adriano residiu nas províncias que compreendiam a Grécia, as províncias de Épiro e Aquéia. Adriano ordenou a construção de obras públicas, dentre estas um complexo forense e uma biblioteca, a qual seria batizada com seu nome. Não obstante, o imperador como um grande admirador da cultura grega, passou algum tempo estudando filosofia, poesia, politica, com os homens ilustres de Atenas. Supervisionou obras pela cidade e em outras cidades, ponderou acerca de alguns problemas que se passavam, etc. Adriano, também passou a participar do culto dos Mistérios de Elêusis, culto voltado a deusa da agricultura Deméter.
Por mais, que a visita do imperador fosse algo de bom e de grande prestígio para a cidade que o recebia, suas viagens eram caras, para os recursos locais. Mas, se pensarmos bem, a possibilidade dos súditos de ver em pessoa a figura do imperador, pelo menos uma vez na vida, já era algo que valeria apena, ainda mais se o imperador fosse adorado, como no caso de Adriano.
Entre 128 e 129, Adriano voltou a visitar a Grécia, e estabeleceu o Panhellenion (Conselho das cidades gregas), o qual incluía também Esparta (rival de longa data dos atenienses) e as cidades gregas do Egito, como Alexandria. As reuniões onde se debatiam questões, sobre política, economia, guerra, obras públicas, filosofia, etc., aconteciam no Templo de Zeus.
Diferente de Trajano, Adriano tinha outras ideias para o futuro do império, e entre elas, não estava a ideia de se conquistar mais terras, mas em consolidar-se os domínios já existentes. E como primeira medida tomada, Adriano ordenou que as legiões romanas localizadas nas províncias da Armênia, Assíria e Mesopotâmia, abandonassem tais terras. Tal fato deu-se principalmente para evitar-se novos conflitos com o Império Parto, inimigo de longa data dos romanos. Se Adriano persistisse em manter as províncias, não tardaria para que mais uma guerra contra os partos eclodisse, aumentando os gastos com as campanhas militares, e o número de mortos. Assim, Adriano, por cautela preferiu largar esta iminente zona de perigo, e concentra-se em defender algumas regiões conturbadas do império, como a Dácia, a Arábia, a Judeia, as Germânias e a Bretanha.
Domínios do império romano durante o reinado de Adriano (117-138). |
Um imperador viajante
Adriano fora o único imperador romano a visitar cada uma das províncias do império, que em sua época eram 44. Ele passava mais tempo viajando do que em Roma, como alguns imperadores faziam. Entre os anos de 121 e 122, ele viajou com sua comitiva pelas Gálias (atualmente França, Bélgica e Holanda), até as Germânias (atualmente Alemanha), onde supervisionou a construção de uma muralha de madeira para manter os germanos longe das terras romanas. De lá, ele partiu para a Bretanha (hoje Inglaterra e País de Gales) onde ordenou a construção de uma grande muralha de pedra na fronteira norte da província perto da atual Escócia, para manter os pictos e escotos, ambos chamados de caledônios pelos romanos, considerados como bárbaros, longe. Posteriormente o imperador Antonino Pio, ordenaria a construção de outra muralha para conter a ameaça dos caledônios.
Mapa com a localização das muralhas de Adriano e Antonino, na Bretanha. |
"Até hoje, como observa o historiador Christopher Kelly, as evidências físicas do reinado de Adriano oferecem caminho certeiro para compreender a sutileza de seus métodos e suas motivações. Ao analisar as evidências materiais, até mesmo o gesto aparentemente grosseiro de construir a muralha que leva seu nome, ao norte da Britânia, revela-se um gesto extremamente pragmático". (BUTTERWORTH, 2009, p. 29).
Da Bretanha, o imperador continuou seguindo viagem, e no ano de 123 em visita a província da Mauritânia na África, supervisionou e comandou a supressão de uma revolta. De lá, ele seguiu para as fronteiras orientais do império, a fim de promover um acordo com os partos, para evitar-se uma nova guerra. Adriano, conseguiu firmar acordo com o rei dos partos, Osroes I (governou de 109-129). Continuou com suas viagens pelas províncias orientais, até chegar as províncias na Ásia Menor (hoje Território da Turquia). Na província de Bitínia, participou de jogos comemorativos em sua homenagem (algo comum da tradição helênica, herdada por estes povos), e fora também na Bitínia que conhecera o seu futuro amante, Antínoo.
