A série Assassin's Creed produzida pela Ubisoft e lançada em 2007, introduziu ao mundo dos videogames uma trama que envolvia ficção, fantasia e fatos históricos, em torno de uma disputa entre a Ordem dos Assassinos e a Ordem dos Cavaleiros Templários, pelo domínio de artefatos místicos, chamados de Pedaços do Éden.
A Ubisoft baseada em outra série famosa, Prince of Persia, se valeu da ideia de juntar os movimentos baseados no parkour, vistos em Prince of Persia, com movimentos de luta de assassinos profissionais. Diferente da outra série onde os movimentos são bem mais ousados e até mesmo surreais, em Assassin's Creed eles são mais condizentes com a realidade embora exista lá os seus exageros, mas jogo é jogo. E somando-se a isso, o contexto histórico onde a trama se baseia. Nesse caso, a proposta deste texto é comparar e falar acerca de alguns fatos históricos e personagens históricas ao longo dos três principais jogos da série, já que a mesma conta com jogos derivados do ramo principal, algumas histórias em quadrinhos (comic books), cinco livros, duas animações e um filme curta-metragem.
Aviso: Os fatos, personagens e datas aqui mencionados revelam spoilers do enredo dos jogos. Se você tem interesse de jogá-los, e não quer saber da história, não prossiga.
A verdadeira Ordem dos Assassinos:
Embora a série misture ficção com fatos históricos, a Ordem dos Assassinos não é uma invenção da Ubisoft, mas uma seita que realmente existiu na Ásia medieval. Sendo assim, falarei um pouco da Ordem que em grande parte ainda hoje pouco se conhece sobre sua história e organização, pois assim como toda sociedade com segredos, seus membros deveriam manter o sigilo.
A Ordem foi criada por volta de 1090 pelo árabe Hassan ibn Sabbah Haimiri (1034-1124), após este conquistar a fortaleza de Alamut localizada nas Montanhas Elbourz ao sul do Mar Cáspio, na Pérsia (atualmente Irã). Alamut ("Ninho da Águia") tornou-se a sede da Ordem dos Assassinos (1090-1256), criado por Hassan. Mas, antes de prosseguir é preciso entender alguns motivos que levaram este muçulmano a criar uma irmandade de assassinos.
Hassan nasceu em Qom, um importante centro de peregrinação xiita na Pérsia (atual Irã). De fato, a população era predominantemente xiita, ramo mais radical do Islamismo, porém, alguns membros da família de Hassan eram ismaelitas, uma doutrina de origem xiita que preconizava a defesa da sucessão hereditária do imã (líder espiritual) Ismael, que supostamente seria o "Sétimo Profeta".
No Islamismo credita-se seis grandes profetas: Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé (Mohammed). Os profetas foram os homens que receberam "a palavra" de Deus (Alá), ou seja, os seus ensinamentos. Após a morte de Maomé grande parte dos muçulmanos concordam que não houve nenhum outro profeta digno de menção, mas um pequeno grupo xiita passou a defender a legitimação de Ismael como verdadeiro profeta de Alá.
Símbolo da Ordem dos Assassinos.
"Trabalhamos na Escuridão para servir a Luz. Nós somos Assassinos"
"Nada é verdade. Tudo é permitido"
A Ubisoft baseada em outra série famosa, Prince of Persia, se valeu da ideia de juntar os movimentos baseados no parkour, vistos em Prince of Persia, com movimentos de luta de assassinos profissionais. Diferente da outra série onde os movimentos são bem mais ousados e até mesmo surreais, em Assassin's Creed eles são mais condizentes com a realidade embora exista lá os seus exageros, mas jogo é jogo. E somando-se a isso, o contexto histórico onde a trama se baseia. Nesse caso, a proposta deste texto é comparar e falar acerca de alguns fatos históricos e personagens históricas ao longo dos três principais jogos da série, já que a mesma conta com jogos derivados do ramo principal, algumas histórias em quadrinhos (comic books), cinco livros, duas animações e um filme curta-metragem.
Aviso: Os fatos, personagens e datas aqui mencionados revelam spoilers do enredo dos jogos. Se você tem interesse de jogá-los, e não quer saber da história, não prossiga.
A verdadeira Ordem dos Assassinos:
Embora a série misture ficção com fatos históricos, a Ordem dos Assassinos não é uma invenção da Ubisoft, mas uma seita que realmente existiu na Ásia medieval. Sendo assim, falarei um pouco da Ordem que em grande parte ainda hoje pouco se conhece sobre sua história e organização, pois assim como toda sociedade com segredos, seus membros deveriam manter o sigilo.
A Ordem foi criada por volta de 1090 pelo árabe Hassan ibn Sabbah Haimiri (1034-1124), após este conquistar a fortaleza de Alamut localizada nas Montanhas Elbourz ao sul do Mar Cáspio, na Pérsia (atualmente Irã). Alamut ("Ninho da Águia") tornou-se a sede da Ordem dos Assassinos (1090-1256), criado por Hassan. Mas, antes de prosseguir é preciso entender alguns motivos que levaram este muçulmano a criar uma irmandade de assassinos.
Vista das ruínas da fortaleza de Alamut, Irã. A fortaleza foi a sede da Ordem dos Assassinos de 1090 a 1254. |
No Islamismo credita-se seis grandes profetas: Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maomé (Mohammed). Os profetas foram os homens que receberam "a palavra" de Deus (Alá), ou seja, os seus ensinamentos. Após a morte de Maomé grande parte dos muçulmanos concordam que não houve nenhum outro profeta digno de menção, mas um pequeno grupo xiita passou a defender a legitimação de Ismael como verdadeiro profeta de Alá.
“Um desafio mais direto aos abácidas veio de
movimentos ligados a outro ramo do xiismo, os ismaelitas. Suas origens não são
claras, mas parecem ter começado como um movimento secreto sediado primeiro no
Iraque e no Kuzistão, no sudoeste do Irã, e depois na Síria. Apoiavam a pretensão
do imanato de Isma’il, filho mais
velho de Ja’far al-Sadiq, reconhecido por grande parte do xiismo como o sexto
imã. Isma’il morreu em 760, cinco anos antes de seu pai, e a maioria dos xiitas
acabou reconhecendo seu irmão Musa al-Kazim (m. 799) como imã. Os ismaelitas,
porém, acreditavam que Isma’il tinha sido irrevogavelmente nomeado sucessor do
pai, e que seu filho Muhammad
se tornara imã depois dele. Afirmavam
que Muhammad voltaria mais cedo ou mais tarde como o mahdi, enviado
para revelar o significado secreto
da revelação corâmica e governar o mundo com justiça”. (HOURANI, 1991, p.
53-54).
O ismaelismo teve influência sobre a conduta de Hassan ibn Sabbah no futuro, porém, antes dele vir se tornar um homem influente, Hassan foi enviado ao Egito para estudar. Não se sabe quanto tempo permaneceu ali, mas sabe-se que passou anos se dedicando a estudar o Alcorão, como também filosofia grega e outros saberes filosóficos e religiosos. Vivendo no Cairo, Hassan se tornou amigo do príncipe Nizar (1045-1097), um dos filhos do califa Al-Mustansir (1029-1094), líder do Califado Fatímida (909-1171).
Com a morte de Al-Mustansir, Nizar seria o herdeiro ao trono, porém o vizir (primeiro-ministro) Al-Afdal Shahanshah (1066-1121) conseguiu afastar Nizar do trono, e nomeou como herdeiro o seu irmão mais novo Ahmad al-Musta'li (?-1101). Pelo fato de ser uma criança, Ahmad estaria sob o controle do vizir que atuaria como regente até a maior idade do príncipe, contudo Nizar decidiu reagir e confrontar Al-Afdal contando com a ajuda de Hassan, mas ambos foram derrotados, e Hassan decidiu abandonar de vez o Egito e se dedicar a suas ações na Pérsia, pois a fortaleza de Alamut já estava sob seu controle a cinco anos.
Com a morte de Al-Mustansir, Nizar seria o herdeiro ao trono, porém o vizir (primeiro-ministro) Al-Afdal Shahanshah (1066-1121) conseguiu afastar Nizar do trono, e nomeou como herdeiro o seu irmão mais novo Ahmad al-Musta'li (?-1101). Pelo fato de ser uma criança, Ahmad estaria sob o controle do vizir que atuaria como regente até a maior idade do príncipe, contudo Nizar decidiu reagir e confrontar Al-Afdal contando com a ajuda de Hassan, mas ambos foram derrotados, e Hassan decidiu abandonar de vez o Egito e se dedicar a suas ações na Pérsia, pois a fortaleza de Alamut já estava sob seu controle a cinco anos.
Hassan ibn Sabbah |
Porém os seguidores de Nizar que acreditavam no direito hereditário ao trono do califado fatímida, passaram a ser chamados de nizars, e Hassan se tornou um nizari. E mesmo após a morte de Nizar, Hassan ainda manteve a ideia do direito de Nizar ao trono, ao mesmo tempo, passou a se aproximar cada vez mais do ismaelismo, chegando ao ponto de dizer que havia sido escolhido para realizar uma nobre missão no mundo. Alguns relatos sugerem que Hassan alegava ser a "reencarnação" de Ismael, o problema é que no Islamismo não há a ideia de reencarnação, daí tal hipótese ser questionada como plausível. Hassan começou a pregar suas próprias ideias sobre o Islamismo de vertente xiita ismaelita, conseguindo reunir adeptos que compartilhavam das suas ideias e crenças. Marco Polo (1254-1324) escreveu em seu livro intitulado O Livro das Maravilhas um pouco a respeito da Ordem dos Assassinos. No livro, Polo falara de um líder que se autoproclamava Cheike el Djebel ("O Velho da Montanha"), título que Hassan teria adotado e que seus sucessores também teriam adotado. Porém, Marco falara que o líder que vivia em Alamut chamava-se Aladino, logo, não sabemos se ele se referia a Hassan ou algum de seus sucessores, pois Aladino talvez fosse um apelido ou epíteto.
Hassan começou a reunir um grupo de homens, oriundos das classes mais baixas: órfãos, ladrões, assassinos, camponeses, foragidos, criminosos, etc., qualquer homem com aptidão para lutar e disposto a se dedicar de corpo e alma ao credo da Ordem. Marco Polo em seu relato nos fala que o Velho da Montanha apresentava em seu palácio um "jardim de delícias", com muita comida, bebida, mulheres e luxo, alegando que aquilo era um pequeno vislumbre que eles teriam no Paraíso.
Se eles servissem com dedicação a Ordem, quando morressem seriam levados diretamente ao Paraíso, pois Alá lhes perdoaria os pecados. Embora não tenhamos garantias acerca do relato de Marco Polo, tal ideia não é fantasiosa, pois se pegarmos o discurso dos cruzados, veremos que havia algo de similar entre os dois discursos, pois no caso dos cruzados, a Igreja prometia que todo aquele que servisse nas Cruzadas, seria perdoado de todos seus pecados, ficando livre de ir para o Inferno.
Se eles servissem com dedicação a Ordem, quando morressem seriam levados diretamente ao Paraíso, pois Alá lhes perdoaria os pecados. Embora não tenhamos garantias acerca do relato de Marco Polo, tal ideia não é fantasiosa, pois se pegarmos o discurso dos cruzados, veremos que havia algo de similar entre os dois discursos, pois no caso dos cruzados, a Igreja prometia que todo aquele que servisse nas Cruzadas, seria perdoado de todos seus pecados, ficando livre de ir para o Inferno.
Hassan decidido a combater todos aqueles que se opunham a ele, assim como combater a ameaça dos fatímidas, dos abássidas e dos muçulmanos sunitas (vertente oposta ao xiismo), começou a enviar seus Assassinos para vários locais, atuando pela Pérsia, Iraque, Síria, Arábia, Egito, etc. Não temos detalhes de informações sobre a atuação da Ordem, há relatos vagos de ataques a príncipes, vizires, imãs, senhores, ricos comerciantes, políticos, etc., mas sabe-se que diferente do que se ver na série de jogos, os Assassinos não andavam vestidos com uma túnica branca, a mesma era usada apenas enquanto estavam em Alamut, pois tal traje chamava muito a atenção, logo, os Assassinos preferiam se disfarçar, de forma a se esconder em meio a multidão.
Por mais de um século os Assassinos agiram pelo Oriente Médio, ceifando vidas com suas adagas (o uso da lâmina oculta "hidden blade" é uma invenção do jogo), espadas, flechas, venenos e outras técnicas de assassinato. Os Assassinos agiam pelo interesse do Mentor da Ordem, seja por motivos políticos, econômicos, religiosos, sociais ou pessoais de seu senhor.
Um fato a se mencionar, diz respeito a origem da palavra assassino. Existe duas principais hipóteses: a mais difundida foi que a palavra assassino viria de haxixe (também conhecido como maconha), o qual tais homens fumavam esta erva alucinógena que os fariam "enxergar o Paraíso", daí serem chamado de haschichiyun ("fumadores de haxixe").
Porém, os historiadores contestam essa hipótese apontando que a palavra assassino viria da palavra asasiyun, que significaria "fiéis aos fundamentos". Neste caso aos fundamentos da seita difundida por Hassan. Nota-se que ambas as palavras são bem parecidas na pronúncia, algo que teria confundido os europeus em seus relatos, pois o uso do termo haschichiyun como origem de assassino, aparece em relatos europeus e não nos relatos árabes.
Porém, os historiadores contestam essa hipótese apontando que a palavra assassino viria da palavra asasiyun, que significaria "fiéis aos fundamentos". Neste caso aos fundamentos da seita difundida por Hassan. Nota-se que ambas as palavras são bem parecidas na pronúncia, algo que teria confundido os europeus em seus relatos, pois o uso do termo haschichiyun como origem de assassino, aparece em relatos europeus e não nos relatos árabes.
A Ordem chegou a possuir várias fortalezas inclusive na Síria, local onde se inicia a história do jogo. Contudo, no ano de 1256, Hulagu Khan (1217-1265) um dos netos de Genghis Khan, levou seu exército sobre a Pérsia, Iraque e outras terras vizinhas, subjugando a Ordem dos Assassinos com a destruição de Alamut. Com a destruição da sede, a ordem começou a se desestruturar e chegou ao fim. Na história dos jogos, a Ordem não teve fim em 1256, mas ainda continua atuando nos dias contemporâneos.
Introdução:
A história do jogo inicia-se no ano de 2012, com o Assassino americano Desmond Miles (1987-2012), o qual estava algum tempo foragido da Ordem. Desmond nasceu em uma comunidade de Assassinos chamada A Fazenda (The Farm), localizada em Black Hills em Dakota do Sul. Sua mãe morreu ainda cedo, e Desmond ficou sob os cuidados de seu pai, William Miles o qual lhe impusera um árduo treinamento que acabou levando Desmond a tentar fugir e assim o fizera. Anos depois, ele foi encontrado trabalhando como um bartender no bar L'Horizon em Paris, onde a poderosa multinacional Abstergo Industries o sequestrou. A Abstergo possui vários laboratórios, empresas, e outros investimentos principalmente nas áreas de tecnologia e biotecnologia. Assim, sua maior criação foi o sistema chamado Animus.
Basicamente o Animus consiste numa tecnologia que consegue projetar ao usuário a oportunidade de vivenciar a memória de seus ancestrais através da realidade virtual, sendo esta memória acessada através do DNA, o qual de alguma forma preserva as lembranças através da linhagem sanguínea.
É revelado posteriormente que a Abstergo está sob o controle da Ordem dos Templários, a mesma ordem criada na Idade Média, que diferente do que se pensava não foi extinta no século XIV, mas passou a agir nas sombras, mantendo seus objetivos de dominação mundial. Em um dos laboratórios da Abstergo, Desmond conhece o cientista Warren Widic (?-2012) e sua bela assistente Lucy Stillman (1988-2012), a qual cuida da operação do Animus.
Desmond, Lucy e Widic durante uma sessão do Animus. |
Sem saber das reais intenções de Widic, Desmond acaba caindo na sua conversa em se ajudá-los a procurar um antigo artefato chamado de Maçã do Éden, um dos Pedaços do Éden. Para descobrir a localização de tal artefato, ele teria que reviver as memórias de seu antepassado por linhagem paterna, um Assassino sírio chamado Altaïr ibn La-Ahad (1163-1257), filho de Umar e de Maud.
