sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O rei das serpentes: o basilisco

O basilisco é um animal fantástico citado por estudiosos e escritores desde a Antiguidade, e até mencionado em algumas traduções da Bíblia. Chamado por alguns de regulus (pequeno rei), o basilisco teve sua lenda alterada ao longo dos séculos, sendo retratado como uma serpente, um dragão-galo, um lagarto de muitas patas, entre outras formas. O presente texto procurou contar um pouco sobre esse animal fabuloso que teria um veneno mortal e um olhar que poderia transformar em pedra como a Medusa fazia de acordo com os mitos gregos. 

O basilisco como serpente

Não se sabe quando a lenda do basilisco surgiu, todavia, ela é bastante antiga, sendo conhecida na Roma Antiga e na Grécia Antiga. Naquele tempo esse animal era considerado como uma espécie de cobra, sendo uma das mais perigosas conhecidas. 

O erudito romano Plínio, o Velho (23-79) em seu volumoso estudo sobre a natureza, intitulado História Natural, escreveu sobre o basilisco no livro VIII, capítulo 33. Ele inicia o capítulo dizendo que o basilisco conteria o mesmo olhar mortífero encontrado no catopeblas, uma espécie de búfalo ou antílope horripilante, que matava apenas em olhar a vítima. Segundo Plínio, a criatura viveria na África. Contudo, informando essa comparação com o catopeblas, ele escreveu o seguinte sobre o basilisco:

"Há o mesmo poder também na serpente chamada basilisco. É produzida na província de Cirene, tendo não mais do que doze dedos de comprimento. Possui uma mancha branca na cabeça, lembrando fortemente uma espécie de diadema. Quando sibila, todas as outras serpentes fogem dela: e ela não avança seu corpo, como as outras, por uma sucessão de dobras, mas se move ao longo da vertical e ereto no meio. Ele destrói todos os arbustos, não apenas por seu contato, mas até mesmo aqueles sobre os quais soprou; queima toda a grama também e quebra as pedras, tão tremenda é sua influência nociva. Antigamente, era uma crença geral que se um homem a cavalo matasse um desses animais com uma lança, o veneno iria subir na arma e matar, não apenas o cavaleiro, mas também o cavalo. Para esse monstro terrível, o eflúvio da doninha é fatal, algo que foi tentado com sucesso, pois os reis muitas vezes desejaram ver seu corpo quando morto; tão verdade é que agradou à natureza que nada houvesse sem seu antídoto. O animal é jogado no buraco do basilisco, que é facilmente conhecido pelo solo ao seu redor estar infectado. A doninha destrói o basilisco com seu odor, mas morre nessa luta da natureza contra si mesma". (PLÍNIO, liv. VIII, cap. 33, tradução minha). 

A descrição de Plínio nos fornece alguns dados interessantes: ele informa que o basilisco seria uma serpente, mas diferente do que normalmente vemos retratado nas mídias atualmente, em que esse animal é representado como uma colossal serpente, Plínio escreveu que se tratava de uma cobra pequena que possuiria uma marca branca na cabeça, que lembraria um diadema. Ele também comenta que o basilisco viveria em Cirene, uma antiga colônia grega situada na Líbia, no continente africano. 

Não obstante, Plínio relatou que o basilisco se locomovia de forma peculiar, tendo metade do corpo sempre ereta. Além disso, sua presença nociva fazia a terra ficar ruim e as plantas morrerem. Apesar de ser uma cobra perigosa que mataria com um olhar - nota-se que ele não falou em olhar petrificante - no entanto, o basilisco era vulnerável a doninha, animal resistente ao mortífero olhar da criatura e que poderia abatê-la. Realmente doninhas caçam alguns tipos de cobra, e sendo o basilisco descrito por Plínio como uma pequena serpente, logo, por tal lógica, uma doninha conseguiria abatê-lo. 

A descrição de Plínio influenciou poetas, escritores e estudiosos romanos e gregos nos séculos seguintes, os quais escreveram sobre o basilisco tomando algumas informações dadas por Plínio, mas as vezes acrescentando novos dados sobre essa fantástica serpente. 