Na Anatólia, fundou a cidade de Adrianópolis (Hadrianutherae) atualmente a cidade de Edirne, na Turquia. De lá, no ano seguinte, entre 124 e 125, Adriano residiu nas províncias que compreendiam a Grécia, as províncias de Épiro e Aquéia. Adriano ordenou a construção de obras públicas, dentre estas um complexo forense e uma biblioteca, a qual seria batizada com seu nome. Não obstante, o imperador como um grande admirador da cultura grega, passou algum tempo estudando filosofia, poesia, politica, com os homens ilustres de Atenas. Supervisionou obras pela cidade e em outras cidades, ponderou acerca de alguns problemas que se passavam, etc. Adriano, também passou a participar do culto dos Mistérios de Elêusis, culto voltado a deusa da agricultura Deméter.
Por mais, que a visita do imperador fosse algo de bom e de grande prestígio para a cidade que o recebia, suas viagens eram caras, para os recursos locais. Mas, se pensarmos bem, a possibilidade dos súditos de ver em pessoa a figura do imperador, pelo menos uma vez na vida, já era algo que valeria apena, ainda mais se o imperador fosse adorado, como no caso de Adriano.
Entre 128 e 129, Adriano voltou a visitar a Grécia, e estabeleceu o Panhellenion (Conselho das cidades gregas), o qual incluía também Esparta (rival de longa data dos atenienses) e as cidades gregas do Egito, como Alexandria. As reuniões onde se debatiam questões, sobre política, economia, guerra, obras públicas, filosofia, etc., aconteciam no Templo de Zeus.
Ruínas do Templo de Zeus Olímpico, Atenas. Na época do reinado de Adriano, o templo era sede das reuniões do Panhellenion (Conselho das Cidades Gregas). |
Entre os anos de 132 a 135, Adriano realizou mais uma de suas séries de viagens, porém esta nova jornada seria conturbada por problemas, dentre estes, revoltas que eclodiram na Judeia, motivadas por um édito do imperador que proibia a circuncisão. O imperador considerava o ritual de circuncisão como uma flagelação, então ordenou que ele fosse proibido, e isso incitou a revolta dos judeus, os quais se viram privados de um dos seus mais antigos costumes.
Mas, Adriano não tolerou isso por menos. Convocou mais algumas de suas legiões, e ordenou que seu melhor general, o qual se encontrava na Bretanha, fosse até a Judeia. O conflito fora sufocado, de forma sangrenta. Milhares de judeus foram mortos, a cidade de Jerusalém fora parcialmente destruída, e a província da Judeia fora rebatizada com o nome de Síria Palestina. Das revoltas ocorridas durante o governo de Adriano, a revolta proferida pelos judeus fora a mais grave de todas e a mais sangrenta.
A figura do imperador
Outra característica marcante da pessoa de Adriano era a representação de sua imagem. O imperador Adriano, fora o primeiro imperador romano a adotar oficialmente o uso da barba não apenas em sua aparência costumeira, mas em suas representações (moedas, pinturas, estátuas, etc). Até então, era comum os imperadores, generais, senadores, etc., fazer a barba, porém, Adriano com sua forte ligação a cultura grega, deixou a barba crescer, como forma de fazer referência aos gregos, já que os filósofos, políticos, artistas, generais, etc., usavam barba, a qual era um costume dos gregos, e predizia um sinal de respeito e autoridade.
Quanto as suas estátuas, ora ele aparecia se vestindo como um romano típico, ora ele era apresentado usando a toga clássica dos gregos; ora era representado vestindo armadura e portando armas, conotando uma imagem de guerreiro e de poder. Devo ressalvar, que Adriano, nunca fora tido como um imperador pacifista, ele só não realizou mais conquistas, assim como fizera Trajano, mas se valeu do uso da força para impor ordem quando necessário, nem que isso resultasse num saldo de milhares de mortes.
Não obstante, Adriano, tinha o sonho de igualar-se a glória do primeiro imperador, César Augusto. Seus dois grandes sonhos, era viver tanto quanto Augusto e ter tanta glória quanto este. Fato este que o levou em uma de suas visitas a Grécia a se intitular um homem divino. Ordenou que fossem cunhadas moedas com sua efígie, com os seguintes dizeres "Hadrianus Augustus", (Adriano Divino). O termo augusto, também era uma associação ao primeiro imperador, César Augusto, considerado não apenas o fundador do império, mas o maior de todos os imperadores.