Assassin's Creed (1191)
Retornando as memórias de Altaïr, Desmond retorna para a Idade Média, no ano de 1191 na Terra Santa, em meio ao período da Terceira Cruzada. Altaïr era um dos melhores Assassinos da Ordem na Síria, contudo seu renome o levou a soberba. Após falhar em uma missão em reaver um artefato, Rashid ad-Din Sinan (?-1191) chamado de Al Mualim (O Mentor), designou que Altaïr reaver-se o artefato e procura-se por nove alvos, além de investigar as ações dos Templários pela Terra Santa, os quais procuravam pela Maçã do Éden. A fim de recuperar sua honra perante seu mentor e a ordem, ele aceita a missão e parte numa caçada aos alvos, viajando desde a fortaleza de Masyaf, à cidade portuária de Acre, a Sagrada Cidade de Jerusalém e a capital da Síria, Damasco. Na história entre as personagens históricas retratadas estão o rei da Inglaterra, Ricardo, Coração de Leão e o sultão Saladino.
Altaïr Ibn La-Ahad |
Contexto histórico:
Primeira Cruzada
As Cruzadas se iniciaram no ano de 1096 por decreto do papa Urbino II, sobre as alegações de combater os infiéis (assim como se referiam aos muçulmanos), de se retomar a cidade de Jerusalém e a Terra Santa as quais estavam em posse dos judeus e dos muçulmanos, impedir que os árabes avançassem pela Europa, e que mais pessoas fossem convertidas ao Islamismo. O papa recorreu a ajuda de vários nobres e senhores feudais da Europa, para que unidos partissem em marcha por este nobre ideal.
Em meio a tais alegações, a Igreja prometia a aqueles que lutassem na Cruzada o perdão por todos os seus pecados, e a garantia de salvação, já que os mesmos estariam lutando em nome de Deus. A Primeira Cruzada durou de 1096-1099, sendo considerada uma das mais bem sucedidas ou a mais bem sucedida, já que as demais fracassaram em muitos pontos. Além destes motivos sugeridos, as Cruzadas também se constituíram sobre interesses econômicos, políticos, sociais e até pessoais. A conversão de novos cristãos e a conquista do Império Bizantino e outros territórios sob o domínio dos árabes também fora cogitado ao longo das oito Cruzadas empreendidas entre os séculos XI ao XIII.
A Primeira Cruzada ou Cruzada dos Barões fora comandada pelos nobres Adhemar de Monteil, Hugo de Vermandois, Godofredo de Bouillon, Boemundo da Sicilia, Roberto II e Raimond de Saint-Gilles. Os cruzados passaram por Constantinopla em 1096, libertaram algumas cidades que estavam sob o domínio árabe na Ásia Menor (atualmente Turquia) e adentraram a Terra Santa, realizando batalhas entre 1098 e 1099, sendo que em 1099 Godofredo de Bouillon conseguira libertar a cidade de Jerusalém.
Ordem dos Hospitalários
Fora durante a Primeira Cruzada que fora criada a Ordem de Malta ou Ordem dos Hospitalários (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta) incumbida de proteger e ajudar os cristãos e as forças dos cruzados pela Terra Santa e posteriormente em outros lugares. O nome hospitalário deu origem a palavra hospital, sendo associado como um lugar onde se tratavam os feridos das batalhas. No jogo a personagem de Garnier de Naplouse (?-1192) é retratada, sendo que na época de fato Garnier fora grão-mestre da ordem entre os anos de 1190 e 1192. Garnier é um dos nove alvos de Altaïr.
Bandeira da Ordem de Malta ou Ordem dos Hospitalários. |
Ordem dos Templários
Após a Primeira Cruzada, fora criada em 1118 a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, conhecida também como Ordem do Templo ou mais comumente como Ordem dos Templários. Originalmente a ordem tinha como obrigação, proteger e garantir a segurança dos cristãos que realizavam peregrinações à Jerusalém após 1099, quando os cruzados a reconquistaram dos muçulmanos, e também garantir a ordem e a paz na cidade e suas redondezas. Posteriormente os templários voltaram para a Europa e se espalharam por vários reinos, em seu retorno, voltaram ricos, devido as saques e pilhagens feitos, indo em contradição com a tendência de serem "pobres cavaleiros". A ordem oficialmente durou por quase duzentos anos, sendo extinguida oficialmente no ano de 1312. No século XIV os templários não eram apenas um grupo rico, mas com muita influência politica, religiosa e social, isso atiçou a inveja de alguns como fora o caso do rei de França, Filipe IV, o Belo.
Posteriormente o papa Clemente V (1305-1314) acusou os templários pelos crimes de heresia, usura, sodomia, adoração ao Diabo, etc. Assim numa sexta-feira 13 de 1307, os cavaleiros templários começaram a serem perseguidos, presos e assassinados. Na série Assassin's Creed, diz que os templários não foram totalmente extintos, alguns de seus membros fugiram e se esconderam, se ocultando da História, agindo pelas sombras. No jogo o grão-mestre da Ordem dos Templários era Robert de Sablé IV (?-1191), o qual de fato foi grão-mestre, tendo sido eleito em 1190. Robert é um dos nove alvos de Altaïr.
Cruz da Ordem dos Templários. Nesse caso, tal cruz também é o símbolo de São Jorge da Capadócia, de onde os templários tiraram inspiração. |
Segunda Cruzada
A Segunda Cruzada (1147-1149) se dera principalmente em resposta ao fato de que os árabes haviam atacado e conquistado a cidade de Edessa em 1144. São Bernardo persuadiu o papa Eugênio III a decretar uma nova cruzada, e assim este o fizera. A Segunda Cruzada contou com a liderança do rei francês Luís VII e o imperador Conrado III do Sacro Império Romano-Germânico. A Cruzada conseguiu chegar até a Ásia Menor e a Terra Santa, mas acabou fracassando. Damasco não fora conquistada e Edessa o objetivo inicial nem ao menos fora tentado. Os cruzados abandonaram a batalha antes de tentarem reconquistar Edessa.
Terceira Cruzada
Saladino |
"O papado teve parte secundária nessa expedição; estava em uma de suas fases de fraqueza; e a cruzada foi mais principesca, cavalheiresca e romântica de todas. As acrimônias e asperezas religiosas eram mitigadas pela galanteria cavalheiresca que por igual dominava tanto Saladino quanto Ricardo (Coração de Leão). O apaixonado do pitoresco e do romântico pode ir buscar nos romances desse período o perfume da época. A Cruzada salvou o principado de Antioquia por algum tempo, mas não conseguiu retomar Jerusalém. Os cristãos se conservaram-se, entretanto, senhores da costa Palestina". (WELLS, 1960, p. 78).
Ricardo, Coração de Leão |
Ordem Teutônica
Em 1191 foi fundada a Ordem dos cavaleiros teutônicos de Santa Maria de Jerusalém, Ordem Teutônica ou Cavaleiros Teutônicos. A ordem fora criada ainda durante a Terceira Cruzada na cidade de Jerusalém, porém apenas em 1198 foi oficialmente reconhecida pelo papado. Em 1809, o imperador Napoleão I tentou extingui-la mas a mesma conseguiu sobreviver e ainda hoje existe, mas não como ordem militar. Os cavaleiros teutônicos usavam vestes brancas e uma cruz preta, e assim como os templários possuíam funções de defesa, administração e ataque. Muitos dos membros eram nobres e quando a mesma transferiu sua sede para a Europa, novos membros advindos da nobreza de outros países como a Áustria, Prússia e Rússia se associaram a ordem. No jogo, o cavaleiro Sibrand é o grão-mestre da ordem. De fato Sibrand fora grão-mestre entre os anos de 1190 e 1192, sendo também um dos nove alvos de Altaïr.
Cruz da Ordem Teutônica |
Quarta Cruzada
A Quarta Cruzada viria a ser travada dez anos depois, durando de 1202 a 1204, sob a prerrogativa inicial de conquistar o Egito e de lá partir-se para retomar Jerusalém e a Terra Santa, mas acabou mudando de objetivo, e em 1204, Constantinopla fora conquistada e o Império Bizantino quase chegou ao seu fim. Esta fora a última grande vitória dos cruzados. A Quinta (1217-1221), Sexta (1228-1229), Sétima (1248-1250) e Oitava (1270-1272) cruzadas foram decepcionantes e totais fiascos.
Assassin's Creed II (1476-1499)
Dando continuidade a sua missão, Desmond no final do primeiro jogo descobriu alguns segredos a respeito da Abstergo Industries, da Maçã do Éden, do Clã dos Assassinos, da missão dos Templários, entre outros. Agora nesta continuação Desmond Miles, está sendo perseguido pela Abstergo por ter descoberto muita coisa. Desmond acaba sendo ajudado por Lucy a qual com o apoio de Rebecca Crane e Shaun Hastings, integrantes da Ordem dos Assassinos, conseguem retirar Desmond e Lucy do prédio da Abstergo.
Shaun Hastings e Rebecca Crane. |
Retrato de Ezio Auditore de Florença, século XV. |
Diferente de Altaïr o qual já era um Mestre Assassino, Ezio era apenas um adolescente de 17 anos, o qual arranjava confusão nas ruas e era filho de uma rica e influente família florentina. Ele era filho do banqueiro Giovanni Auditore (1436-1476) e de Maria Auditore (1432-1504); era o segundo filho de quatro irmãos, sendo o mais velho Federico (1456-1476) e o mais novo Petruccio (1463-1476). Além deles, ele possuía uma irmã, três anos mais nova, chamada Claudia (1461-?).
O pai e os irmãos de Ezio acabaram sendo vítimas de uma conspiração que os delatara como supostos traidores do Estado, os levando a serem enforcados. Ezio, sua mãe e irmã conseguiram escapar e posteriormente foram se abrigar na Villa Auditore em Monterriggioni, local chefiado pelo seu tio, Mario (1434-1500). Enquanto residia sobre a proteção de seu tio, Ezio ficou sabendo acerca da Ordem dos Assassinos, da sua longa luta contra os Templários desde a Idade Média; do legado de Altaïr o qual através de um Codex escondeu ensinamentos da Ordem. Ezio passa a ser guiado e instruído pelo seu tio, e decidi procurar as páginas deste Codex, assim como descobrir os responsáveis pela morte de seu pai e irmãos, como também tentar descobrir o planos dos Templários, os quais procuravam pela Maçã do Éden.
O jogo se desenvolve ao longo de 1476 a 1499, passando pela República Florentina (Reppublica Fiorentina), a Sereníssima República de Veneza (Serenissima Reppublica de Venezia), a Toscana, a estrada pelos Montes Alpinos, Forlí na Romagna, a Vila Auditore em Monteriggioni, residência de seu tio Mario Auditore e na cidade eterna de Roma.
Comuna de Monteriggioni, Toscana, Itália. No jogo a comuna tornou-se o lar de Ezio após sua saída de Florença. |
Contexto histórico:
Entre 1476 e 1499 muita coisa aconteceu pela Itália, então falar dos acontecimentos que ocorreram entre este período implicaria em um extenso texto, porém farei aqui um apanhado geral com base no jogo, fazendo menção a alguns acontecimentos históricos mencionados na trama. Nessa época, a Itália vivenciava o Renascimento, logo artistas de toda a parte da península (a Itália não era um país, mas sim um conjunto de cidades-Estados) viajavam para os centros artísticos e culturais a fim de estudarem artes e "ciências". Nesse caso as cidades como Florença, Veneza, Milão, Siena e Roma, eram um destes centros. Esse fora o caso de Leonardo da Vinci (1452-1519), saído da pequena cidade de Vinci, fora estudar arte em Florença com o mestre Andrea del Verrocchio. No jogo, Leonardo já possui seu próprio ateliê e trabalha tanto como pintor e inventor, de fato sua utilidade para Ezio se dará mais por conta de sua inteligência e curiosidade por equipamentos e máquinas.
Em contra partida, para quem não possuía vocação para as artes, poderia se tornar comerciante, banqueiro ou político, já que o comércio floresceu muito neste tempo, logo, cidades como Florença, Veneza e Gênova era importantes centros comerciais, políticos e culturais. Tal fato era bem visível em Florença, onde a Família Médici, uma família de ricos banqueiros controlava a cidade.
A Conspiração dos Pazzi (1478)
Os Pazzi eram uma importante família de banqueiros de Florença, os quais planejaram um golpe de Estado para retirar a família Médici do poder. em 26 de abril de 1478, durante a missa dominical, Lourenço de Médici (1449-1492) acompanhado de sua esposa, filhos e de seu irmão Juliano de Médici (1453-1478), e alguns amigos seguiram para a Catedral de Santa Maria del Fiore, a principal da cidade, os Pazzi atacaram. Juliano acabou sendo assassinado, mas Lourenço, sua esposa e filhos conseguiram escapar. Rapidamente a guarda subjugou os traidores, e não tardou para que a tentativa de assassinato se espalhasse pela cidade, e os Pazzi começassem a ser perseguidos. Os que não morreram na ocasião, tiveram que deixar Florença para evitar lixamento da turba enfurecida que era a favor do governo dos Médici. Além dos Pazzi, os Salviati (família de banqueiros que representavam os negócios papais em Florença) e provavelmente o papa Sisto IV estiveram envolvidos em tal trama, pois o papa não gostava da política de Lourenço, o qual não era totalmente condicente com a política papal imposta por Sisto IV. No jogo, Ezio ajuda a proteger Lourenço da perseguição Lourenço além de ser banqueiro era o chefe de Estado da República Florentina, além de ter sido um dos mais importantes mecenas da renascença tendo patrocinados artistas como Leonardo, Michelangelo e Botticceli. Seu gosto pela poesia e as artes, favoreceram a difusão artística em Florença, embora Lourenço fosse um homem esbanjador, e quase arruinou a fortuna da família e seu banco.
O ataque a Forlí (1488)
Caterina Sforza |
A censura religiosa de Savonarola (1494-1498)
Girolamo Savonarola |
Com a morte de Lourenço em 1492, seu filho Piero de Médici não conseguiu se manter no poder e acabou tendo que deixar a cidade para não ser morto pela oposição. Em 1494 Savonarola aproveitou a derrocada dos Médici e a fragilidade do governo florentino para impor uma censura religiosa. Embora o Vaticano tenha retirado dele de realizar sermões, Savonarola desobedeceu as ordens do papa, e continuou a pregar. Por quatro anos, suas ideias conservadoras e exaltadas influenciaram parte da população florentina, levando até mesmo a se queimar livros e pinturas, a se perseguir hereges, a se confiscar objetos de luxo, etc.
Em suas pregações nesta época, ele começou a dizer que era um emissário direto de Deus, que o Senhor havia falado com ele, e que o fim dos dias estava próximo, e o povo de Florença deveria se redimir de seus pecados para serem perdoados no Juízo Final. Savonarola acabou sendo preso em 1498, foi torturado e queimado na fogueira como um herege. No jogo, Ezio e Maquiavel atuam para combater a "loucura" do monge, além do fato, que na trama do jogo, o monge roubara a Maçã do Éden que estava de posse de Ezio.
Assassin's Creed: Brotherhood (1499-1507)
Dando continuação a missão de Ezio, em Assassin's Creed: Brotherhood, Ezio partira para o coração da Itália, Roma, lá ele, confrontara o papa Alexandre VI (Rodrigo Bórgia), o qual havia se revelado como Grão-mestre da Ordem dos Templários e o responsável por todas as conspirações vistas no jogo anterior. Tendo falhando em reaver a Maçã que estava com Rodrigo, Ezio acaba tendo que adiar seu confronto com o papa, e é ajudado pelo seu tio a deixar Roma.
Posteriormente na Villa Auditore, essa é atacada pelo exército de Cesare Bórgia (1475-1507) filho do papa. Além de Cesare, sua irmã, Lucrécia Bórgia (1480-1519) comparece ao cerco. Ezio, sua mãe, sua irmã, Catarina Sforza e parte da população da vila conseguem fugir, mas Mario Auditore acabando sendo morto. Depois do ataque a Monterrioggini, Ezio decide retornar a Roma e confrontar os Bórgia, mas descobre que a outrora gloriosa capital do Império Romano estava em decadência. Para poder confrontar os Bórgia, Ezio precisara da ajuda de velhos e novos amigos, reunindo o apoio de ladrões, mercenários, milicianos, prostitutas, etc., formando uma Irmandade de Assassinos em Roma.