Ilustrações do basilisco para o livro Icones animalivm qvadrvpedvm viviparorvm et oviparorvm, 1560. 

O arcebispo Isidoro de Sevilha (c. 560-636) um dos doutores da Igreja, redigiu uma enciclopédia natural intitulada Etimologias. No capítulo dedicado a abordar as serpentes, Isidoro escreveu o seguinte sobre o basilisco:

“6. ‘Basilisco’ (basiliscus) é uma palavra grega traduzida para o latim como "pequeno rei" (regulus) [...], porque é o rei das cobras, fazendo que elas fujam quando o veem, porque ele os mata com seu odor - também mata um humano se olhar para um. Na verdade, nem um pássaro voando pode passar ileso pela face do basilisco, pois por mais distante que esteja, ele é queimado e devorado pela boca deste animal. 7. No entanto, o basilisco pode ser derrotado por doninhas. Por esta razão as pessoas pegam doninhas e as colocam em cavernas onde o basilisco está escondido; e enquanto o basilisco a observa, a doninha o persegue, o abate e o mata. Assim, o Criador da natureza estabelece nada sem remédio. Tem meio pé de comprimento e marcado com manchas brancas. 8. Basiliscos, como escorpiões, procuram por lugares secos, e quando vão para a água, passam a serem hidrofóbicos. 9. O sibilo (lit. "o sibilante) é o mesmo que o basilisco, e mata por meio de um assovio, antes de morder e queimar”. (ISIDORO, 2006, p. 255, tradução e adaptação minha). 

O relato de Isidoro, redigido no século VII, ainda conserva alguns aspectos vistos na descrição de Plínio, em se referir ao basilisco como uma pequena serpente, que exalaria um odor forte e mortífero; embora que neste caso, Isidoro não informou que esse mal cheiro seria prejudicial as plantas, mas seria mortal para outras cobras. No entanto, ele confirmou a condição de o basilisco possuir um olhar mortífero que mataria animais e pessoas, e novamente a doninha seria imune a isso. Entretanto, Isidoro trouxe três dados novos: basiliscos teriam um hálito quente, embora ele não diga que eles cuspiriam fogo, mas nota-se uma aproximação com os dragões; segundo, ele informou que tais serpentes eram hidrofóbicas, ou seja, temiam a água; terceiro, o sibilo era outro nome para o basilisco. 

O filósofo, teólogo e professor Alexander Neckam (1157-1217) em seu livro enciclopédico intitulado De Rerum Naturis, obra que reunia vários conhecimentos sobre história natural, o autor comenta sobre o basilisco. No caso, Neckam o redigiu em latim e de forma poética, sendo difícil compreender algumas de suas passagens. 

Na seção sobre as plantas, no capítulo LXV, Neckam escreveu que existia uma planta chamada "planta basilisco", a qual brotaria em locais onde tais criaturas viveriam, resistindo a seu mau odor e veneno. O autor pouco comenta a respeito, mas disse que essa planta poderia ser usada para manter o animal afastado. (NECKAM, 1863, p. 168). A menção a tal informação é um dado novo comparado aos outros autores aqui apresentados, e sendo raramente comentada em outras obras. 

“Basilisco é um mal singular na terra. A serpente possui quase um pé de comprimento; ela aflige o homem consagrado, outros animais, mas também a terra; contaminando-a e queimando-a. Finalmente ela queima a grama, mata as árvores, também destrói o próprio ar, de modo que não há outro alimento no ar, ela parte impunemente. Ao se mover, a parte do meio do corpo fica erguida. Quando ela assovia outras serpentes se apavoram, e quando elas a escutam, aceleram sua fuga o mais rápido que podem. Qualquer quem seja, ela mata com sua mordida, não se alimenta de animal selvagem, não é importunada por pássaros. Uma doninha adianta, conquistando o inimigo, fazendo o seu caminho para as cavernas em que ele se esconde [...]”. (NECKHAM, 1863, p. 198, tradução e adaptação minha).