Não obstante, quando Adriano visitou a cidade de Éfeso (hoje na Turquia), ordenou que fosse cunhada uma outra moeda com os dizeres "Hadrianus Olympius" (Adriano Olimpo), uma associação ao próprio rei dos deuses gregos, Zeus. Além destas duas moedas, ele também ordenou que fossem cunhadas outras moedas comemorativas, em visitas ao Egito, a Mauritânia, Hispânia, Gália, etc. Cunhar moedas comemorativas, era algo que se tornara comum entre alguns imperadores romanos e líderes de outras nações.
O Panteão e a Vila Adriana
Dentre as obras que Adriano ordenou que fossem realizadas, duas simbolizavam de forma justa, suas ideias para o império. A primeira fora o templo do Panteão (Pantheon) e a segunda, o seu "retiro no campo", a Vila Adriana (Villa Hadriana). Nas linhas a seguir mostrarei de forma breve, mais suficiente, para saber-se porque tais obras representavam as ideias de Adriano.
Originalmente o Panteão Romano, fora construído ainda durante o período republicano (503 a.C - 27 a.C), pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa (63 a.C - 12 a.C), fato este, que sobre a entrada do prédio consta inscrito seu nome, referindo-se a este como seu construtor. O templo fora concebido como uma homenagem para todos os deuses romanos. No ano de 80 d.C, o Panteão fora atingido por um grande incêndio e grande parte da estrutura desabou. Algumas reformas foram realizadas, mas fora Adriano que ordenou sua total reconstrução.
O templo constitui de duas principais seções, a primeira, a qual é o pórtico, é retangular, dando acesso ao átrio, o qual é circular. No interior, existe vários nichos, colunas, algumas estátuas de deuses e imperadores. Mas, o que torna o templo único é sua cúpula. A cúpula do Panteão, possui cerca de 43,5 metros de diâmetro possuindo uma abertura circular (oculus zenital) com 9 metros de diâmetro no topo da cúpula, permitindo a entrada da luz do sol, criando um cenário divino em seu interior.
Outra característica marcante da pessoa de Adriano era a representação de sua imagem. O imperador Adriano, fora o primeiro imperador romano a adotar oficialmente o uso da barba não apenas em sua aparência costumeira, mas em suas representações (moedas, pinturas, estátuas, etc). Até então, era comum os imperadores, generais, senadores, etc., fazer a barba, porém, Adriano com sua forte ligação a cultura grega, deixou a barba crescer, como forma de fazer referência aos gregos, já que os filósofos, políticos, artistas, generais, etc., usavam barba, a qual era um costume dos gregos, e predizia um sinal de respeito e autoridade.
Quanto as suas estátuas, ora ele aparecia se vestindo como um romano típico, ora ele era apresentado usando a toga clássica dos gregos; ora era representado vestindo armadura e portando armas, conotando uma imagem de guerreiro e de poder. Devo ressalvar, que Adriano, nunca fora tido como um imperador pacifista, ele só não realizou mais conquistas, assim como fizera Trajano, mas se valeu do uso da força para impor ordem quando necessário, nem que isso resultasse num saldo de milhares de mortes.
Não obstante, Adriano, tinha o sonho de igualar-se a glória do primeiro imperador, César Augusto. Seus dois grandes sonhos, era viver tanto quanto Augusto e ter tanta glória quanto este. Fato este que o levou em uma de suas visitas a Grécia a se intitular um homem divino. Ordenou que fossem cunhadas moedas com sua efígie, com os seguintes dizeres "Hadrianus Augustus", (Adriano Divino). O termo augusto, também era uma associação ao primeiro imperador, César Augusto, considerado não apenas o fundador do império, mas o maior de todos os imperadores.
Moeda com a efígie do imperador Adriano. A moeda traz os seguintes dizeres em latim "Hadrianus Augustus". |
O Panteão e a Vila Adriana
Dentre as obras que Adriano ordenou que fossem realizadas, duas simbolizavam de forma justa, suas ideias para o império. A primeira fora o templo do Panteão (Pantheon) e a segunda, o seu "retiro no campo", a Vila Adriana (Villa Hadriana). Nas linhas a seguir mostrarei de forma breve, mais suficiente, para saber-se porque tais obras representavam as ideias de Adriano.