Ezio Auditore (centro) e a Irmandade dos Assassinos de Roma. |
Contexto histórico:
Papa Alexandre VI |
Cesare Bórgia |
Lucrécia Bórgia |
Sobre o assunto veja também:
César Bórgia: o homem que inspirou o Príncipe de Maquiavel
A Itália de Maquiavel
Assassin's Creed: Revelations
A história do jogo se passa em duas linhas temporais, o período de Ezio e o de Altaïr, por conta disso dividi as explicações acerca do jogo e dos fatos históricos baseado nestas duas temporalidades.
Época de Ezio (1511-1512)
Desde a derrota dos Bórgia, o Mentor Ezio Auditore, ainda continuou ligado a Ordem dos Assassinos treinando outros homens e mulheres a seguirem o Credo. No entanto, em 1510 ele decidiu realizar uma viagem de autodescobrimento, a fim de procurar respostas sobre seu antepassado Altaïr e respostas para outras perguntas próprias. Assim, Ezio no ano de 1511 chegou a fortaleza de Masyaf, lá ele foi capturado pelas tropas do capitão templário Leandros, no entanto, Ezio descobre algo importante.
Em Constantinopla, Ezio passa a ser ajudado pelos Assassinos da cidade, cujo líder é Yusuf Tazim (c. 1467-1512), além de contar com a ajuda do jovem príncipe Solimão, do velho navegante Piri Reis e da bela e intelectual Sofia Sartor, além de contar com a ajuda de mercenários, ladrões e das ciganas. Em suma, a história do jogo se desenrola em Constantinopla, onde Ezio parte na busca de encontrar as cinco chaves, além de tentar impedir um complô entre alguns otomanos e remanescentes do Império Bizantino, os bizantinos ligados aos Templários, os quais planejam conquistar a região.
Ezio e Yusuf Tazim |
Outro fato novo nesse jogo é que diferente dos dois jogos anteriores onde o jogador podia comprar obras de artes de famosos artistas da renascença italiana, em Revelations, a arte ainda continua, mas não na forma de imagens, mas sim em palavras. O jogador pode através de livrarias comprar livros de famosos autores desde a Antiguidade até a era moderna. São obras de escritores, poetas, historiadores, filósofos, viajantes, geógrafos, etc.
Uma das novidades para o jogo, é o uso da lâmina bico de águia, uma adaptação da lâmina oculta desenvolvida pelos Assassinos turcos, o qual além de permitir novos movimentos de ataque, permite que Ezio utilize as tirolesas para se locomover pela cidade, pois diferente dos jogos anteriores onde se podia cavalgar, neste jogo, não se pode cavalgar. Além dessa lâmina, Ezio também pode usar o para-quedas inventado por Leonardo, algo já visto no jogo anterior. Contudo, outra grande novidade em quesito de equipamentos é o uso e confecção de diferentes tipos de bombas. Se nos jogos anteriores usava-se singelas bombas de fumaça, neste jogo, Piri Reis ensina como confeccionar diferentes tipos de bombas: bombas de fumaça, mal cheiro, explosiva, venenosa, espinhos, moedas falsas, etc.
Ezio diante do capitão templário, Leandros. |
As histórias de Altaïr consistem em flashbacks de dados momentos de sua vida, revelando o que aconteceu após o final do primeiro jogo e as escolhas e fatos que ocorreram com Altaïr até o fim de sua vida. Toda vez que Ezio consegue uma das chaves, ele libera uma memória de Altaïr.
Altaïr e sua esposa Maria. |
Fortaleza de Masyaf, Síria. Na série consiste na sede da Ordem dos Assassinos do Levante. |
Época de Ezio:
Os sultões
Sultão Bayezid II |
Em 1511 o Império Otomano era governado pelo sultão Bayezid II (1447-1512), filho de Mehmed II (1432-1481), o conquistador do Império Bizantino. Bayezid II sucedeu seu pai em 1481 tendo governado até 1512. Bayezid II empreendeu campanhas pelo leste europeu, tendo conseguido derrotar os moldávios, conquistando a Bósnia e a Croácia. No jogo, ele é apenas citado, e nesse caso, diz que o sultão estava em suas campanhas militares, enquanto seus dois filhos, Selim e Ahmet lutavam entre si para saber quem seria o herdeiro do trono, já que o pai deles estava doente e aparentava não viver muito mais tempo. Em 1512, o sultão Bayezid II com seus 65 anos, já enfermo ainda não havia escolhido o seu sucessor entre seus dois herdeiros, nesse caso, Selim (1466-1520) conseguiu conquistar o apoio dos janízaros, os quais ao mesmo tempo formavam a guarda real do sultão (eram seus soldados de elite) e detinham grande autoridade e influência política e social, já que os mesmos representavam uma hierarquia na sociedade otomana.
Selim tendo conquistado o prestígio dos janízaros conseguiu se eleger como próximo sultão independente da escolha que seu pai fizesse, embora que o mesmo tenha escolhido Selim como seu sucessor. Selim governou apenas oito anos, mas realizou um governo de guerras e massacres que lhe renderam a alcunha de o Terrível. Selim I como ficou conhecido manteve a paz com os cristãos, no entanto fora impiedoso com judeus e com os xiitas, tendo ordenado campanhas contra os xiitas que levaram a pelo menos 40 mil mortos. Assim como seu pai, ele também realizou campanhas de expansão do império, conseguindo conquistar a Pérsia (Irã), a Síria e o Egito entre 1516 e 1517. Posteriormente se tornou protetor das sagradas cidades de Meca e Medina.
Selim tendo conquistado o prestígio dos janízaros conseguiu se eleger como próximo sultão independente da escolha que seu pai fizesse, embora que o mesmo tenha escolhido Selim como seu sucessor. Selim governou apenas oito anos, mas realizou um governo de guerras e massacres que lhe renderam a alcunha de o Terrível. Selim I como ficou conhecido manteve a paz com os cristãos, no entanto fora impiedoso com judeus e com os xiitas, tendo ordenado campanhas contra os xiitas que levaram a pelo menos 40 mil mortos. Assim como seu pai, ele também realizou campanhas de expansão do império, conseguindo conquistar a Pérsia (Irã), a Síria e o Egito entre 1516 e 1517. Posteriormente se tornou protetor das sagradas cidades de Meca e Medina.
Sultão Selim I, o Terrível. |
Solimão, o Magnífico (1494-1566) como ficou conhecido no Ocidente, foi o sultão com o maior reinado da história do Império Otomano, tendo reinado por quarenta e seis anos. Solimão expandiu as fronteiras do império em direção a Europa, tendo conquistado Belgrado, a Ilha de Rodes e a Hungria, onde em 1526 entrou triunfalmente na capital do país. Em 1530 ele atacou Viena, mas fora derrotado, posteriormente realizou campanhas contra os persas, além de enviar frotas que lutaram por todo o Mediterrâneo, chegando a confrontar os italianos, espanhóis, portugueses e ingleses. Assegurou a proteção e a ordem de seus domínios, empreendeu reformas na educação, na saúde, nas leis, na jurisprudência, no comércio, na economia, no exército, etc. Suas reformas lhe concederam a alcunha de o Legislador entre seus pares. No jogo, Solimão apresentado ainda jovem, não aparenta revelar ter sido um grande homem.
Sultão Solimão, o Magnífico. |
Solimão depois de Mehmed II é considerado o maior e mais poderoso sultão otomano. Suas reformas garantiram a manutenção e a estabilidade do império por várias décadas.
Piri Reis
Diferente de Solimão e Sofia os quais possuem uma maior participação e importância na trama do jogo, Piri Reis é um personagem secundário no enredo do jogo, embora tenha sido um importante cartógrafo na realidade, assim como é mencionado no jogo.
Piri Reis |
Mapa retratando a Europa, o Norte da África e a Ásia Menor tendo como foco o Mar Mediterrâneo. Piri Reis, 1515. Sofia Sartor |
Retrato de Sofia Sartor pintado por Albrecht Dürer em 1505. |
Em 1505 com seus vinte e oito anos, seu pai contratou o famoso pintor Albrecht Dürer (1471-1528) um dos principais expoentes do renascimento na Alemanha para pintar um retrato de sua filha. Tal obra é a única imagem conhecida da mesma. Depois deste fato, alguns relatos apontam que Sofia teria passado a trabalhar em uma livraria do seu pai, após isso sua história é desconhecida.
Em Assassin's Creed Embers é revelado que Sofia se tornou a esposa de Ezio, com quem tivera dois filhos, Marcello e Flavia. A história de Embers se passa cerca de dez anos após os acontecimentos vistos em Revelations.
Ezio e Sofia Sartor. |
Os mongóis
Ao longo de algumas das memórias de Altaïr vividas por Ezio o mesmo fala sobre a ameaça dos mongóis vindos do leste asiático, um poderoso e sanguinário exército que destruía tudo pelo caminho. No jogo não há muita atenção aos mongóis, mas no século XIII, onde Altaïr faz seus relatos, ele diz que muitos Assassinos, inclusive ele próprio, foram para o Leste para combater os mongóis. Altaïr conta que ele, sua esposa e seu filho Darim passaram cerca de dez anos lutando contra os mongóis, na prerrogativa de assassinar Genghis Khan.
Nessa época o Império Mongol ia do leste europeu à China, da Rússia à Pérsia, e até mesmo, os mongóis chegaram a invadir em campanhas mal sucedidas, o Japão, o norte do Vietnã, a Síria, Israel e o Império Bizantino. Iniciado em 1206 por Genghis Khan, o Império Mongol engoliria a Ásia e parte da Europa por quase um século.
Nessa época o Império Mongol ia do leste europeu à China, da Rússia à Pérsia, e até mesmo, os mongóis chegaram a invadir em campanhas mal sucedidas, o Japão, o norte do Vietnã, a Síria, Israel e o Império Bizantino. Iniciado em 1206 por Genghis Khan, o Império Mongol engoliria a Ásia e parte da Europa por quase um século.
Os Polos
Em 1247, Altaïr confiou a Nicolau e Maffeo Polo a guarda das chaves que abriam sua biblioteca. Os dois irmãos se mudaram para Constantinopla onde abriram uma loja e esconderam as chaves pela cidade. No contexto histórico, Nicolau e Maffeo possuíam realmente negócios em Constantinopla e na Terra Santa, os dois entre a década de 1250 e 1270 do século XIII viajaram pela Ásia, chegando até a China e a corte do imperador mongol, Kublai Khan. Por volta de 1272, os dois irmãos voltaram a viajar para a Ásia, dessa vez levavam consigo o jovem Marco Polo, o qual tinha cerca de vinte anos na época.
Os Polos foram contratados pela Igreja a fim de levarem dois padres e algumas oferendas para a corte de Kublai Khan como forma de aproximar a Igreja do poderoso imperador mongol, senhor da Ásia. Os padres acabaram desistindo da viagem antes da metade do caminho, mas os Polos continuaram e chegaram a China, lá eles passaram a trabalhar para o imperador durante cerca de 16 anos, até que foram incumbidos de levar uma nova esposa para um dos sobrinhos de Kublai que governava na Pérsia. Inicialmente fora um dos irmãos de Kublai que pediu uma nova esposa, mas este acabou morrendo antes que os Polos chegassem.
Durante sua prisão, Marco Polo relatou suas aventuras e seus serviços prestados ao imperador Kublai Khan para um escritor chamado Rusticiano de Pisa, o qual escreveu o livro sobre suas viagens, conhecido na época popularmente de Il Milione ou O Livro das Maravilhas: a descrição do mundo.
Sobre o assunto veja também:
Os Mongóis
Assassin's Creed III (1753-1783)
Haytham E. Kenway |
A medida que a investigação de Haytham e sua equipe prosseguiam, o mesmo entrou em conflito com Braddock o qual estava envolvido na Guerra Franco-Indígena. Na ocasião, Haytham resgatou um grupo de Ka Nee-en Ka, mais conhecidos como Mohawk devido ao nome do rio do qual viviam próximo. Um dos integrantes que fugira do cativeiro era uma mulher chamada Kaniehtí-io (1731-1760), a qual posteriormente passou a ajudar Haytham e se tornou seu interesse romântico, tendo um filho com ele, do qual Haytham só viria a descobrir muitos anos depois, já que frustrado pelas suas investigações, ele deixou as colônias e retornou para a Europa (tal parte da história é narrada no livro Forsaken, chamado de Renegado no Brasil).
A trama do jogo dá um salto, mostrando o jovem Ratohnaké-ton (1756-?) em sua infância, quando durante um incêndio ele acabou perdendo sua mãe. Os anos se passam e já como adolescente, a matriarca do clã pede que Ratohnaké-ton que procurasse a ajuda de um mestre que o treinasse e lhe revela-se os segredos da Ordem dos Assassinos. Ratohnaké-ton então parte até abandonada Fazenda Davenport, onde encontra o velho Mentor Aquiles Davenport (1710-1781) o qual se torna o mestre de Ratohnaké-ton, e lhe dá um novo nome Connor (homenagem ao seu falecido filho). O treinamento de Connor se inicia em 1770 e nos anos seguintes em seu combate aos Templários, ele se envolveria na Revolução Americana (1775-1783).
Ratohnakéton/Connor Kenway |
Entre os acontecimentos históricos que o jogo traz estão a Guerra Franco-Indígena (1754-1763), a Guerra dos Setes Anos (1756-1763), a Revolução Americana que vai de 1775 a 1783, além de também retratar algumas batalhas memoráveis como a Batalha de Lexington e Concord (1775), a Batalha de Monmouth (1778) e a Batalha de Cheasepeake (1781), além de retratar ou se referir a alguns acontecimentos históricos como, a Expedição de Braddock (1755), a festa do chá em Boston (1773), a Cavalgada de Paul Revere (1775), o Grande Incêndio de Nova Iorque (1776), o Dia da Evacuação em Nova Iorque (1783), etc.
No jogo, basicamente a história se desenrola entre Nova Iorque e Boston, além do fato que Connor também visita outras cidades e vilas no interior dessas colônias como Lexington, Concord, Charlestown, como também participa de missões e batalhas no mar abordo do navio Aquila, o que inclui a caça ao tesouro do famoso pirata William Kidd (1645-1701) e o combate ao Templário Nicholas Biddle (1750-1778).
Dentre as figuras históricas que ajudam Connor estão: George Washigton, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Marquês de La Fayette, Israel Putnam, Samuel Adams, Paul Revere, John Hancock, Robert Newman, etc.
Além da envolvente história que aborda a Revolução Americana, o jogo trouxe algumas novidades como as batalhas navais, a mudança climática (neste caso o inverno), novos movimentos de luta (pois Connor é mais hábil com o machado do que a espada) e escalada, já que permite se escalar árvores e rochedos; a possibilidade de se caçar diferentes tipos de animais da fauna norte-americana, e vender suas peles ou fazer manufaturas; procurar pelas páginas do Almanaque do Pobre Ricardo (Poor Richard's Almanack) escrito por Benjamin Franklin, como também realizar missões para desbloquear algumas das invenções dele.
De todos os jogos da série, Assassin's Creed III é o que possui a maior referência a fatos históricos e personagens históricos, totalizando mais de 15 acontecimentos e pessoas da História.
Contexto histórico:
Guerra Franco-Indígena
(1754-1763)
Os ingleses possuíam treze colônias na América do Norte, no entanto disputavam outros territórios contra os franceses e os espanhóis, no caso dos franceses os mesmos promovidos por uma motivação expansionista do governo do rei Luís XV, se aliaram a algumas tribos indígenas como os Algonoquim, Albenaki, Mohawk, etc., que tinham os ingleses como inimigos e assim começaram a enfrentá-los a fim de conquistar territórios e recuperar outros. A guerra foi se desenvolvendo e dois anos depois a França acabou entrando na chamada Guerra dos Sete Anos.
Um dos acontecimentos marcantes desta guerra que é parcialmente retratado no jogo foi a Expedição de Braddock, ocorrida em 1755 consistiu no grande malogro desse general. O objetivo era capturar o Forte Duquesne sob o controle dos franceses. Entre maio e julho, Braddock marchou com seu exército de mais de dois mil homens pelas florestas de Maryland, Pensilvânia e Ohio, tendo a ameaça dos franceses que possuíam além do Duquesne o controle de outros fortes, como também a aliança com tribos indígenas locais. A jornada foi lenta e desgastante, além da falta de uma estrada propriamente, havia os problemas de se transportar os mantimentos e os pesados canhões, assim como os ataques de grupos indígenas que surgiam de repente no meio da floresta. A esforçada campanha de Braddock tivera fim em 9 de julho de 1755 na Batalha de Monogahela, onde embora estivesse em maior número, o exército de Braddock perdeu de forma humilhante e o próprio general foi ferido em combate, vindo a falecer alguns dias depois. Tal derrota foi bastante significativa para a Inglaterra, sendo uma das piores que sofrera no século XVIII.