Além dessas informações, Neckham (1863, p. 120) também relatou acerca da origem do basilisco. No capítulo LXXV, em que ela aborda sobre o galo, o autor redigiu que um galo velho colocava um ovo e se esse fosse chocado por um sapo, nasceria um basilisco. Tal ideia já existia anteriormente, embora nem todo estudioso a citasse, pois a considerava demasiadamente fabulosa, mesmo para a época. 

Séculos depois, outro doutor da Igreja, Alberto Magno (c. 1193-1280) em seu bestiário intitulado De Animalibus, no capítulo dedicado a abordar as várias espécies de serpentes, Alberto escreveu a respeito do basilisco. Por conta da descrição ser extensa, optei não em trazê-la integralmente. De qualquer forma, ele começou explicando o significado etimológico da palavra basilisco, dizendo que esse se devia pelo fato de aquela cobra possuir uma formação em sua cabeça que lembraria um tipo de coroa, por isso ser chamada de regulus (pequeno rei) em latim.

Em seguida, Alberto fornece uma descrição física do animal, novamente dizendo que seria uma pequena cobra que mediria dois palmos de comprimento, sua cabeça seria pontiaguda, ela teria olhos na cor vermelha, mas as vezes poderia ser nas cores preto ou cinza. O basilisco exalaria um fétido e mortífero odor que mataria plantas e animais. Para saber onde ficava a toca de um deles, bastava ver se a vegetação em torno não estava morta ou seca. No entanto, a doninha era o único bicho a resistir a isso. O basilisco mataria não apenas pelo seu odor característico, mas também por seu veneno, podendo inclusive cuspi-lo. Embora que Alberto fale também num "hálito venenoso" capaz de matar um homem mesmo a certa distância do animal. (ALBERTO MAGNO, 1987, p. 397). 

No entanto, um dado interessante é que Alberto Magno disse discordar de Plínio, o Velho dizendo que duvidava que o basilisco matasse alguém apenas com seu olhar mortal. Para ele isso seria um erro de interpretação, pois a causa da morte seria por conta do fedor da criatura e de seu veneno que era tão potente que mataria quase instantaneamente. (ALBERTO MAGNO, 1987, p. 397).

Adiante, o autor escreveu que os basiliscos seriam naturais da Núbia, na África. A doninha seria seu predador, pois era imune a seu fedor e veneno. Em lugares onde havia ninhos de basiliscos, os habitantes jogavam doninhas para se livrar deles. Neste ponto o autor comentou uma novidade, dizendo que alguns povos queimavam os corpos dos basiliscos e usavam suas cinzas para manter afastadas aranhas e outros bichos peçonhentos. E isso era usado em templos. (ALBERTO MAGNO, 1987, p. 398).

Já próximo de concluir seu comentário sobre o basilisco, Alberto Magno que era alquimista, diz que na alquimia as cinzas do animal teriam propriedades alquímicas significativas, embora ele não entre em detalhe. Não obstante, ele também disse ter ouvido que havia espécies de basiliscos alados, mas disse que nenhum estudioso sério que ele consultou falava disso. Além disso, Alberto Magno também recusou a hipótese de que basiliscos nasceriam de ovos colocados por galos, dizendo que isso era impossível. (ALBERTO MAGNO, 1987, p. 398).

Doninhas confrontando um basilisco. Gravura do bestiário MS. Douce 167, folio 8r, c. século XIV. 

O basilisco como um galo-dragão (cocatrice)

Embora atualmente a versão do basilisco como serpente gigante seja a mais comum nas representações artísticas, no entanto, durante a Baixa Idade Média e a Idade Moderna, sua versão como galo-dragão ou cocatrice foi a mais difundida iconograficamente. Fato esse que é muito mais fácil encontrar representações em estátuas, pinturas, desenhos, brasões, gravuras, etc. de cocatrices do que de basiliscos como serpentes.

As descrições de Isidoro de Sevilha (VIII) e Alberto Magno (XIII) influenciaram o relato do estudioso franciscano Bartolomeu da Inglaterra (c. 1200-1272), o qual redigiu uma enciclopédia natural intitulada De proprietatibus rerum. No livro XVIII ele abordou várias espécies animais e uma delas foi o basilisco. Basicamente seu relato é uma mistura das descrições de Isidoro e Alberto, no entanto, eu decidi citá-lo aqui, por conta da condição de que Bartolomeu disse que o basilisco também era conhecido pelo nomes de cocatrice ou cocatriz. Essa palavra era usada para se referir ao basilisco, principalmente em sua forma de galo-dragão ou galo-quimera.