Originalmente o Panteão Romano, fora construído ainda durante o período republicano (503 a.C - 27 a.C), pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa (63 a.C - 12 a.C), fato este, que sobre a entrada do prédio consta inscrito seu nome, referindo-se a este como seu construtor. O templo fora concebido como uma homenagem para todos os deuses romanos. No ano de 80 d.C, o Panteão fora atingido por um grande incêndio e grande parte da estrutura desabou. Algumas reformas foram realizadas, mas fora Adriano que ordenou sua total reconstrução.
O Panteão Romano, Roma. Um dos grandes símbolos da engenharia romana. |
A abertura no teto, permite passar a ideia de quem estivesse no centro do salão, a sensação de estar sendo iluminado diretamente pelos deuses, de que os deuses estivessem falando com você. Basicamente toda a estrutura do templo fora feita com pedras e concreto (o concreto fora desenvolvido pelos romanos). Porém o que tornou o templo único em seu tempo, foram duas questões: a primeira sua enorme cúpula, a qual por longos séculos, permaneceu como sendo a maior cúpula do mundo; e a segunda diz respeito a abertura circular, que dar ao prédio uma característica única.
Adriano, queria promover através da reconstrução do templo, uma apologia aos deuses e aos grandes imperadores, e apresentar ao mundo, a grandiosidade e a engenhosidade da arquitetura romana. Tal vez, apenas superada pelo Coliseu, inaugurado algumas décadas antes.
A segunda grande obra de Adriano, sua vila, esboçou a concepção pluricultural que Adriano havia concebido para o império. Construída nas redondezas da cidade de Tívoli, há alguns quilômetros de Roma, a vila representava o retiro de paz do imperador, longe do tumulto da capital, ao mesmo tempo simbolizava, tudo que o imperador admirava de melhor nas culturas que ele conheceu ao longo da sua viagem. A Vila Adriana, era uma espécie de "museu", onde Adriano colocava tudo que lhe chama-se o interesse ou que fascinasse-o.
A propriedade compreendia cerca de 40 hectares, composta por prédios administrativos e por prédios de lazer, totalizando 47 construções, dentre as quais se destacavam: o teatro grego, o ginásio, o salão dos filósofos, a biblioteca, com seus terraços e pavilhões; a hospitalia, o teatro marítimo, o palácio imperial, os jardins do palácio, as termas, a academia e o canopo. Além de uma série de jardins, pavilhões, corredores, terraços, campos, etc.
Todavia, cada canto da vila encarnava uma região do império. Os teatros, o ginásio e a academia, eram representações diretas da Grécia. O canopo, consiste num pequeno lago, cercado por estátuas e colunas, porém o lago era uma representação do rio Nilo no Egito, o qual encantou profundamente Adriano. O nome canopo, é uma homenagem a cidade egípcia de Canopo, a qual fica as marges do Nilo.
Não obstante, além da bela arquitetura, a vila era adornada com jardins, com várias estátuas, azulejos, cerâmicas, mosaicos, vasos, etc., materiais estes trazidos de vários cantos do império, e de forma que simboliza-se as diferentes artes que havia no império. A vila idealizada por Adriano e construída ao longo de seu governo, tornou-se posteriormente na época do Renascimento um campo de estudo vivo para os artistas, os quais poderiam se transferir para aquela época, já que as outras cidades da Itália, haviam se transformado muito nos últimos séculos, e a vila havia se preservado desde então. Hoje, ela faz parte do Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Uma outra importante obra construída por Adriano fora o grande Templo de Vênus e Roma, construído na área do Fórum, tendo sido as obras iniciadas em 121 e concluídas em 141. O templo erguido a personificação da Venus Felix (Amor Feliz) e a Roma Aeterna, consistia no maior templo em homenagem a deusa Vênus (Afrodite para os gregos) e uma homenagem a própria cidade de Roma, dita "a cidade eterna". As ruínas do templo ainda são visíveis hoje no centro da cidade.
Casamento e homossexualidade
Outro fato que tomou a vida do imperador Adriano, fora o seu romance com o jovem Antínoo. Primeiramente, o interesse não vem apenas pelo fato de ter sido uma relação homo-afetiva, entre um imperador e um plebeu, já que o homossexualismo entre os romanos e os gregos era permitido sob certas circunstâncias, mas o que tornou interessante a relação dos dois, fora o louvor feito por Adriano, após a morte de Antínoo, e a pressão da corte, do senado e do conselho, para que o imperador termina-se o romance.