General Edward Braddock |
Guerra dos Sete Anos
(1756-1763)
A Rússia, a Saxônia, a Suécia e a Espanha decidiram apoiar os franceses e austríacos; por sua vez a Prússia e Hannover se aliaram aos ingleses e portugueses. Nesse caso, os russos, saxônicos, suecos, prussianos e hannovernses ficaram mais retidos a conflitos territoriais na Europa, por outro lado Portugal e Espanha expandiram a luta por suas colônias. O Brasil não chegou a ser palco propriamente desses combates, porém em África, os portugueses e espanhóis se confrontaram.
Em 1762 era visível que a guerra estava por terminar. A Inglaterra e a Prússia se mostravam como as grandes vitoriosas, sendo que os franceses e austríacos sofreram duras derrotas. Em 1763 fora assinado o Tratado de Paris, onde os ingleses, franceses e austríacos assinaram um acordo de paz, pondo fim a guerra. Os ingleses foram os mais beneficiados pois conquistaram o direito de dominar a Índia, receberam o Canadá e a Lousiana dos franceses e a Flórida dos Espanhóis, além de algumas ilhas no Caribe e feitorias no Senegal. Os franceses acabaram desistindo da Índia e focaram suas investidas no Vietnã. Ainda no mesmo ano fora assinado o Tratado de Hubertsburg, entre os ingleses, austríacos e prussianos, onde a Polônia fora dividida entre a Áustria, Prússia e Rússia e outros territórios foram negociados também.
Com o fim da guerra todas as nações estavam moralmente abaladas, e mesmo a Inglaterra tendo saído vitoriosa, as despesas com a guerra foram enormes, isso levou o Parlamento a tomar medidas para recuperar as finanças da nação e a produtividade de suas colônias. A solução encontrada, criação de novas taxas e o aumento dos impostos.
Antecedentes da Revolução
(1763-1775)
As medidas tomadas pelo governo britânico não tardaram em hostilizar os colonos na América. Em 1764 foram criadas a Lei do Açúcar e a Lei da Moeda. No caso do açúcar a lei elevava o imposto sobre o valor do produto e exigia que as colônias só poderiam comprar açúcar inglês produzido nas Antilhas, logo os mesmos eram proibidos e comprar açúcar dos espanhóis, portugueses e holandeses, e como o açúcar era necessário para a produção de outros tipos de alimentos, bebidas e até mesmo como moeda de troca para se comprar escravos, os comerciantes não se agradaram com essa subida no preço e limitação de mercado.
A Lei da Moeda proibiu a emissão de papel-moeda nas colônias e congelou os preços de venda dos produtos coloniais na Metrópole. No ano de 1765, novas duas leis foram lançadas, Lei do Aquartelamento que obrigava os colonos a ceder abrigo e apoio aos soldados ingleses e a Lei do Selo, na qual obrigou que qualquer documento impresso nas colônias deveria conter o selo real que oficializava sua publicação, logo, ofícios, cartas, jornais, revistas, cartazes, comunicados etc., deveriam conter esse selo, pelo contrário corriam o risco de serem vetados.
Página de um jornal apresentando a Lei do Selo promulgada em 1765. |
A população entendeu como um abuso a Lei do Selo e como uma tentativa da Metrópole de controlar a liberdade de imprensa, logo movimentos pelo país surgiram como a formação do grupo Filhos da Liberdade e a convocação do Congresso da Lei do Selo (Stamp Act Congress), onde promoveram um boicote aos produtos ingleses, isso levou o Parlamento a revogar a lei no ano seguinte. Mas isso não bastou para inibir que o governo criasse novas leis para tributar os colonos.
"...logo no ano seguinte, 1767, quando Charles Townshend, Chanceler do Erário, conseguiu que o Parlamento aprovasse as chamadas Leis Townshend, lançando impostos para levantamento de receita sobre uma nova classe de artigos não tributados anteriormente. Os novos impostos foram tornados ainda mais indigestos com mais fortalecimento ainda da maquinaria de coleta e pela estipulação de que a receita levantada com a lei seria usada para pagar os salários das autoridades reais em serviços nas colônias". (SELLERS;MAY; MCMILLEN, , p. 59).
As Leis de Towshend acabaram por serem revogadas em 1770. Mesmo assim o descontentamento das elites coloniais com o governo britânico crescia cada vez mais. Ainda em 1770, soldados mataram seis pessoas em Boston, durante um protesto de rua. Tal episódio ficou conhecido como o Massacre de Boston. E três anos depois ainda em Boston ocorreu o famoso protesto da Festa do Chá (Boston Tea Party). O protesto se deveu por causa da Lei do Chá aprovada no mesmo ano, onde obrigava as colônias a comprarem apenas chá da Companhia das Índias Orientais.
Litografia retratando a Festa do Chá de Boston, 1846. |
Em 16 de dezembro vários membros dos Filhos da Liberdade haviam promovido passeatas e protestos por Nova Iorque, Filadélfia, Massachusetts e chegava a vez de Boston. Na ocasião, alguns colonos disfarçados como indígenas subiram a bordo dos navios que traziam os carregamentos de chá das Antilhas e jogaram as caixas no mar. Estima-se que pelo menos 45 toneladas de chá foram desperdiçadas. Em resposta o Parlamento promulgou as "Leis de Coação" ou "Leis Intoleráveis" como forma de punir os manifestantes, sendo que uma dessas formas era o fechamento do porto e a cobrança de indenização pela perda do carregamento de chá.
Em setembro de 1774, foi convocado na cidade de Carpenter's Hall na Filadélfia um congresso ilegal, chamado de Primeiro Congresso Continental, no qual contou com representantes de doze colônias com exceção da Georgia. Nesse congresso as autoridades coloniais deliberaram pelo apoio a causa de Boston, pelos movimentos antibritânicos e as decisões a se tomar para se combater a opressão britânica sobre as colônia. Mesmo assim, alguns defendiam que o Parlamento tinha todo direito de intervir na economia e na política colonial, mas no fim acabou-se chegando a uma conclusão, a chamada Resolução Suffolk. Tal resolução se tornou um dos prenúncios para a revolução. Na resolução os membros decidiram boicotar os produtos britânicos; não importar, não consumir e não exportar.
"No inverno e primavera de 1774-1775, os radicias começaram a implementar vigorosamente o plano revolucionário em todas as colônias. A drástica redução das importações de produtos britânicos demonstrou, rapidamente a eficácia da Associação como instrumento de guerra econômica, embora, com toda a probabilidade, mais importante ainda se mostrasse como meio de persuasão e coação pública". (SELLERS;MAY; MCMILLEN, , p. 63).
A Revolução Americana
(1775-1783)
Em março de 1775 a revolta já se tornava cada vez mais clara, quando em abril a situação eclodiu de forma violenta. Na madrugada de 7 de abril, Paul Revere (1734-1818) e William Dawes (1745-1799) partiram de Boston para Lexington e Concord a fim de avisarem Samuel Adams (1722-1803) e John Hancock (1737-1796) sobre a movimentação de tropas inglesas. Tal episódio ficou conhecido como a Cavalgada de Paul Revere, embora que além dele, outras pessoas como Dawes também atuaram para difundir a notícia e avisar o exército patriota da aproximação das tropas inglesas.
O aviso de Revere e dos demais surtiu efeito, pois em 9 de abril, as tropas inglesas confrontaram as tropas patriotas na Batalha de Lexington e Concord que acabou se espalhando para outras pequenas cidades, além de ter sido o primeiro conflito armado que de fato iniciou a Revolução Americana. Ainda em 1775 foi convocado o Segundo Congresso Continental, onde deliberou-se pela proclamação da independência; Thomas Jefferson (1743-1826) fori escolhido para redigir a declaração, e embora outros também tenham participado da composição desse documento, T. Jefferson foi seu principal idealizador.
Retratação da Cavalgada de Paul Revere em 7 de abril de 1755. |
Em 4 de julho de 1776 foi publicada a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, contando com os mais notórios burgueses e membros da elite colonial que participaram da ocasião e que assinaram a declaração.
Quadro retratando a reunião que aprovou a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Ao centro diante da mesa pode-se ver Thomas Jefferson principal idealista da declaração. |
Além de decretarem a aprovação da independência, a reunião do Terceiro Congresso Continental, também delegou ao fazendeiro e militar George Washington (1732-1799) para comandar as tropas americanas na guerra revolucionária. Washington na época possuía prestígio advindo de sua participação na Guerra Franco-Indígena e na Guerra dos Sete Anos. Embora que tal participação não lhe rendera boa experiência com a estratégia militar. Curiosamente, Washington perdeu mais batalhas do que ganhou, mesmo assim conseguiu assegurar a vitória dos Estados Unidos.
George Washington. Político, militar, fazendeiro, um dos pais da pátria americana e primeiro presidente constitucional dos Estados Unidos da América. |
Mesmo os ingleses estando em maior número, a distância que separava a Inglaterra dos Estados Unidos era um grande problema, pois atrasava o envio de suprimentos e tropas, e ao mesmo tempo parte da população americana era bem hostil aos ingleses e não lhe concediam apoio. Em 1778, o rei de França Luís XVI decidiu ajudar os americanos na guerra, o Marquês de La Fayatte (1757-1834) se tornou o principal general francês nessa guerra. Além dos franceses, algumas tribos indígenas, espanhóis, prussianos etc., se uniram a causa americana.
Em 3 de setembro de 1783 os ingleses decidiram assinar um tratado de paz com os americanos e reconhecer oficialmente a sua independência. John Adams, Benjamin Franklin e John Jay foram os representantes americanos na ocasião, recebendo do rei inglês Jorge III e do Parlamento, o reconhecimento e o fim da guerra.
Em 1787, foi aprovado pela Convenção Constitucional da Filadélfia a Constituição Americana a qual é a mesma até hoje, apenas vem sendo atualizada ao longo do tempo. Em 1789 o Congresso escolheu George Washington como o primeiro presidente constitucional dos Estados Unidos, pois de 1776 até 1789 haviam presidentes do congresso com o mandato de um ano. Washington governou até 1797, sendo que em 1790 ele escolheu o local que seria construída a nova capital do país, a qual se veio a se chamar Washington, D.C.
Assassin's Creed IV: Black Flag (1715-1722)
No quarto capítulo da série principal, sendo o primeiro a se passar anteriormente a outro capítulo, pois nessa história vivemos as aventuras do Assassino e pirata Edward James Kenway, o pai de Haytham e avô de Connor, os protagonistas do terceiro jogo. Edward (1693-1735) nasceu em Swansea no País de Gales, sendo filho do agricultor Bernard Kenway e de Linette Hopkins. Posteriormente sua família se mudou para Bristol, mas a medida que Edward crescia, ele não se sentia confortável em seguir o ofício do pai. Seu espírito agitado procurava por emoção. Por volta dos 17 anos, Edward passou a namorar Caroline Scott uma mulher dois anos mais velha, que Edward ajudara em uma briga numa taverna.
Posteriormente eles se casaram, mas o casamento não deu certo devido as inconstâncias de Edward e seu espírito aventureiro. Edward sonhava em ganhar fama e riqueza no mar, tornando-se capitão de um navio, no entanto, Caroline dizia que aquilo era muita pretensão de seu marido, e que ele deveria tentar outra coisa. Mas Edward discordou da esposa e disse que viajaria para as Índias Ocidentais, indo trabalhar como corsário e dentro de no máximo dois anos, ele retornaria. Caroline acabou engravidando, mas não contou a Edward, o qual foi embora para o Novo Mundo. Caroline tivera uma filha, chamada Jennifer Scott, posteriormente rebatizada para Jennifer Kenway. Jennifer aparece nos relatos do livro Assassin's Creed: Forsaken.
Em 1712 seguindo viagem abordo do navio do capitão Benjamin Hornigold (c. 1680-1719), um corsário britânico que por volta de 1714 passou para a pirataria, levando consigo parte da sua tripulação o que incluiu Edward. Em 1715, Edward se tornou náufrago do navio HMS Intriga, após o navio onde trabalhava afundar durante uma tempestade e uma batalha nas águas do Cabo Bonavista na parte oeste de Cuba. Antes do navio afundar ele viu um Assassino que acabou matando o capitão do HMS Intriga.
Ao nadar até a praia, Edward se depara novamente com o Assassino, chamado Duncan Wapole (1679-1715). Os dois acabaram se desentendendo, e Wapole ameaçou matar Edward, mas tendo a sua arma falhado, ele foge, e Edward foi atrás dele, vindo a matá-lo e tomar sue traje e pertences. Posteriormente, Edward descobriria que Wapole pretendia trair a Ordem dos Assassinos, se debandando para o lado dos Templários. Ele descobriu uma carta endereçada ao governador Laureano Torres y Ayala (1645-1722) na época governador de Cuba e Grão-mestre dos Templários do Caribe. Wapole pretendia entregar importantes informações para o governador, assim como, um estranho frasco com gotas de sangue.
Na tentativa de seguir para Havana capital de Cuba, Edward vasculha a região do cabo e se depara com um comerciante e pirata chamado Stede Bonnet (c. 1688-1718), o qual era mantido refém por alguns espanhóis. Edward salva Bonnet, e esse em agradecimento decide levá-lo para Havana. Na mansão do governador, Edward conhece outros dois templários, o francês Julien du Casse (1682-1715) e o inglês Woodes Rogers (1679-1732), os quais tramavam ao lado do governador Laureano os planos Templários na região, onde dizia principalmente respeito a se encontrar o "Observatório".
Para se encontrar tal local construído pela "Primeira Civilização" era necessário se encontrar primeiro um homem chamado "O Sábio" o qual era o único que sabia a localização do Observatório. O tal homem acaba sendo encontrado, mas numa noite os Assassinos invadem a mansão do governador e o Sábio aproveita para fugir, ao mesmo tempo que Laureano, Julien e Woodes descobrem a farsa de Edward e o enviam para um navio, para ser preso posteriormente.
Neste navio, Edward conhece um ex-escravo e agora pirata, chamado Adéwalé (1692-?), o qual se tornará seu grande amigo. Juntos eles libertam os demais prisioneiros e tomam o navio, o qual Kenway o rebatiza com o nome de Gralha (Jackdaw), e assim passa a se dedicar a pirataria. De fato, grande parte da história do jogo está mais relacionada as aventuras piratas de Edward Kenway e seus amigos, do que a disputa entre Assassinos e Templários, a qual por alguns anos Edward evitou em tomar partido.
Nos anos que se passam entre 1715 e 1722, Edward segue uma vida de pirataria unido além de Benjamin Hornigold e Stede Bonnet, a outros piratas Edward Teach, mais conhecido como Barba Negra (c. 1680-1718), Calico Jack Rackham (?-1720), Charles Vane (1680-1720), e as mulheres piratas Anne Bonny (1700-?) e Mary Read (c. 1690-1721), sendo todos estes piratas de origem inglesa, com exceção de Anne que nasceu na Irlanda.
Hornigold, Thatch, Vane e um jovem pirata chamado James Kidd, o qual dizia ser filho do famoso pirata William Kidd, são os principais contatos e amigos de Kenway, já que Anny aparece anos depois e Calico Jack é um beberrão de pouca confiança. Enquanto Edward trabalha pela causa pirata entre as quais, assegurar a existência de uma "república" pirata na ilha de Nassau nas Bahamas, James Kidd que é um Assassino, tenta coabitá-lo a entrar na Ordem, mas Kenway reluta por vários anos, até que quando volta a encontrar o Sábio e descobrir do que se trata o Observatório, ele decide se engajar na Ordem.
O jogo até então possuía o maior mapa da série, superado pelo AC Unity, e provavelmente pelo AC Syndicate. Todavia, embora seja um mapa grande, a maior parte dele é água. O mapa tem como centro Cuba, e a aventura ocorre principalmente em torno da ilha cubana, ao norte tendo o arquipélago das Bahamas e o sul da Flórida, ao sul tendo a Jamaica, o Mar do Caribe com suas várias ilhas e a costa mexicana (na época ainda Nova Espanha). Para o leste ainda se pode ver o Haiti, inacessível no jogo.
Basicamente só há três cidades, Havana, Nassau e Kingston. Diferente dos outros jogos da série onde se visita mais cidades ou a trama se desenvolve em apenas uma única cidade, como o caso de Brotherhood, Revelations, Unity e Syndicate, a grande beleza em Black Flag não é a paisagem urbana, mas a natureza, brilhantemente trabalhada no seu visual, ainda melhor do que nos outros jogos.