Um cocatrice numa ilustração do bestiário lat. 6838B, folio 31r, Biblioteca Nacional da França, séc. XIV?

A palavra cocatrice vem do francês antigo cocatris, sendo usada para se referir a um monstro com corpo de galo e cauda de dragão ou de serpente. Não se sabe ao certo quando essa palavra surgiu, mas seu emprego para associá-la ao basilisco é algo referente a Baixa Idade Média, como visto no livro de Bartolomeu da Inglaterra, escrito no século XIII. Posteriormente outros autores passaram a usar cocatrice também como sinônimo de basilisco ou a se referir como um monstro próprio, embora que a cocatrix tivesse algumas características em comum com o basilisco, como o olhar mortífero, ser venenosa, exalar um odor mortífero, ser vulnerável a doninhas. 

Uma das possíveis interpretações para a bizarra aparência da cocatrix, advém da própria lenda do basilisco, especialmente das versões em que informavam que essa criatura nasceria do ovo de um galo chocado por um sapo. Por tal condição, nasceria um ser híbrido, metade galo e metade cobra, o que o tornava um tipo de quimera. 

Embora a cocatrice tenha asas, não se sabe se ela realmente podia voar, pois nem todo autor deixa isso claro. Além disso, o animal geralmente é descrito novamente como sendo pequeno, provavelmente do tamanho de um galo comum ou um pouco maior do que ele. Apesar que em representações visuais existam cocatrices de tamanhos variados. 

Um cocatrix sendo atacado por uma doninha com ramo de arruda. Desenho de Marcus Gheeraerts I, 1567. 

O basilisco como um lagarto

A terceira forma na qual o basilisco podia ser retratada e a menos usual de todas, em que ele era representado como um lagarto com quatro, seis ou oito patas, tendo uma corcunda, cabeça de galo e uma coroa. As vezes nas representações a coroa era literal, pois indicava seus suposto status de "rei das serpentes". A representação como um lagarto de várias patas parece ter surgido em algum período da Idade Moderna, sendo incerto o motivo para sua origem, pois não se sabe por qual motivo os estudiosos abandonaram a forma serpentiforme e a de galo. 

O basilisco. Melchior Lorck, 1548. 

O filósofo natural e notório Ulisse Aldrovandi (1522-1605), escreveu vários livros sobre a natureza, e um deles é dedicado as serpentes e dragões, cuja obra intitulada Serpentum et draconum historiae (1640), na qual ele abordava sobre o basilisco. Neste livro com linguajar confuso, Aldrovandi diz que o basilisco nasceria de um ovo colocado por um galo e chocado por um sapo, até aí, nenhuma novidade, ele apenas repetiu essa origem já citada séculos antes. Todavia, para o autor, o basilisco seria uma criatura mais parecida com um lagarto ou um dragão não alado, do que uma serpente ou galo. Fato esse que dentre as ilustrações feitas para sua obra, encontra-se um basilisco com oito patas. 

Aldrovandi também diz que o basilisco era uma espécie rara, oriunda da África, e que seria parecida com um pequeno dragão. Ele citou o caso de antiquaristas que alegavam possuírem fósseis ou exemplares empalhados desse animal. De fato, na época de Aldrovandi a falsificação de animais fantásticos ocorria, sendo principalmente motivada pela condição de que os europeus estavam explorando as Américas, África e Ásia, logo, viajantes, caçadores e antiquaristas alegavam possuírem exemplares de espécimes exóticas e raras. Em alguns casos tratavam-se de falsificações de unicórnios, dragões, grifos, entre outras criaturas. 

O basilisco como um lagarto com oito patas e cabeça de galo. Ilustração para o livro Serpentum et draconum historiae (1640) de Ulisse Aldrovandi. 