Adriano era casado. Ele se casou no ano 100 com Víbia Sabina (87-137), sobrinha-neta do imperador Trajano. Desde a infância, Víbia conheceu e conviveu com Adriano, já que os dois passaram a morar na mesma casa, durante a infância. Contudo, em alguns dos relatos de Adriano, ele não gostava de Víbia, a considerava uma menina mimada e chata. Porém a irmã de Trajano, Ulpia Marciana, pressionou o irmão e a família de Adriano, para que arranja-se o casamento dos dois, e a contragosto de Trajano este concordou em prometer a mão da sobrinha em casamento a Adriano. O casamento dos dois fora mais por formalidade. Vibia passou grande parte do casamento vivendo em Roma ou na Vila Adriana, em algumas ocasiões ela acompanhou o marido em algumas de suas viagens. Porém enquanto estava na capital cuidava de algumas questões politicas e administrativas na ausência do marido.
Adriano não chegou a ter filhos com Víbia, até certo ponto isso não fora um grande problema, já que os últimos imperadores, também não haviam deixado filhos, mas adotaram parente ou nomearam amigos para a sucessão ao trono. Não obstante, alguns dos imperadores romanos, só tiveram filhos tardiamente, e outros foram mortos, e seus filhos não chegaram a sucede-los. Porém, a medida que Vibia ia envelhecendo, logo ela não poderia ter mais filhos, e o Senado, pressionava Adriano para nomear um sucessor, já que o mesmo não aparentava querer ter filhos.
Mas, a situação mudou em algumas circunstâncias no ano de 124 ou 125, quando Adriano em visita a província da Bitínia conheceu o jovem e belo Antínoo (110/112 - 130). Adriano, na época tinha quase 50 anos, e Antínoo, seus 15 ou 17 anos. De imediato isso pode soar como uma grande estranheza e até perversão, mas naquela época, e até mesmo antes, era comum entre os gregos e romanos, e até outros povos, a prática da pederastia. A pederastia, consistia basicamente numa relação homossexual entre homens mais velhos com homens jovens (adolescentes), porém, a pederastia só era permitida e aceita, enquanto o adolescente, ainda fosse menor de idade. No momento que ele completasse, 20 ou 21 anos, ou já apresentasse barba, ele era considerado adulto, e a pederastia era condenada pela sociedade. No caso das mulheres, também houve a pederastia, mas esta fora menos difundida do que a masculina, pelo fato das mulheres ficarem retidas em suas casas, quando havia estes casos, elas se relacionavam com as escravas.
Sendo assim, para a sociedade da época, não era algo totalmente fora do normal ou totalmente incomum, Adriano manter Antínoo como amante. Mas, isso não significava que todo mundo fosse a favor dessa relação.
"Havia um episódio, mais do que qualquer outro, que ele gostava que todo mundo conhecesse: aquele em que, sozinho, ele salvou o seu amante, o jovem grego Antínoo, de um leão. O fato ocorreu no deserto líbio, poucas semanas antes da visita do imperador ao Egito, em 130 d.C." (BUTTERWORTH, 2009, p. 30).
Antínoo pode ter sobrevivido ao ataque do leão, mas em sua viagem no Egito, sua morte chegaria. No ano de 130, Adriano, Antínoo e a comitiva do imperador, navegavam pelas águas do Nilo, e de alguma forma ainda misteriosa, Antínoo caiu no rio e afogou-se. Isso abalou profundamente o imperador. O jovem rapaz pode ter morrido, mas sua memória seria imortalizada.
Próximo ao local onde Antínoo morreu, Adriano ordenou que fosse fundada uma cidade em sua honra, ele a batizou de Antínoópolis. Posteriormente, Adriano, ordenou que se ergue-se na Vila Adriana um templo em memória ao rapaz, lá foram postas estátuas suas, inclusive uma, onde Antínoo, aparece retratado como o deus egípcio Osíris.
"Mas, não seria cinismo demasiado sugerir que o trágico fim de Antínoo também tenha dado a Adriano exatamente a peça que faltava para completar seu programa sutil de propaganda ao novo Império: um ícone cuja encantadora face andrógina e o belo corpo atlético serviam como símbolo da fusão entre romano e e grego, que deu origem a um culto que rivalizava com o cristianismo em sua estrutura e, durante um certo período, também com sua pluralidade". (BUTTERWORTH, 2009, p. 30).