Mas além da novidade das batalhas navais e da vida pirata, o jogo também traz de volta a caça, dessa vez ampliada com a caça marítima de tubarões e baleias. A possibilidade de explorar navios afundados e localidades submersas, explorar ruínas maias e várias ilhas, já que estando de posse do Gralha, grande parte do mapa está quase livre, a não ser por determinadas localidades e a ameaça dos outros navios e dos fortes, que te obrigam a retroceder.
Em termos de história, assim como AC I e Revelations, não há muitos fatos históricos transmitidos nos jogos, e Black Flag compartilha do mesmo, pois em AC I há o contexto da Terceira Cruzada, mas os eventos na história do jogo são em grande parte fictícios, sem inspiração no real, o mesmo vale para o Revelations e o Black Flag. No entanto, dos poucos acontecimentos históricos retratados nesse quarto jogo, estes dizem mais respeito a vida dos piratas históricos que nele são retratados.
Contexto histórico:
A pirataria existe desde os tempos antigos, surgindo nos locais onde houvesse grande fluxo de mercadorias e nas ricas cidades portuárias, e assim temos relatos de piratas no Mediterrâneo, no Mar Vermelho, na costa leste africana, na costa da Índia, nos mares da Indonésia, Malásia, China e Japão, até finalmente chegarmos a costa oeste africana e as Américas na Idade Moderna.
Inicialmente pirata era o termo dado ao homem (pois há poucas mulheres que se tornaram piratas) que praticava crimes marítimos, de fato a palavra pirata vem do grego peiratès que significa ("aquele que busca fortuna no mar") e os crimes que eles cometiam eram vários: assalto, roubo, assassinato, contrabando, destruição de propriedade pública e privada, sequestro, extorsão, suborno, latrocínio, desrespeito as leis marítimas e outros tipos de leis, etc.
Em essência os piratas eram foras da lei, pessoas que viviam uma vida de crimes em busca de riqueza e fama, embora fosse uma vida breve, pois muitos piratas morriam cedo ou quando entravam na pirataria já mais velhos, viviam pouco tempo. O perigo de tempestades, falta de mantimentos, doenças e os conflitos reduzia muito a expectativa de vida, mesmo assim, a pirataria atraiu muitos homens para essa difícil vida de crimes.
No século XVI a pirataria começou a se tornar algo tão comum na vida dos marinheiros e das nações europeias que possuíam colônias ultramarinas como Inglaterra, Espanha, Portugal, França e Holanda, que tais países começaram a delegar cartas de corso autorizando tripulações a poderem saquear navios, vilas e cidades de outras nações. Assim surgiram os corsários.
A chamada Era de Ouro da Pirataria não foi apenas um período da Idade Moderna, mas um acontecimento local, especialmente localizado nas Índias Ocidentais, também conhecido como Novo Mundo e Américas. Entre os séculos XVI e XVIII as colônias americanas se tornaram o principal rendimento das metrópoles europeias, substituindo em parte o lucro gerado com o comércio das especiarias das Índias Orientais (Ásia). Por exemplo, a Espanha lucrou imensamente com a exploração do ouro e da prata advindos do Peru e do México, e por sua vez Portugal enriqueceu bastante com a produção açucareira no Brasil; de fato o Brasil se tornou no século XVII o maior produtor de açúcar do mundo, que na época era o "ouro branco".
Porém, a atuação dos piratas embora se deu em vários locais das Américas, suas ações se concentraram no Mar do Caribe, nas Antilhas e Bahamas, foi nesse local central do continente americano que a maioria dos piratas famosos atuaram em seus anos de crime, e até mesmo de forma legal, durante o corso. Sendo assim, ilhas como Cuba, Hispaniola (atualmente a ilha que abriga a República Dominica a e o Haiti), Jamaica, Porto Rico, Costa Rica, as Antilhas e as Bahamas foram os principais centros da ação dos piratas modernos, dos chamados "piratas do Caribe".
Assassin's Creed IV: Black Flag (1715-1722)
Edward Kenway |
Posteriormente eles se casaram, mas o casamento não deu certo devido as inconstâncias de Edward e seu espírito aventureiro. Edward sonhava em ganhar fama e riqueza no mar, tornando-se capitão de um navio, no entanto, Caroline dizia que aquilo era muita pretensão de seu marido, e que ele deveria tentar outra coisa. Mas Edward discordou da esposa e disse que viajaria para as Índias Ocidentais, indo trabalhar como corsário e dentro de no máximo dois anos, ele retornaria. Caroline acabou engravidando, mas não contou a Edward, o qual foi embora para o Novo Mundo. Caroline tivera uma filha, chamada Jennifer Scott, posteriormente rebatizada para Jennifer Kenway. Jennifer aparece nos relatos do livro Assassin's Creed: Forsaken.
Em 1712 seguindo viagem abordo do navio do capitão Benjamin Hornigold (c. 1680-1719), um corsário britânico que por volta de 1714 passou para a pirataria, levando consigo parte da sua tripulação o que incluiu Edward. Em 1715, Edward se tornou náufrago do navio HMS Intriga, após o navio onde trabalhava afundar durante uma tempestade e uma batalha nas águas do Cabo Bonavista na parte oeste de Cuba. Antes do navio afundar ele viu um Assassino que acabou matando o capitão do HMS Intriga.
Ao nadar até a praia, Edward se depara novamente com o Assassino, chamado Duncan Wapole (1679-1715). Os dois acabaram se desentendendo, e Wapole ameaçou matar Edward, mas tendo a sua arma falhado, ele foge, e Edward foi atrás dele, vindo a matá-lo e tomar sue traje e pertences. Posteriormente, Edward descobriria que Wapole pretendia trair a Ordem dos Assassinos, se debandando para o lado dos Templários. Ele descobriu uma carta endereçada ao governador Laureano Torres y Ayala (1645-1722) na época governador de Cuba e Grão-mestre dos Templários do Caribe. Wapole pretendia entregar importantes informações para o governador, assim como, um estranho frasco com gotas de sangue.
Na tentativa de seguir para Havana capital de Cuba, Edward vasculha a região do cabo e se depara com um comerciante e pirata chamado Stede Bonnet (c. 1688-1718), o qual era mantido refém por alguns espanhóis. Edward salva Bonnet, e esse em agradecimento decide levá-lo para Havana. Na mansão do governador, Edward conhece outros dois templários, o francês Julien du Casse (1682-1715) e o inglês Woodes Rogers (1679-1732), os quais tramavam ao lado do governador Laureano os planos Templários na região, onde dizia principalmente respeito a se encontrar o "Observatório".
Para se encontrar tal local construído pela "Primeira Civilização" era necessário se encontrar primeiro um homem chamado "O Sábio" o qual era o único que sabia a localização do Observatório. O tal homem acaba sendo encontrado, mas numa noite os Assassinos invadem a mansão do governador e o Sábio aproveita para fugir, ao mesmo tempo que Laureano, Julien e Woodes descobrem a farsa de Edward e o enviam para um navio, para ser preso posteriormente.
Neste navio, Edward conhece um ex-escravo e agora pirata, chamado Adéwalé (1692-?), o qual se tornará seu grande amigo. Juntos eles libertam os demais prisioneiros e tomam o navio, o qual Kenway o rebatiza com o nome de Gralha (Jackdaw), e assim passa a se dedicar a pirataria. De fato, grande parte da história do jogo está mais relacionada as aventuras piratas de Edward Kenway e seus amigos, do que a disputa entre Assassinos e Templários, a qual por alguns anos Edward evitou em tomar partido.
Edward e seu navio, o Jackdaw. |
Da esquerda para direita: Stede Bonnet, Benjamin Hornigold, Charles Vane, James Kidd, Barba Negra e Calico Jack. |
Anne Bonny e Mary Read |
Mapa com as principais localizações do jogo Black Flag. |
Mas além da novidade das batalhas navais e da vida pirata, o jogo também traz de volta a caça, dessa vez ampliada com a caça marítima de tubarões e baleias. A possibilidade de explorar navios afundados e localidades submersas, explorar ruínas maias e várias ilhas, já que estando de posse do Gralha, grande parte do mapa está quase livre, a não ser por determinadas localidades e a ameaça dos outros navios e dos fortes, que te obrigam a retroceder.
Em termos de história, assim como AC I e Revelations, não há muitos fatos históricos transmitidos nos jogos, e Black Flag compartilha do mesmo, pois em AC I há o contexto da Terceira Cruzada, mas os eventos na história do jogo são em grande parte fictícios, sem inspiração no real, o mesmo vale para o Revelations e o Black Flag. No entanto, dos poucos acontecimentos históricos retratados nesse quarto jogo, estes dizem mais respeito a vida dos piratas históricos que nele são retratados.
Contexto histórico:
Inicialmente pirata era o termo dado ao homem (pois há poucas mulheres que se tornaram piratas) que praticava crimes marítimos, de fato a palavra pirata vem do grego peiratès que significa ("aquele que busca fortuna no mar") e os crimes que eles cometiam eram vários: assalto, roubo, assassinato, contrabando, destruição de propriedade pública e privada, sequestro, extorsão, suborno, latrocínio, desrespeito as leis marítimas e outros tipos de leis, etc.
Em essência os piratas eram foras da lei, pessoas que viviam uma vida de crimes em busca de riqueza e fama, embora fosse uma vida breve, pois muitos piratas morriam cedo ou quando entravam na pirataria já mais velhos, viviam pouco tempo. O perigo de tempestades, falta de mantimentos, doenças e os conflitos reduzia muito a expectativa de vida, mesmo assim, a pirataria atraiu muitos homens para essa difícil vida de crimes.
No século XVI a pirataria começou a se tornar algo tão comum na vida dos marinheiros e das nações europeias que possuíam colônias ultramarinas como Inglaterra, Espanha, Portugal, França e Holanda, que tais países começaram a delegar cartas de corso autorizando tripulações a poderem saquear navios, vilas e cidades de outras nações. Assim surgiram os corsários.
"Em contrapartida, os corsários, também chamados de gentleman pirate, constituíam-se, em sua
maioria, por piratas que recebiam de seus soberanos cartas de corso ou cursus
tendo liberdade para assaltar e aprisionar embarcações e povoações inimigas dos
Estados pelo qual disponibilizavam seus serviços. Praticavam atos de guerra,
não sendo vistos como simples bandoleiros do mar". (ROCHA NETO, 2009, p. 14 apud TAPAJÓS, 1960).
Sir Francis Drake (1540-1596) foi um dos corsários mais famosos da História, estando a serviço da Coroa Britânica, realizou longas expedições, trazendo para casa um grande tesouro, resultado dos saques cometidos em suas viagens. De fato, alguns piratas começaram a vida como corsários e vendo que não conseguiriam "crescer na vida", se debandaram para a ilegalidade, esse foi o caso de Edward Teach, que ficaria conhecido como o pirata Barba Negra.
Além do termo pirata, os termos bucaneiro e filibusteiro também foram usados na Idade Moderna como sinônimo para pirata, embora originalmente não significavam isso.
"Quanto aos bucaneiros, a origem do termo vem do francês, boucaniers,
designação para os primeiros colonizadores da ilha de Hispaniola ou
Haiti, formados por homens que se dedicavam à caça de porcos e gado selvagem.
Exportavam couro e carne moqueada no bouc, uma espécie de grelha usada
para preservar a carne para a venda e consumo, técnica idealizada pelos
selvícolas Arawak das Caraíbas. Estes colonos, que tiravam seu sustento
através do boucan, passaram a ser conhecidos por bucaneiros. Eles não
atendiam às leis e diretrizes dos governos vigentes". (ROCHA NETO, 2009, p. 14 apud TAPAJÓS, 1960).
"O termo flibusteiro não tem uma origem definida.
Historiadores divergem sobre sua origem nas derivações do inglês; free-booters
ou flyboats, ou do neerlandês; vlieboot ou vrij vuiter. Em
ambas as línguas, os significados assemelham-se a barcos voadores, barcos
rápidos ou navegantes livres. Independente da origem, os bucaneiros, ao
manterem contato com piratas contrabandistas e mercadores, formaram um mundo à
parte na ilha de Hispaniola, logo depois transferido para Tortuga".
(ROCHA NETO, 2009, p. 14).
Uma característica bem conhecida da pirataria da Idade Moderna foi o uso das bandeiras negras, chamadas de "Jolly Roger". Não se sabe ao certo quando essas bandeiras surgiram e a origem do significado do seu nome, contudo, diferente do que se pensa hoje, na tradicional "Jolly Roger" com um crânio e duas tíbias, cada capitão pirata possuía sua própria versão, as vezes mais de uma versão.
As bandeiras eram usadas para impor medo, daí exibirem ossos ou demônios. Não obstante, não significa que todos os navios a usavam comumente, pois tais bandeiras chamavam muita atenção, logo, os piratas evitavam de usá-las toda hora, e até mesmo roubavam bandeiras de países, a fim de se passar por um navio de determinado país.
Embora os piratas fossem homens rudes e cruéis, não significa que fossem totalmente indisciplinados. Alguns capitães procuravam manter a disciplina e a boa conduta em seus navios, evitando apostas, bebedeiras e prostitutas abordo. Para manter a ordem, era designado afazeres para todos, e a desobediência era tratada com castigos corporais, em geral chicotadas nas costas. Embora o capitão fosse o líder, se ele agisse de forma que contraria-se grande parte da tripulação ou fosse opressor, ele poderia ser retirado do cargo através dos motim, e no seu lugar haveria uma eleição para se escolher o novo capitão. Em muitas vezes o capitão deposto, era deixado numa ilha, ou lhe deixavam nu bote com alguns suprimentos. Em casos mais graves, ele era morto e jogado ao mar.
O fato de piratas usarem tapas olhos, pernas de pau, ganchos no lugar da mão decepada, papagaios, etc., não era algo comum, um ou outro fizera isso. Tais características se tornaram marcantes através da literatura a qual ainda no século XVIII começou a estereotipar principalmente os chamados "piratas do Caribe", que se tornaram a base para as fantasias e os personagens que conhecemos hoje em dia nas artes.
Uma característica bem conhecida da pirataria da Idade Moderna foi o uso das bandeiras negras, chamadas de "Jolly Roger". Não se sabe ao certo quando essas bandeiras surgiram e a origem do significado do seu nome, contudo, diferente do que se pensa hoje, na tradicional "Jolly Roger" com um crânio e duas tíbias, cada capitão pirata possuía sua própria versão, as vezes mais de uma versão.
As bandeiras eram usadas para impor medo, daí exibirem ossos ou demônios. Não obstante, não significa que todos os navios a usavam comumente, pois tais bandeiras chamavam muita atenção, logo, os piratas evitavam de usá-las toda hora, e até mesmo roubavam bandeiras de países, a fim de se passar por um navio de determinado país.
A "Jolly Roger" de Edward England, provavelmente a mais conhecida bandeira pirata. |
O fato de piratas usarem tapas olhos, pernas de pau, ganchos no lugar da mão decepada, papagaios, etc., não era algo comum, um ou outro fizera isso. Tais características se tornaram marcantes através da literatura a qual ainda no século XVIII começou a estereotipar principalmente os chamados "piratas do Caribe", que se tornaram a base para as fantasias e os personagens que conhecemos hoje em dia nas artes.
A Era de Ouro da Pirataria
(século XVI ao XVIII)
A chamada Era de Ouro da Pirataria não foi apenas um período da Idade Moderna, mas um acontecimento local, especialmente localizado nas Índias Ocidentais, também conhecido como Novo Mundo e Américas. Entre os séculos XVI e XVIII as colônias americanas se tornaram o principal rendimento das metrópoles europeias, substituindo em parte o lucro gerado com o comércio das especiarias das Índias Orientais (Ásia). Por exemplo, a Espanha lucrou imensamente com a exploração do ouro e da prata advindos do Peru e do México, e por sua vez Portugal enriqueceu bastante com a produção açucareira no Brasil; de fato o Brasil se tornou no século XVII o maior produtor de açúcar do mundo, que na época era o "ouro branco".