A ideia do basilisco como um lagarto inspirou o famoso médico, botânico e zoólogo sueco Carlos Lineu (1707-1778), o qual criou a taxinomia, a qual classifica os seres vivos em classes, famílias, espécies, etc. No caso, Lineu ao classificar uma espécie de pequeno lagarto nativo das Américas o nomeou de Basiliscus basiliscus

Fotografia de um lagarto basilisco comum, tirada na Costa Rica. Essa espécie teve seu nome dada em homenagem a lendária criatura. 

O basilisco citado na Bíblia?

A presença do basilisco nas páginas da Bíblia é real, porém, é fruto de alterações no texto. Apesar de na Bíblia mencionar outros monstros como dragões, gigantes, lâmia, leviatã, beemote, escorpiões com cara de leão, bestas com várias cabeças, etc., no entanto, as menções ao basilisco não são genuínas, pois os tradutores em alguns idiomas optaram em fazer essa substituição. No caso, substituíram palavras como víbora e áspide por basilisco. Vejamos os exemplos a seguir.

"Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e ecoa e se ecoa suavemente. No fim picará como a cobra e como o basilisco morderá". (Provérbios 23:31-32), Versão Almeida Atualizada em língua portuguesa. 

"Não olhes para o vinho: como é vermelho, como brilha na taça, como escorre suave. No fim ele morde como a cobra e fere como a víbora". (Provérbios 23:31-32), Versão da Bíblia de Jerusalém em língua portuguesa.

"E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a já desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco." (Isaías 11:8), Versão Almeida Atualizada em língua portuguesa. 

"A criança de peito poderá brincar junto à cova da áspide, a criança pequena porá a mão na cova da víbora". (Isaías 11:8), Versão da Bíblia de Jerusalém em língua portuguesa.

"Porque eis que envio entre vós serpentes e basiliscos, contra os quais não há encantamento, e vos morderão, diz o SENHOR." (Jeremias 8:17), Versão Almeida Atualizada em língua portuguesa.

"Sim, eis que envio contra vós serpentes venenosas, contra as quais não há encantamento, e elas vos morderão, oráculo de Iahweh". (Jeremias 8:17), Versão da Bíblia de Jerusalém em língua portuguesa.

Outras traduções mais recentes para o português, inglês, espanhol e outros idiomas, já retiraram a menção ao basilisco, a qual constava em versões mais antigas. 

NOTA: No livro Harry Potter e a Câmara Secreta (1998), um basilisco guarda a câmara. A criatura não é tão gigantesca como retratada no filme, além disso, nesta versão, o monstro possui um veneno mortífero, pode matar com um olhar ou transformar em pedra quem o veja de forma indireta. Também é dito que o basilisco temia o canto dos galos, por conta disso, tais animais aparecem mortos. 

NOTA 2: No jogo The Witcher 3: Wild Hunter (2015), basiliscos e cocatrices são animais parecidos, mudando apenas a coloração. Ambos são retratados como galos-dragões. Já na série The Witcher, o basilisco se parece com um dinossauro. 

NOTA 3: No jogo God of War: Chains of Olympus (2008), o basilisco é um grande dragão, não tendo aparência de serpente, galo ou lagarto de várias patas. 

NOTA 4: Em vários jogos de RPG ou de aventura, basiliscos aparecem de diferentes formas, e geralmente estão associados como tendo uma picada bastante venenosa ou petrificando as pessoas com o olhar. 

NOTA 5: A ideia de que o basilisco transformaria em pedra com seu olhar, é uma invenção literária, não constando nos autores antigos, medievais e modernos que descreveram esse monstro. 

Referências bibliográficas: 

ALBERT the Great. Man and Beasts: De animalibus (books 22-26). Translated by James J. Scanlan, M.D. New York, Medieval & Renaissance texts & studies, 1987. 

ALDROVANDI, Ulisse. Serpentum et draconum historiae. [s.l], M. Antonij Berniae bibliopolae Bononiensis, 1640. 

ISIDORE of Seville. The Etymologies. Cambridge, Cambridge University Press, 2006. 

NECKHAM, Alexander. De Naturis Rerum, book II. Edited by Thomas Wright. London, Longman, Roberts and Green, 1863. 2v

Referências da internet:

Pliny the Elder. The Natural History

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