Morte e herança
Os dois grandes sonhos de Adriano, era viver tanto quanto César Augusto, ter tanta glória como este, e conseguir viver até o nono centenário da fundação de Roma.
Adriano morreu no dia 10 de junho de 138 d.C, aos 62 anos - um a menos do que a idade de Augusto e uma década antes do nonagésimo aniversário de Roma. Sua esposa, Víbia Sabina, havia falecido de causas misteriosas cerca de um ano antes. Cogitava-se que Marco Aurélio, na época com 17 anos fosse seu sucessor, mas Adriano não queria cometer o mesmo erro de nomear um adolescente para sucessão, assim como aconteceu com alguns imperadores. No lugar de Marco Aurélio, ele escolheu como seu sucessor, Antonino, o qual passaria a ser conhecido na história como Antonino Pio (86-168). Antonino, daria continuidade a parte das ideias de seu pai adotivo, levando em frente alguns dos projetos inacabados dele. Antonino também usou barba e seguiu algumas filosofias de seu antecessor.
Adriano, queria promover através da reconstrução do templo, uma apologia aos deuses e aos grandes imperadores, e apresentar ao mundo, a grandiosidade e a engenhosidade da arquitetura romana. Tal vez, apenas superada pelo Coliseu, inaugurado algumas décadas antes.
A segunda grande obra de Adriano, sua vila, esboçou a concepção pluricultural que Adriano havia concebido para o império. Construída nas redondezas da cidade de Tívoli, há alguns quilômetros de Roma, a vila representava o retiro de paz do imperador, longe do tumulto da capital, ao mesmo tempo simbolizava, tudo que o imperador admirava de melhor nas culturas que ele conheceu ao longo da sua viagem. A Vila Adriana, era uma espécie de "museu", onde Adriano colocava tudo que lhe chama-se o interesse ou que fascinasse-o.
Maquete da Vila Adriana. Tivoli, Itália. |
Todavia, cada canto da vila encarnava uma região do império. Os teatros, o ginásio e a academia, eram representações diretas da Grécia. O canopo, consiste num pequeno lago, cercado por estátuas e colunas, porém o lago era uma representação do rio Nilo no Egito, o qual encantou profundamente Adriano. O nome canopo, é uma homenagem a cidade egípcia de Canopo, a qual fica as marges do Nilo.
Não obstante, além da bela arquitetura, a vila era adornada com jardins, com várias estátuas, azulejos, cerâmicas, mosaicos, vasos, etc., materiais estes trazidos de vários cantos do império, e de forma que simboliza-se as diferentes artes que havia no império. A vila idealizada por Adriano e construída ao longo de seu governo, tornou-se posteriormente na época do Renascimento um campo de estudo vivo para os artistas, os quais poderiam se transferir para aquela época, já que as outras cidades da Itália, haviam se transformado muito nos últimos séculos, e a vila havia se preservado desde então. Hoje, ela faz parte do Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Uma outra importante obra construída por Adriano fora o grande Templo de Vênus e Roma, construído na área do Fórum, tendo sido as obras iniciadas em 121 e concluídas em 141. O templo erguido a personificação da Venus Felix (Amor Feliz) e a Roma Aeterna, consistia no maior templo em homenagem a deusa Vênus (Afrodite para os gregos) e uma homenagem a própria cidade de Roma, dita "a cidade eterna". As ruínas do templo ainda são visíveis hoje no centro da cidade.
Ruínas do Templo de Vênus e Roma, construído entre 121 e 141 pelo imperador Adriano. Hoje consiste na Igreja de Santa Francisca Romana. |
Outro fato que tomou a vida do imperador Adriano, fora o seu romance com o jovem Antínoo. Primeiramente, o interesse não vem apenas pelo fato de ter sido uma relação homo-afetiva, entre um imperador e um plebeu, já que o homossexualismo entre os romanos e os gregos era permitido sob certas circunstâncias, mas o que tornou interessante a relação dos dois, fora o louvor feito por Adriano, após a morte de Antínoo, e a pressão da corte, do senado e do conselho, para que o imperador termina-se o romance.
imperatriz Vibia Sabina |
Adriano não chegou a ter filhos com Víbia, até certo ponto isso não fora um grande problema, já que os últimos imperadores, também não haviam deixado filhos, mas adotaram parente ou nomearam amigos para a sucessão ao trono. Não obstante, alguns dos imperadores romanos, só tiveram filhos tardiamente, e outros foram mortos, e seus filhos não chegaram a sucede-los. Porém, a medida que Vibia ia envelhecendo, logo ela não poderia ter mais filhos, e o Senado, pressionava Adriano para nomear um sucessor, já que o mesmo não aparentava querer ter filhos.