"A conquista do Novo Mundo e o contínuo
tráfego de riquezas que trazia consigo, vieram a ser prontamente uma poderosa
isca atrativa nas águas do Atlântico para pirataria do Mundo Antigo, que
até então, havia tomado conta do Mediterrâneo e demais mares interiores. O
brilho dos tesouros da América e das Índias prontamente atraíram bandoleiros
dos mares dispostos a se apoderarem do botim que aquelas terras de domínios
ibéricos extraiam. Logo, com a formação das primeiras frotas navais lusitanas
na Índia, piratas franceses saqueavam a costa ocidental da África por volta do
ano de 1504. Mais tarde, os interesses voltaram-se para as Antilhas, visando a
dominação do comércio espanhol, o centro comercial da América. O El Dorado,
atraía em larga escala navegadores de todo o Velho Continente. (ENCICLOPÉDIA
Universitas, 1952). Galeões espanhóis carregados com um atraente botim de ouro
e prata atraíam, como um poderoso imã, o interesse de bandidos para o desespero
de alguns desavisados comerciantes". (ROCHA NETO, 2009, p. 12).
Porém, a atuação dos piratas embora se deu em vários locais das Américas, suas ações se concentraram no Mar do Caribe, nas Antilhas e Bahamas, foi nesse local central do continente americano que a maioria dos piratas famosos atuaram em seus anos de crime, e até mesmo de forma legal, durante o corso. Sendo assim, ilhas como Cuba, Hispaniola (atualmente a ilha que abriga a República Dominica a e o Haiti), Jamaica, Porto Rico, Costa Rica, as Antilhas e as Bahamas foram os principais centros da ação dos piratas modernos, dos chamados "piratas do Caribe".
Mapa retratando o Mar do Caribe, as Bahamas, as Antilhas, Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e outras localidades. Foco da atuação da pirataria no Novo Mundo. |
“Os ataques dos piratas não se limitavam apenas as
embarcações espanholas e portuguesas, atacavam também as povoações das
desguarnecidas ilhas litorâneas. Os franceses apoderaram-se das várias pequenas
Antilhas, praticamente abandonadas pelos ibéricos, como a parte norte do Haiti,
conhecida até então por Hispaniola, além dos territórios de Dominica,
Guadalupe, Marigalante, Martinica, Santa Lucia e Tortuga. Houve uma tentativa
de expandir seus domínios mediante a fundação de uma colônia no Brasil, a
França Antártica, não limitando suas atividades ao mar das Antilhas e
proximidades. Os britânicos, dentre suas conquistas nos mares caribenhos estão
os territórios: Antingue, Barbados, Bermudas, Montserrat entre outros. O
conflito entre Espanha e Holanda deveu-se à luta pela independência desta
última, onde diversas contendas eclodiram, cabendo a Holanda a posse dos
territórios de: Curaçao, Tobago e Santo Eustáquio. (TAPAJÓS, 1960) Estas ilhas
das Índias Ocidentais, segundo Charles Johnson, concentraram mais piratas do
que em qualquer outra parte do mundo”. (ROCHA NETO, 2009, p. 13).
“Por volta do ano de 1724, o inglês Charles
Rivington, em Londres, publicou a obra: Uma história geral dos roubos e crimes
de piratas famosos, de autoria do capitão Charles Johnson. A obra vendeu cerca
de um milhão de exemplares, tornando-se um best seller repentinamente,
ganhando um segundo volume no ano de 1726. Escrito de forma jornalística,
Charles Johnson narra os feitos dos piratas mais famosos do Reino Unido, fato
este que permaneceu a principal fonte de referência sobre os hábitos, costumes
e comportamento dos bandoleiros de alto-mar do início do século XVIII”. (ROCHA
NETO, 2009, p. 1).
Ainda hoje a obra de Rivington, Uma história geral dos roubos e crimes de piratas famosos é uma das principais fontes para se estudar este período, embora deva ser lida com atenção, pois Rivington a escreveu de forma jornalística e não historiográfica, prezando por criar um enredo atrativo para leitor, mas sem se importar em garantir a veracidade e neutralidade perante os fatos. Os próprios produtores de Assassin's Creed IV chegaram a dizer que utilizaram essa obra como uma das fontes para escrever a trama do jogo. Entre 1650 e 1720 os mais notórios piratas da história viveram e realizaram seus crimes. De fato considera-se que a morte de Bartholomew Roberts (1680-1722) na África, encerrara a era de ouro da pirataria. Roberts ficou conhecido por ter ao longo dos seus quatro anos como pirata, ter assaltado mais de 400 embarcações, embora se conteste a veracidade de tais relatos. Outro proeminente pirata foi o Barba Negra que curiosamente também tivera uma carreira curta atuando entre 1714 e 1718. Diferente do que se pensa, Barba Negra não foi um dos melhores piratas que houve, sua fama se deve pela fama que se construiu após a sua morte, uma espécie de mitificação de seus feitos, onde até mesmo sugiram história inventadas para enaltecer seus atos. Embora Barba Negra não tenha sido tão grande assim, ele ficou conhecido por sua agressividade e temperamento esquentado.
O ataque a Nassau anteriormente chamada de Charles Town, ocorrido em 1718, onde o capitão Woodes Rogers enviado pela Coroa Britânica para expulsar os piratas da ilha, pois Nassau se tornara o principal reduto da pirataria na região, terminando com a vitória dos ingleses. No jogo, tal fato histórico é retratado parcialmente.
A morte do Barba Negra na baía Ocracoke na Carolina do Norte em 21 de novembro de 1718 também é retratada no jogo, onde o infame pirata foi tomado de assalto pela tripulação do capitão Maynard, o qual conseguiu localizar o Queen Anne's Revenge o navio do Barba Negra. A tripulação foi quase totalmente executada, e no fim após ser alvejado Edward Teach morreu e sua cabeça foi cortada e levada para o governador da Carolina do Norte.
A captura do pirata Barba Negra, 1718 a decisiva batalha do pirata Barba Negra e o capitão Maynard na baía de Ocracoke. Jean Leon Gerome Ferris, 1920. |
A prisão de Anne Bonny, Mary Read, Charles Vane e Calico Jack também aparecem no jogo, tendo esses quatro sido presos em 1719-1720, vindo Mary, Charles e Jack falecerem na prisão jamaicana em 1720. A ascensão de Bartholomew Roberts como pirata na ilha do Príncipe na costa ocidental africana, também é mencionada no jogo, embora de forma bem diferente da história real.
Sobre o assunto veja também:
O Barba Negra
Piratas e Corsários na Idade Moderna
Assassin's Creed: Unity (1789-1794)
Dessa vez a trama da série volta a abordar outra revolução, neste caso, a Revolução Francesa (1789-1799), embora que diferente de AC III, no qual a história se desenrola ao longo de todo o período revolucionário, em Unity, a história do jogo só compreende o começo da revolução, mais especificamente sua fase mais turbulenta. Neste jogo o protagonista é o Assassino franco-austríaco Arno Victor Dorian (1768-?) o qual se une a Ordem dos Assassinos e acaba se envolvendo nos acontecimentos que levaram a revolução. O começo do jogo como nos outros da série, consiste num tutorial. Este tutorial se passa na Paris medieval, mostrando o Grão-mestre templário Jacques De Molay (1244-1314), o qual rouba a Maçã a e Espada do Éden, do Templo. De Molay acaba sendo capturado, mas outro templário consegue esconder as duas Peças do Éden. Séculos depois, ainda continuando o tutorial, vemos um Arno criança, passeando pelo luxuoso Palácio de Versalhes em companhia de seu pai, o Assassino Charles Dorian (?-1776).
No ocasião, seu pai estava disfarçado em uma missão, por sua vez, Arno conhece Elise de la Serre, o amor de sua vida. O pai de Arno acaba sendo descoberto pelos Templários e é assassinado. Arno acaba sendo adotado por François de la Serre (1733-1789), Grande Mestre da Ordem dos Templários do Rito Parisiense. De la Serre sabendo do amor de Arno por sua filha, passa a usar o jovem para seus objetivos, pois ele não sabia que seu pai era um Assassino.
Anos se passam, e começa-se a história do jogo. Iludido por seu padrasto, Arno realiza várias missões para ele. Ao mesmo tempo que se magoa pela falta de reciprocidade de Elise com seu amor. No entanto, François de la Serre acaba sendo traído pela própria Ordem dos Templários e é assassinado. Arno e Elise perdem seu protetor. No caso de Arno ele acaba tendo problemas e é preso, sendo enviado para a Bastilha, antiga fortaleza transformada em prisão. Na Bastilha, Arno conhece um homem chamado Pierre Bellic, o qual diz ser um Assassino. Durante a invasão da Bastilha em 14 de julho de 1789, os dois aproveitam para fugir, e Arno é convidado por Bellic a se aliar a Ordem dos Assassinos.
Entrando na Ordem, Arno passa a desempenhar missões que acabam repercutindo no desenvolvimento da Revolução Francesa, recém-iniciada. Por outro lado, ele decide buscar os responsáveis pela morte de seu pai e de seu padastro, assim como, tentar evitar que Elise acabe morrendo em sua jornada de vingança.
Arno nas suas missões acaba encontrando figuras históricas como o Marquês de Sade (1740-1814), Napoleão Bonaparte (1769-1821) e Maximilien de Robespierre (1759-1794). Todavia, enquanto a revolução prossegue de forma violenta nesses primeiros anos, Arno se depara que a busca por informações sobre a Primeira Civilização, estava a frente de um complô que se alastrava entre a própria Ordem dos Templários.
O jogo trouxe gráficos adaptados aos consoles da atual geração, um mapa de Paris amplo e bastante detalhado. Novas mecânicas de movimentação, combate e inteligência artificial, novas armas como a Phantom Blade (uma mistura de lâmina oculta com besta), novas habilidades, etc. O modo multiplayer foi reelaborado, e uma das novidades é a possibilidade de se jogar o modo história (story mode) com mais três pessoas. Embora Arno seja o protagonista, agora ele poderá contar nas missões principais com o apoio de mais três Assassinos, controlados por outros jogadores.
Todavia, os problemas de queda de frame, travamentos, bugs, glitches, personagens e missões sumindo, etc. Pesaram bastante contra o jogo, principalmente para a versão de computador. Além disso, embora a história tenha como plano de fundo a Revolução Francesa, tal fato não foi bem adaptado como no caso da Revolução Americana, resultando em reclamações por parte dos fãs de que a história de AC Unity, deixou a desejar.
Contexto histórico:
Assassin's Creed: Syndicate (1868)
Nesse sexto jogo da série principal, a trama se passa na movimentada, urbanizada e poluída Londres da segunda metade do século XIX. A Inglaterra é o berço da Revolução Industrial, e em 1868 era a nação mais avançada industrialmente do mundo. Fábricas surgem por todos os cantos, milhares de operários se sujeitam a exploração do trabalho, em jornadas diárias de no mínimo 12 horas, e sem dispor de direitos trabalhistas. O capitalismo torna-se aquilo que Marx previu: a opressão do homem pelo homem. E em meio a estes capitalistas industriais estão os Templários, os quais formaram um verdadeiro Sindicato sobre a cidade. Sindicato esse que possui contatos com o governo e a Igreja.
Diferente de outros jogos da série onde só há um protagonista (exceto em Revelations que temos o Ezio e o Altaïr), em Syndicate jogamos com os irmãos gêmeos Jacob Frye (1847-?) e Evie Frye (1847-?), os quais se apresentam como os últimos descendentes de uma linhagem de Assassinos ingleses à beira da extinção. Nesse ponto a trama do jogo se conecta com a história de alguns quadrinhos. Em uma carta escrita pelo Assassino Henry Green, em resposta ao assassino indiano Arbaaz Mir (personagem que aparece nos quadrinhos), o qual solicitava ajuda. Green infelizmente informa que a Ordem dos Assassinos em seu país estava destruída, havendo ele e mais dois irmãos em atuação. No caso, os Frye não poderiam ajudá-los no momento.
Antes de seguirem para Londres, Jacob e Evie vão atrás de dois Templários, chamados Ruppert Ferris e Lucy Thorne. Cada irmão apesar de poderem fazer missões em comum, algumas são específicas. Por exemplo, nesse começo que serve de tutorial também, Jacob vai atrás de Ferris, enquanto Evie vai a procura de Throne. Durante a missão para assassinar a ocultista Lucy Thorne, Evie se depara com o diretor David Brewster, o qual estava de posse de um dos Pedaços do Éden, porém, ele acaba explodindo durante o conflito. Antes de morrer, Brewster confessa que existe uma outra relíquia, bem mais poderosa e que estava escondida em Londres.
A par dessa notícia os Frye decidem por contra própria confrontar o Sindicato dos templários que governam Londres, tanto seus negócios lícitos e ilicítos. Essa organização é liderada pelo ambicioso e arrogante Crawford Starrick, um magnata da indústria. Assim, os irmãos se unem a Henry Green para descobrir a localização do outro Pedaço do Éden e confrontar o Sindicato.
Sobre o assunto veja também:
O Barba Negra
Piratas e Corsários na Idade Moderna
Assassin's Creed: Unity (1789-1794)
Arno Victor Dorian |
No ocasião, seu pai estava disfarçado em uma missão, por sua vez, Arno conhece Elise de la Serre, o amor de sua vida. O pai de Arno acaba sendo descoberto pelos Templários e é assassinado. Arno acaba sendo adotado por François de la Serre (1733-1789), Grande Mestre da Ordem dos Templários do Rito Parisiense. De la Serre sabendo do amor de Arno por sua filha, passa a usar o jovem para seus objetivos, pois ele não sabia que seu pai era um Assassino.
Anos se passam, e começa-se a história do jogo. Iludido por seu padrasto, Arno realiza várias missões para ele. Ao mesmo tempo que se magoa pela falta de reciprocidade de Elise com seu amor. No entanto, François de la Serre acaba sendo traído pela própria Ordem dos Templários e é assassinado. Arno e Elise perdem seu protetor. No caso de Arno ele acaba tendo problemas e é preso, sendo enviado para a Bastilha, antiga fortaleza transformada em prisão. Na Bastilha, Arno conhece um homem chamado Pierre Bellic, o qual diz ser um Assassino. Durante a invasão da Bastilha em 14 de julho de 1789, os dois aproveitam para fugir, e Arno é convidado por Bellic a se aliar a Ordem dos Assassinos.
Arno e Elise |
Arno nas suas missões acaba encontrando figuras históricas como o Marquês de Sade (1740-1814), Napoleão Bonaparte (1769-1821) e Maximilien de Robespierre (1759-1794). Todavia, enquanto a revolução prossegue de forma violenta nesses primeiros anos, Arno se depara que a busca por informações sobre a Primeira Civilização, estava a frente de um complô que se alastrava entre a própria Ordem dos Templários.
O jogo trouxe gráficos adaptados aos consoles da atual geração, um mapa de Paris amplo e bastante detalhado. Novas mecânicas de movimentação, combate e inteligência artificial, novas armas como a Phantom Blade (uma mistura de lâmina oculta com besta), novas habilidades, etc. O modo multiplayer foi reelaborado, e uma das novidades é a possibilidade de se jogar o modo história (story mode) com mais três pessoas. Embora Arno seja o protagonista, agora ele poderá contar nas missões principais com o apoio de mais três Assassinos, controlados por outros jogadores.
Todavia, os problemas de queda de frame, travamentos, bugs, glitches, personagens e missões sumindo, etc. Pesaram bastante contra o jogo, principalmente para a versão de computador. Além disso, embora a história tenha como plano de fundo a Revolução Francesa, tal fato não foi bem adaptado como no caso da Revolução Americana, resultando em reclamações por parte dos fãs de que a história de AC Unity, deixou a desejar.
Contexto histórico:
Como esse post ficou extenso, e chegado o momento de falar sobre a Revolução Francesa, o qual é um tema longo, optei ao invés de escrever um resumo sobre o assunto, pôr os links dos três artigos que escrevi sobre a revolução.
Nesse sexto jogo da série principal, a trama se passa na movimentada, urbanizada e poluída Londres da segunda metade do século XIX. A Inglaterra é o berço da Revolução Industrial, e em 1868 era a nação mais avançada industrialmente do mundo. Fábricas surgem por todos os cantos, milhares de operários se sujeitam a exploração do trabalho, em jornadas diárias de no mínimo 12 horas, e sem dispor de direitos trabalhistas. O capitalismo torna-se aquilo que Marx previu: a opressão do homem pelo homem. E em meio a estes capitalistas industriais estão os Templários, os quais formaram um verdadeiro Sindicato sobre a cidade. Sindicato esse que possui contatos com o governo e a Igreja.
Diferente de outros jogos da série onde só há um protagonista (exceto em Revelations que temos o Ezio e o Altaïr), em Syndicate jogamos com os irmãos gêmeos Jacob Frye (1847-?) e Evie Frye (1847-?), os quais se apresentam como os últimos descendentes de uma linhagem de Assassinos ingleses à beira da extinção. Nesse ponto a trama do jogo se conecta com a história de alguns quadrinhos. Em uma carta escrita pelo Assassino Henry Green, em resposta ao assassino indiano Arbaaz Mir (personagem que aparece nos quadrinhos), o qual solicitava ajuda. Green infelizmente informa que a Ordem dos Assassinos em seu país estava destruída, havendo ele e mais dois irmãos em atuação. No caso, os Frye não poderiam ajudá-los no momento.
Os irmãos Evie e Jacob Frye. |
A par dessa notícia os Frye decidem por contra própria confrontar o Sindicato dos templários que governam Londres, tanto seus negócios lícitos e ilicítos. Essa organização é liderada pelo ambicioso e arrogante Crawford Starrick, um magnata da indústria. Assim, os irmãos se unem a Henry Green para descobrir a localização do outro Pedaço do Éden e confrontar o Sindicato.
Na capital inglesa eles se deparam não apenas com a imensidão daquela metrópole, mas com a extensão da influência dos templários, fora e dentro do mundo do crime. Com isso os Frye criaram uma organização criminosa chamada Rooks, para combater as gangues que estão sob influência dos Templários, especialmente a Blighters.
A cidade de Londres está bem representada nesse jogo, inclusive o mapa é maior do que a Paris de Unity. Aqui é possível visitar os principais pontos turísticos e monumentos históricos da época como a Torre de Londres, o Palácio de Buckingham, o Parlamento, a Catedral de St. Paul, o Teatro Alhambra, o Banco da Inglaterra, o sombrio bairro de Whitechapel, cenário dos crimes de Jack, o Estripador em 1888, e até mesmo pode se visitar a casa de Edward Kenway, protagonista do quarto jogo da série.
Em Syndicate percebemos algumas características de outros jogos da série retornarem como o uso de tirolesa, o uso de cordas para fazer rapel, facas de arremesso e bombas de fumaça, carruagens, apesar de que aqui torna-se mais recorrente usar carruagens para viajar pela cidade. O jogo também mantém uma jogabilidade similar com seu antecessor o Unity, apesar de trazer mudanças no modo combate, pois Jacob e Evie usam golpes de boxe, além de haver torneios de luta e brigas de gangues. No caso, armas como o soco inglês e a faca kukri são algumas das novidades. Inclusive a possibilidade de usar boina e cartola ao invés do tradicional capuz, está disponível. Não obstante, o jogo permite que possa se alterar em se jogar com Evie ou Jacob quando quiser, com isso Evie tornou-se a primeira protagonista feminina de um jogo de AC da série principal, já que a primeira protagonista de AC foi Aveline de Grandrapé, de um dos spin-off de AC III.
Acerca da história que se passa em Syndicate, essa é breve e apesar de contar com vários personagens históricos como Karl Marx (1818-1883), a Rainha Victoria (1812-1901), o famoso escritor Charles Dickens (1812-1870), o naturalista Charles Darwin (1809-1882), o médico John Elliotson (1791-1868), a enfermeira Florence Nightingale (1820-1910), o empresário e inventor Alexander Graham Bell (1847-1922) entre outros, ainda assim, os fatos históricos são irrisórios na trama do jogo. Os personagens históricos citados são coadjuvantes na trama, embora alguns possuam suas próprias missões secundárias.
Como comentado por mim acerca do Unity, embora sua história se passasse na Revolução Francesa (1789-1799), muito pouco foi abordado da mesma. Em Syndicate o mesmo ocorre, pois o foco se dá em missões de teor fictício, no combate entre gangues, missões secundárias e o restabelecimento da Ordem em Londres. Mesmo as DLCs que trazem outros personagens históricos como Jack, o Estripador e o marajá Duleep Singh (1838-1893), expandindo a cronologia do jogo para as décadas de 1880 e 1890, ainda assim, são de conteúdo fictício.
A cidade de Londres está bem representada nesse jogo, inclusive o mapa é maior do que a Paris de Unity. Aqui é possível visitar os principais pontos turísticos e monumentos históricos da época como a Torre de Londres, o Palácio de Buckingham, o Parlamento, a Catedral de St. Paul, o Teatro Alhambra, o Banco da Inglaterra, o sombrio bairro de Whitechapel, cenário dos crimes de Jack, o Estripador em 1888, e até mesmo pode se visitar a casa de Edward Kenway, protagonista do quarto jogo da série.
Em Syndicate percebemos algumas características de outros jogos da série retornarem como o uso de tirolesa, o uso de cordas para fazer rapel, facas de arremesso e bombas de fumaça, carruagens, apesar de que aqui torna-se mais recorrente usar carruagens para viajar pela cidade. O jogo também mantém uma jogabilidade similar com seu antecessor o Unity, apesar de trazer mudanças no modo combate, pois Jacob e Evie usam golpes de boxe, além de haver torneios de luta e brigas de gangues. No caso, armas como o soco inglês e a faca kukri são algumas das novidades. Inclusive a possibilidade de usar boina e cartola ao invés do tradicional capuz, está disponível. Não obstante, o jogo permite que possa se alterar em se jogar com Evie ou Jacob quando quiser, com isso Evie tornou-se a primeira protagonista feminina de um jogo de AC da série principal, já que a primeira protagonista de AC foi Aveline de Grandrapé, de um dos spin-off de AC III.
Acerca da história que se passa em Syndicate, essa é breve e apesar de contar com vários personagens históricos como Karl Marx (1818-1883), a Rainha Victoria (1812-1901), o famoso escritor Charles Dickens (1812-1870), o naturalista Charles Darwin (1809-1882), o médico John Elliotson (1791-1868), a enfermeira Florence Nightingale (1820-1910), o empresário e inventor Alexander Graham Bell (1847-1922) entre outros, ainda assim, os fatos históricos são irrisórios na trama do jogo. Os personagens históricos citados são coadjuvantes na trama, embora alguns possuam suas próprias missões secundárias.
Os irmãos Frye conversando com Charles Darwin. |
Contexto histórico
Elementos históricos em Syndicate são bem simplórios e até dificulta fazer uma análise como mostrada nos outros jogos. Nesse ponto, Syndicate lembra Brotherhood, Revelations e Black Flag por se valer de personagens históricos aplicados a histórias fictícias. Inclusive tornando alguns deles em vilões. Por exemplo, no jogo Jacob e Charles Darwin investigam a produção de um falso medicamento que está fazendo as pessoas adoecerem. Darwin atuando como inspetor de medicamentos? Então eles descobrem que o responsável pela fórmula desse xarope venenoso é o médico John Elliotson, o qual historicamente foi um renomado e respeitado médico e professor de medicina, mas no jogo tornou-se um criminoso aliado dos Templários.
Devido a falta de fatos históricos mais consistentes, achei melhor não ficar comentando a respeito da biografia dos personagens históricos presentes no jogo, os quais são muitos. Depois de AC III, Syndicate é o jogo que mais traz personagens históricos. Mas no que se refere ao contexto da época em que o jogo se passa, a Inglaterra como dito era a nação mais rica do mundo ainda naquele momento, sendo Londres a metrópole mais populosa e próspera da Europa, apesar de concentrar um elevado número de pobres e miseráveis, pois estamos falando de uma época que a cidade que contava com cerca de 2 milhões de habitantes, vivenciava problemas de infraestrutura, saneamento básico, poluição, surtos de doenças como febre amarela, cólera e disenteria, além de problemas com fome, violência, desemprego, exploração do trabalho etc. Tais características em parte são apresentadas no jogo, algo que ele acerta bem em mostrar esse cenário dicotômico de Londres, fato esse comentado por Karl Marx e Charles Dickens, personagens presentes no jogo.
Sobre o assunto, veja também:
Assassin's Creed: Origins (49-43 a.C)
O décimo jogo da franquia se passa no Egito Antigo, embora não seja a primeira história a anteceder a Idade Média. Nos quadrinhos, o assassino Accipter viveu no século III d.C, na época do Império Romano. Todavia, Origins remonta séculos antes a existência de Accipter, apesar de não abandonar a temática romana, pois em Origins, vemos um Egito com governo fragilizado, os últimos monarcas da Dinastia Ptolomaica (303-30 a.C), e curiosamente nesse período final, o mais poderoso deles foi a rainha Cleópatra VII. No caso, o jogo aborda esse contexto conturbado da disputa de poder do jovem rei Ptolomeu XIII junto com sua irmãs e esposa Cleópatra.
Esse é o pano de fundo histórico, por sua vez, a trama do jogo apresenta o Assassino Bayek de Siuá (85 a.C - ?), nascido numa pequena tribo em um oásis líbio, conhecido por ter um oráculo dedicado ao deus Amon. Bayek faz parte dos Medjai, condição essa herdada de seu pai Sabu. Ele cresce na vila de Siuá ajudando a população local, além de protegê-la de inimigos. Na sua adolescência Bayek conheceu Aya (79 a.C - ?), uma egípcia com descendência grega, que se mudou com sua tia para Siuá. Os dois acabraam se apaixonando e vem a se casar, tendo um filho chamado Khamu (?-49 a.C), o qual tem um papel importante como catalizador dessa história, pois a morte de Khamu será o motivo principal e inicial pelo qual Bayek e Aya entrarão em conflito contra a Ordem dos Anciões.
Antes da criação da Ordem dos Templários, algo ocorrido no século XII, seus ideários já existiam segundo informado na série Assassin's Creed. Essas ideias remontam há muitos séculos. De acordo com o jogo, a Ordem dos Anciões foi criada pelo faraó Semencaré em 1334 a.C, com o intuito de se utilizar relíquias ancestrais, as quais conteriam os poderes dos deuses. Semencaré estava diante dos Pedaços do Éden, apesar de acreditar que fossem relíquias dos deuses egípcios. A ideia era usar aqueles antigos poderes para controlar o Egito e depois estender para a dominação mundial. No século I a.C, os Anciões desconfiavam que uma das relíquias antigas estivesse escondida em Siuá, defendida pelos Medjai. A partir da tentativa de encontrar essa relíquia, Bayek e Aya entram em conflito com os Anciões, mas para a infelicidade do casal, o pequeno Khamu é assassinado, levando seus pais a perseguirem os Anciões e adentrando em suas intrigas políticas que se estendiam a Grécia e a Roma.
Um dos planos da Ordem dos Anciões era usar o monarca Ptolomeu XIII a seu favor, porém, Bayek e Aya decidem impedir isso, e passaram a apoiar Cleópatra e sua rede de espiões, a fim de identificar os Anciões infiltrados na política egípcia, sendo eles conhecidos pelos epítetos de animais, sendo o líder chamado de Leão. Embora Aya estivesse a serviço de Cleópatra, tentando ajudar a rainha a alcançar o poder, essa aliança frágil acabou se complicando. Cleópatra se aliou ao veterano general romano Júlio César, e os dois se mostraram contrários as intenções de Bayek e Aya, o que os levou a criar os Ocultos, nome pelo qual a Irmandade dos Assassinos passou a ser conhecida no início. Assim, o casal reuniu apoiadores, e por sua vez, Aya viajou para Roma, fundando uma filial dos Ocultos lá.
O jogo retoma alguns aspectos da jogabilidade dos jogos anteriores da série, apesar de trazer um mapa amplo para ser explorado, sendo que ao invés de se explorar grandes cidades como visto em Brotherhood, Revelations, Unity e Syndicate, retoma-se a exploração vista em AC 3 e 4, mesclando áreas abertas, campos, no caso, desertos, bosques, oásis, o rio Nilo, etc. Além de visitar as históricas cidades de Alexandria, Mênfis, Heraclion, Crocodopólis, Cirene, entre outras. No caso, o jogo trás uma bela ambientação do Egito antigo, além de representações da sua cultura, assim como, a condição dos protagonistas e vários outros personagens terem a pele mais escura, não sendo brancos como normalmente se percebe erroneamente em filmes, novelas, desenhos e pinturas.
No que se refere a novidades da jogabilidade temos o uso da visão da águia alterada, dessa vez implicando em literalmente enxergar pelos olhos de um falcão chamado Senu. Mas a grande novidade trata-se dos elementos de RPG inserido no jogo, a customização de equipamentos e a presença de desafios extras, como o combate contra os deuses, exploração de tumbas no Vale dos Reis, confronto contra inimigos mais poderosos, o que inclui gladiadores e até elefantes. Os elementos de RPG revigoraram a série, apesar de não ter agradado os fãs mais antigos, os quais consideram uma descaracterização da série.
O décimo jogo da franquia se passa no Egito Antigo, embora não seja a primeira história a anteceder a Idade Média. Nos quadrinhos, o assassino Accipter viveu no século III d.C, na época do Império Romano. Todavia, Origins remonta séculos antes a existência de Accipter, apesar de não abandonar a temática romana, pois em Origins, vemos um Egito com governo fragilizado, os últimos monarcas da Dinastia Ptolomaica (303-30 a.C), e curiosamente nesse período final, o mais poderoso deles foi a rainha Cleópatra VII. No caso, o jogo aborda esse contexto conturbado da disputa de poder do jovem rei Ptolomeu XIII junto com sua irmãs e esposa Cleópatra.
Esse é o pano de fundo histórico, por sua vez, a trama do jogo apresenta o Assassino Bayek de Siuá (85 a.C - ?), nascido numa pequena tribo em um oásis líbio, conhecido por ter um oráculo dedicado ao deus Amon. Bayek faz parte dos Medjai, condição essa herdada de seu pai Sabu. Ele cresce na vila de Siuá ajudando a população local, além de protegê-la de inimigos. Na sua adolescência Bayek conheceu Aya (79 a.C - ?), uma egípcia com descendência grega, que se mudou com sua tia para Siuá. Os dois acabraam se apaixonando e vem a se casar, tendo um filho chamado Khamu (?-49 a.C), o qual tem um papel importante como catalizador dessa história, pois a morte de Khamu será o motivo principal e inicial pelo qual Bayek e Aya entrarão em conflito contra a Ordem dos Anciões.
Bayek e Aya, os fundadores do Credo dos Assassinos. |
Um dos planos da Ordem dos Anciões era usar o monarca Ptolomeu XIII a seu favor, porém, Bayek e Aya decidem impedir isso, e passaram a apoiar Cleópatra e sua rede de espiões, a fim de identificar os Anciões infiltrados na política egípcia, sendo eles conhecidos pelos epítetos de animais, sendo o líder chamado de Leão. Embora Aya estivesse a serviço de Cleópatra, tentando ajudar a rainha a alcançar o poder, essa aliança frágil acabou se complicando. Cleópatra se aliou ao veterano general romano Júlio César, e os dois se mostraram contrários as intenções de Bayek e Aya, o que os levou a criar os Ocultos, nome pelo qual a Irmandade dos Assassinos passou a ser conhecida no início. Assim, o casal reuniu apoiadores, e por sua vez, Aya viajou para Roma, fundando uma filial dos Ocultos lá.
Cleópatra e Júlio César |
No que se refere a novidades da jogabilidade temos o uso da visão da águia alterada, dessa vez implicando em literalmente enxergar pelos olhos de um falcão chamado Senu. Mas a grande novidade trata-se dos elementos de RPG inserido no jogo, a customização de equipamentos e a presença de desafios extras, como o combate contra os deuses, exploração de tumbas no Vale dos Reis, confronto contra inimigos mais poderosos, o que inclui gladiadores e até elefantes. Os elementos de RPG revigoraram a série, apesar de não ter agradado os fãs mais antigos, os quais consideram uma descaracterização da série.
Origins realmente apresenta o começo dos Assassinos (mesmo que na realidade eles tenham surgido na Pérsia). Nas missões finais temos Bayek e Aya debatendo sobre a criação do Credo, do uso do termo Ocultos, além do surgimento do símbolo da ordem, a criação das irmandades, o uso de capuz e capa, da lâmina oculta e outras referências vistas na série.
Contexto histórico:
Contexto histórico:
Apesar de envolver o motivo de vingança, algo já visto em outros jogos da série, e retomar os complôs políticos, o pano de fundo histórico de Origins é até simples, mas com modificações históricas. Na trama do jogo, os Anciões estão apoiando o jovem rei Ptolomeu XIII (62-47 a.C), o qual era casado com sua irmã Cleópatra VII (69-30 a.C). Historicamente Ptolomeu XIII tentou se livrar da irmã, a qual atuava como regente, por ser mais velha, no jogo isso é dito ter sido motivado pela Ordem dos Anciões, assim, Cleópatra decide apoiar Aya e Bayek, no intuito, de assassinar o irmão e tomar o trono para si.