Antínoo |
Sendo assim, para a sociedade da época, não era algo totalmente fora do normal ou totalmente incomum, Adriano manter Antínoo como amante. Mas, isso não significava que todo mundo fosse a favor dessa relação.
"Havia um episódio, mais do que qualquer outro, que ele gostava que todo mundo conhecesse: aquele em que, sozinho, ele salvou o seu amante, o jovem grego Antínoo, de um leão. O fato ocorreu no deserto líbio, poucas semanas antes da visita do imperador ao Egito, em 130 d.C." (BUTTERWORTH, 2009, p. 30).
Antínoo pode ter sobrevivido ao ataque do leão, mas em sua viagem no Egito, sua morte chegaria. No ano de 130, Adriano, Antínoo e a comitiva do imperador, navegavam pelas águas do Nilo, e de alguma forma ainda misteriosa, Antínoo caiu no rio e afogou-se. Isso abalou profundamente o imperador. O jovem rapaz pode ter morrido, mas sua memória seria imortalizada.
Próximo ao local onde Antínoo morreu, Adriano ordenou que fosse fundada uma cidade em sua honra, ele a batizou de Antínoópolis. Posteriormente, Adriano, ordenou que se ergue-se na Vila Adriana um templo em memória ao rapaz, lá foram postas estátuas suas, inclusive uma, onde Antínoo, aparece retratado como o deus egípcio Osíris.
"Mas, não seria cinismo demasiado sugerir que o trágico fim de Antínoo também tenha dado a Adriano exatamente a peça que faltava para completar seu programa sutil de propaganda ao novo Império: um ícone cuja encantadora face andrógina e o belo corpo atlético serviam como símbolo da fusão entre romano e e grego, que deu origem a um culto que rivalizava com o cristianismo em sua estrutura e, durante um certo período, também com sua pluralidade". (BUTTERWORTH, 2009, p. 30).
Morte e herança
Os dois grandes sonhos de Adriano, era viver tanto quanto César Augusto, ter tanta glória como este, e conseguir viver até o nono centenário da fundação de Roma.
Adriano morreu no dia 10 de junho de 138 d.C, aos 62 anos - um a menos do que a idade de Augusto e uma década antes do nonagésimo aniversário de Roma. Sua esposa, Víbia Sabina, havia falecido de causas misteriosas cerca de um ano antes. Cogitava-se que Marco Aurélio, na época com 17 anos fosse seu sucessor, mas Adriano não queria cometer o mesmo erro de nomear um adolescente para sucessão, assim como aconteceu com alguns imperadores. No lugar de Marco Aurélio, ele escolheu como seu sucessor, Antonino, o qual passaria a ser conhecido na história como Antonino Pio (86-168). Antonino, daria continuidade a parte das ideias de seu pai adotivo, levando em frente alguns dos projetos inacabados dele. Antonino também usou barba e seguiu algumas filosofias de seu antecessor.
Mausoléu de Adriano, também conhecido como Castelo de Santo Ângelo, Roma. |
Adriano foi sepultado em seu mausoléu, o qual tivera a construção concluída pelo imperador Antonino Pio. O mausoléu se encontra a margem do rio Tibre em Roma, e hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade.
"Todavia, Thorsten Opper não tem dúvidas a respeito da dimensão das conquistas do imperador: "sem exagerar, é possível dizer que suas politicas inclinadas para o mundos dos gregos estabeleceram as fundações para o que veio a ser o Império Bizantino, ou seja, garantiram a continuação do Império por mais um milênio". Assim, é mais do que justo que Adriano finalmente passe a integrar o hall dos líderes mundiais que marcaram época. Afinal de contas, como Christopher Kelly conclui: "nós, no inicio do século 21, precisamos prestar atenção especial a Adriano, pois ele percebeu, de forma dramática e extensa, que a cultura é tão parte do império como a conquista"". (BUTTERWORTH, 2009, p. 33).
NOTA: Adriano é lembrado na história romana como tendo sido o terceiro dos "cinco bons imperadores". Esses cinco, foram: Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio e Marco Aurélio.
NOTA 2: Após a morte de Marco Aurélio em 168, o império romano entraria numa fase de decadência que duraria pouco mais de um século. Vindo a ser restaurado a partir do final do século III, com o governo de Diocleciano.
NOTA 3: Antonino Pio, tentou deificar Adriano, assim como havia ocorrido com Rômulo, Júlio César e César Augusto. Porém, a tentativa foi falha.
NOTA 4: Atualmente o Panteão é uma igreja católica. No ano de 609, o papa Bonifácio IV, converteu o templo pagão para o cristianismo, o batizando de Igreja de Santa Maria de Todos os Santos.
NOTA 5: O Mausoléu de Adriano ganhou o nome de Castelo de Santo Ângelo devido a uma visão que o papa Gregório, o Grande tivera no ano de 590. O papa diz ter avistado sobre o mausoléu o arcanjo São Miguel.
NOTA 6: O deus egípcio Osíris, era um dos deuses mais reverenciados no Antigo Egito. Inicialmente fora cultuado como uma divindade ligado a natureza e a realeza, depois, passou a presidir o tribunal no Mundo dos Mortos, com Juiz Supremo.
NOTA 7: A escritora francesa Marguerite Yourcenar, escreveu um romance baseado na vida de Adriano, intitulado Memórias de Adriano (Mémoires d'Hadrien).
"Todavia, Thorsten Opper não tem dúvidas a respeito da dimensão das conquistas do imperador: "sem exagerar, é possível dizer que suas politicas inclinadas para o mundos dos gregos estabeleceram as fundações para o que veio a ser o Império Bizantino, ou seja, garantiram a continuação do Império por mais um milênio". Assim, é mais do que justo que Adriano finalmente passe a integrar o hall dos líderes mundiais que marcaram época. Afinal de contas, como Christopher Kelly conclui: "nós, no inicio do século 21, precisamos prestar atenção especial a Adriano, pois ele percebeu, de forma dramática e extensa, que a cultura é tão parte do império como a conquista"". (BUTTERWORTH, 2009, p. 33).
NOTA: Adriano é lembrado na história romana como tendo sido o terceiro dos "cinco bons imperadores". Esses cinco, foram: Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio e Marco Aurélio.
NOTA 2: Após a morte de Marco Aurélio em 168, o império romano entraria numa fase de decadência que duraria pouco mais de um século. Vindo a ser restaurado a partir do final do século III, com o governo de Diocleciano.
NOTA 3: Antonino Pio, tentou deificar Adriano, assim como havia ocorrido com Rômulo, Júlio César e César Augusto. Porém, a tentativa foi falha.
NOTA 4: Atualmente o Panteão é uma igreja católica. No ano de 609, o papa Bonifácio IV, converteu o templo pagão para o cristianismo, o batizando de Igreja de Santa Maria de Todos os Santos.
NOTA 5: O Mausoléu de Adriano ganhou o nome de Castelo de Santo Ângelo devido a uma visão que o papa Gregório, o Grande tivera no ano de 590. O papa diz ter avistado sobre o mausoléu o arcanjo São Miguel.
NOTA 6: O deus egípcio Osíris, era um dos deuses mais reverenciados no Antigo Egito. Inicialmente fora cultuado como uma divindade ligado a natureza e a realeza, depois, passou a presidir o tribunal no Mundo dos Mortos, com Juiz Supremo.
NOTA 7: A escritora francesa Marguerite Yourcenar, escreveu um romance baseado na vida de Adriano, intitulado Memórias de Adriano (Mémoires d'Hadrien).
NOTA 8: No mangá Thermae Romae (2008-2013), o imperador Adriano aparece algumas vezes. A franquia ganhou dois animes e dois filmes, em que o monarca também aparece.
Referências Bibliográficas:
BUTTERWORTH, Alex. Adriano, o injustiçado. Tradução de Ana Ban. Revista História BBC, v. 3, pp. 26-33, 2009.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, v. 1, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, v. 23, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
Referências Bibliográficas:
BUTTERWORTH, Alex. Adriano, o injustiçado. Tradução de Ana Ban. Revista História BBC, v. 3, pp. 26-33, 2009.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, v. 1, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, v. 23, São Paulo, Nova Cultural, 1998.