No ano de 47 a.C, Júlio César (100-44 a.C), famoso general, político e advogado romano, havia visitado o Egito atrás de seu antigo amigo, e agora inimigo, Pompeu, o Grande (106-48 a.C), mas ficou sabendo que o mesmo havia sido assassinado a mando de Ptolomeu XIII. Todavia, enquanto permanecia no Egito, César foi visitado pela rainha Cleópatra, a qual tornou-se sua amante e o incentivou a apoiar sua causa de reaver o trono. Ptolomeu XIII foi morto em 47 a.C, sendo sucedido por seu irmão Ptolomeu XIV (60-44 a.C), o qual se casou com Cleópatra, sendo bem dizer, um governante fantoche, pois Cleópatra governava com o apoio de Roma, representado na figura de César. Além do fato que o casamento real era mera fachada. Em Origins Ptolomeu XIV não aparece e esse casamento não é citado.
No ano de 47 a.C, Júlio César (100-44 a.C), famoso general, político e advogado romano, havia visitado o Egito atrás de seu antigo amigo, e agora inimigo, Pompeu, o Grande (106-48 a.C), mas ficou sabendo que o mesmo havia sido assassinado a mando de Ptolomeu XIII. Todavia, enquanto permanecia no Egito, César foi visitado pela rainha Cleópatra, a qual tornou-se sua amante e o incentivou a apoiar sua causa de reaver o trono. Ptolomeu XIII foi morto em 47 a.C, sendo sucedido por seu irmão Ptolomeu XIV (60-44 a.C), o qual se casou com Cleópatra, sendo bem dizer, um governante fantoche, pois Cleópatra governava com o apoio de Roma, representado na figura de César. Além do fato que o casamento real era mera fachada. Em Origins Ptolomeu XIV não aparece e esse casamento não é citado.
Cleópatra teve um filho com César, chamado Cesarion (47-30 a.C), o qual aparce brevemente no jogo. No ano de 46 a.C, a rainha do Egito visitou Roma, passando alguns meses na cidade eterna. Lembrando que Júlio César era casado, mas suspeita-se que sua esposa desconfiasse do caso do marido. A presença de Cleópatra em Roma, é apresentada rapidamente no jogo.
Posteriormente a sua estada em Roma, ela retornou para Mênfis, capital do Egito. No jogo, a união de Cleópatra e César desagradou Bayek e Aya, levando-os a se contraporem a eles. No caso, Aya viajou para Roma, a fim de espionar e planejar a morte de Júlio César, então ditador de Roma. Aya adotou o nome Amunet, posteriormente, tornando-se uma das lendárias Assassinas.
Posteriormente a sua estada em Roma, ela retornou para Mênfis, capital do Egito. No jogo, a união de Cleópatra e César desagradou Bayek e Aya, levando-os a se contraporem a eles. No caso, Aya viajou para Roma, a fim de espionar e planejar a morte de Júlio César, então ditador de Roma. Aya adotou o nome Amunet, posteriormente, tornando-se uma das lendárias Assassinas.
No ano de 44 a.C César foi assassinado, iniciando uma breve guerra civil entre seus aliados e os senadores traidores, no que resultou na aliança de Otaviano (63 a.C - 14 d.C) e Marco Antônio (83-30 a.C), os quais iniciaram a vingança contra Cássio e Brutus, conspiradores que planejaram a morte de César. Eventualmente, Marco Antônio visitou o Egito e tornou-se o novo amante de Cleópatra. A aliança de Marco Antônio com Cleópatra, anos depois não agradou Otaviano, o qual tornou-se inimigo dos dois.
No que se refere ao faraó Semencaré, o qual no jogo é dito ter sido o fundador da Ordem dos Anciões, sua identidade ainda é um mistério. Semencaré governou brevemente entre 1338 e 1334 a.C. Tendo reinado após Aquenaton, famoso faraó que tentou implantar o monoteísmo no Egito, tornando o culto ao deus-sol Aton, único. Além disso, Aquenaton é conhecido por ter sido casado com Nefertiti e por ser pai de Tutancamon. No caso, antes de Tutancamon ser nomeado faraó aos 9 anos, Semencaré assumiu o trono brevemente. Não se sabe se ele seria irmão de Aquenaton, ou seu genro. Sobre seu reinado e vida, praticamente nada se conhece.
Siuá era realmente sede de um importante oráculo dedicado ao deus Amon, uma das personificações divinas do Sol. Todavia, os gregos consideravam que Amon fosse outro nome para Zeus, então o chamavam de Zeus-Amon. No ano de 332 a.C, Alexandre, o Grande visitou o oráculo. Ele teria indagado sobre sua paternidade, se seria um semideus ou um humano, e se deveria enfrentar o imperador persa Dario III. O oráculo respondeu que Alexandre era um semideus, sendo filho de Zeus, e ele teria vitória sobre os persas.
Assassin's Creed: Odyssey (431 a.C)
No que se refere ao faraó Semencaré, o qual no jogo é dito ter sido o fundador da Ordem dos Anciões, sua identidade ainda é um mistério. Semencaré governou brevemente entre 1338 e 1334 a.C. Tendo reinado após Aquenaton, famoso faraó que tentou implantar o monoteísmo no Egito, tornando o culto ao deus-sol Aton, único. Além disso, Aquenaton é conhecido por ter sido casado com Nefertiti e por ser pai de Tutancamon. No caso, antes de Tutancamon ser nomeado faraó aos 9 anos, Semencaré assumiu o trono brevemente. Não se sabe se ele seria irmão de Aquenaton, ou seu genro. Sobre seu reinado e vida, praticamente nada se conhece.
Siuá era realmente sede de um importante oráculo dedicado ao deus Amon, uma das personificações divinas do Sol. Todavia, os gregos consideravam que Amon fosse outro nome para Zeus, então o chamavam de Zeus-Amon. No ano de 332 a.C, Alexandre, o Grande visitou o oráculo. Ele teria indagado sobre sua paternidade, se seria um semideus ou um humano, e se deveria enfrentar o imperador persa Dario III. O oráculo respondeu que Alexandre era um semideus, sendo filho de Zeus, e ele teria vitória sobre os persas.
Assassin's Creed: Odyssey (431 a.C)
O novo jogo da franquia dessa vez retorna ainda mais no tempo, ocorrendo séculos antes de Origins, tendo como cenário a Grécia Antiga. A história inicia-se com um prelúdio que remonta o ano de 480 a.C. com a famosa Batalha das Termópilas, onde uma tropa de espartanos, liderada pelo Rei Leônidas I, ao lado de alguns aliados, confrontaram o exército persa do rei Xerxes I, cujas tropas cruzavam pelo desfiladeiro das Termópilas. Apesar dos espartanos e seus aliados terem perdido o conflito, ainda assim, a batalha ficou famosa pela bravura e resistência daqueles guerreiros que resistiram por alguns dias a pressão de um exército bem mais numeroso.
No jogo, após o encerramento desse confronto, é mostrado que a lança de Leônidas foi achada e continha os restos de DNA de dois irmãos: Alexios e Kassandra (conhecidos como misthios por conta de serem mercenários), os quais são os protagonistas desse jogo. A cientista Layla Hassan que aparece em Origins, dessa vez retorna para tentar buscar informações sobre um antigo artefato chamado Cajado de Hermes, que estaria escondido em algum local da Grécia. Com a ajuda de Victoria Bibeau, elas extraem o DNA dos irmãos espartanos e dão início a sua investigação na antiga Grécia.
Odyssey segue uma premissa estabelecida em Syndicate, na qual permite-se que se escolha uma protagonista feminina. De resto, a jogabilidade é baseada em Origins, retomando os aspectos de RPG, só que algumas melhorias e modificações no estilo de combate. Nesse ponto pelo fato do jogo adotar aspectos de RPG, os produtores decidiram inserir elementos mitológicos na trama, como visto em Origins, onde se enfrentavam alguns deuses egípcios. Assim, em Odyssey é possível lutar contra icônicos monstros da mitologia grega como o Minotauro e a Medusa.
Além disso, as viagens em navios e as batalhas navais vistas em outros jogos da série como AC III, Black Flag e Rogue, são retomados, mas evidentemente com mecânica diferente, pois tratava-se de navios movidos a remos e vela, e sem o uso de armas de fogo, que inexistiam naquele tempo. Outra mudança é a ausência da lâmina oculta, que não está presente no jogo, apesar de aparecer em uma das DLCs, que é dedicada para isso.
O jogo também traz um visual primoroso, colorido e bonito. O mapa é bastante extenso, havendo cidades como Atenas, Esparta, Delos, Corinto, Olímpia, Argos, entre várias outras, além de uma série de localidades como Delfos, florestas, montanhas, Creta e outras ilhas gregas no Mar Egeu. Algumas dessas localidades são acessíveis por escolha do jogador, querendo explorar o mapa, ou realizando missões secundárias ou procurando as criaturas mitológicas ou armas secretas. Além disso, o jogo conta com duas DLCs, que trazem novos cenários, incluindo a ilha de Atlântida.
Quanto a trama essa é bem similar a de Origins, envolvendo a conspiração de um grupo secreto e o ato de vingança; os irmãos Alexios e Kassandra se encontram no ano de 431 a.C, no início da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C), conflito pela dominação da península grega, travado entre Esparta e suas aliadas, contra Atenas e seus aliados. Apesar desse plano de fundo político e militar, Odyssey como outros jogos da série, segue a liberdade de não ficar restrito a tais acontecimentos. Nesse sentido, destaca-se que neste jogo não temos a intriga entre Assassinos e Templários, pois a Ordem dos Assassinos que na série surgiu no Egito (e não Pérsia, como historicamente ocorreu), ainda não existia.
No jogo, após o encerramento desse confronto, é mostrado que a lança de Leônidas foi achada e continha os restos de DNA de dois irmãos: Alexios e Kassandra (conhecidos como misthios por conta de serem mercenários), os quais são os protagonistas desse jogo. A cientista Layla Hassan que aparece em Origins, dessa vez retorna para tentar buscar informações sobre um antigo artefato chamado Cajado de Hermes, que estaria escondido em algum local da Grécia. Com a ajuda de Victoria Bibeau, elas extraem o DNA dos irmãos espartanos e dão início a sua investigação na antiga Grécia.
Os protagonistas de Odyssey, os irmãos Alexios e Kassandra. |
Além disso, as viagens em navios e as batalhas navais vistas em outros jogos da série como AC III, Black Flag e Rogue, são retomados, mas evidentemente com mecânica diferente, pois tratava-se de navios movidos a remos e vela, e sem o uso de armas de fogo, que inexistiam naquele tempo. Outra mudança é a ausência da lâmina oculta, que não está presente no jogo, apesar de aparecer em uma das DLCs, que é dedicada para isso.
O jogo também traz um visual primoroso, colorido e bonito. O mapa é bastante extenso, havendo cidades como Atenas, Esparta, Delos, Corinto, Olímpia, Argos, entre várias outras, além de uma série de localidades como Delfos, florestas, montanhas, Creta e outras ilhas gregas no Mar Egeu. Algumas dessas localidades são acessíveis por escolha do jogador, querendo explorar o mapa, ou realizando missões secundárias ou procurando as criaturas mitológicas ou armas secretas. Além disso, o jogo conta com duas DLCs, que trazem novos cenários, incluindo a ilha de Atlântida.
Quanto a trama essa é bem similar a de Origins, envolvendo a conspiração de um grupo secreto e o ato de vingança; os irmãos Alexios e Kassandra se encontram no ano de 431 a.C, no início da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C), conflito pela dominação da península grega, travado entre Esparta e suas aliadas, contra Atenas e seus aliados. Apesar desse plano de fundo político e militar, Odyssey como outros jogos da série, segue a liberdade de não ficar restrito a tais acontecimentos. Nesse sentido, destaca-se que neste jogo não temos a intriga entre Assassinos e Templários, pois a Ordem dos Assassinos que na série surgiu no Egito (e não Pérsia, como historicamente ocorreu), ainda não existia.
O jogo inicia-se na ilha de Cefalônia, apresentando um dos irmãos já adulto, atuando como mercenário. Em dado momento eles recebem a missão de deixar a ilha e procurarem por seu padrasto, mãe e irmão. O que os coloca em conflito com o Culto do Cosmo, e a guerra entre Atenas e Esparta. O culto estaria atrás também de antigas relíquias mágicas da Primeira Civilização. Evidentemente que em paralelo a isso, existem várias missões secundárias, algumas dadas por personagens históricos, além do fato que dependendo de quem Kassandra ou Alexios decidam apoiar na guerra, eventualmente eles passam a cooperar com os Espartanos ou Atenienses.
Contexto histórico:
Embora Odyssey se baseie no contexto da guerra, essa é pouca explorada, não sendo o foco propriamente da narrativa, já que a missão principal dos irmãos é reencontrar seus familiares e combater o culto. Além disso, o jogo insere uma variedade de personagens históricos, os quais têm suas histórias alteradas para a trama do jogo.
Embora Odyssey se baseie no contexto da guerra, essa é pouca explorada, não sendo o foco propriamente da narrativa, já que a missão principal dos irmãos é reencontrar seus familiares e combater o culto. Além disso, o jogo insere uma variedade de personagens históricos, os quais têm suas histórias alteradas para a trama do jogo.
A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C) foi o último grande conflito ocorrido em território grego antes da Era de Alexandre, o Grande começar. De fato, as consequências legadas dessa guerra que durou quase três décadas, enfraqueceram as cidades-Estados gregas, tornando-as suscetíveis as invasões iniciadas pelo rei Felipe II da Macedônia, e continuadas pelo seu filho Alexandre III da Macedônia. Mas antes dos macedônios conquistarem a Grécia, muitos anos antes teve início a Guerra do Peloponeso, que basicamente como outros conflitos daquele tempo, originou-se por intrigas entre Atenas e Esparta, as duas cidades-Estados mais poderosas da região.
Os antecedentes da Guerra do Peloponeso remontam várias pequenas batalhas anos antes, disputadas por Esparta e Atenas pelo controle de território, pois ambas eram Estados de caráter imperialista, querendo expandir suas fronteiras para se conquistar terras, riquezas e escravos. Eventualmente ambos os governos propuseram uma trégua, as vezes chamada de "acordo de paz", que durou pouco tempo, vindo a ser desrespeitado em 440 a.C, o que gerou nova tensão. Em 433 ou 432 a.C, Esparta já havia se unido com Corinto, Tebas e Mégara, formando nova Liga do Peloponeso, antevendo um novo conflito contra os atenienses e a Liga Ática. E isso realmente foi certeiro, pois em 431 a.C, a cidade de Tebas enviou um exército para atacar Plateia, que era aliada de Atenas, tal acontecimento foi o estopim para a guerra, pois posteriormente Esparta enviou um exército para invadir o território ateniense, dando início a guerra propriamente.
O historiador Tucídides escreveu sobre a história dessa guerra, apesar de focar no lado político e estratégico em alguns momentos. No jogo, a história somente foca a eclosão da guerra e não seu desenvolvimento nos anos seguintes, até porque o objetivo de Kassandra e Alexios era impedir o Culto do Cosmo, encontrar o Cajado de Hermes e outras questões que surgem no caminho.
Todavia, sublinha-se que Odyssey é um jogo como AC III e Syndicate, que apresenta uma variedade de personagens históricos, entre políticos, militares e estudiosos, embora que não necessariamente eles tivessem sido contemporâneos, tenham se conhecido ou tenham tido envolvimento com a guerra. Sobre isso, comento a seguir acerca dos mais importantes.
No jogo temos as figuras de Péricles (495/492-429 a.C), importante político ateniense, lembrando pela fase áurea de Atenas, o que originou a expressão "O Século de Péricles". Suas decisões expansionistas influenciaram nos acontecimentos que levaram a Guerra do Peloponeso. Outro político ateniense que aparece no jogo é Alcibíades (450-404 a.C), aliado de Péricles, era conhecido como belo, ambicioso e astuto. No jogo ele propõe missões aos protagonistas e possui um humor ácido.
No lado espartano temos o general Brásidas (?-422 a.C), que lutou durante a guerra, tendo sido figura importante em sua história. No jogo ele é um dos irmãos. Outro político espartano é o rei Pausânias, o qual aparece pouco no jogo, tendo governado Esparta em dois mandatos, os quais foram interrompidos. Curiosamente ele testemunhou o começo e fim da guerra.
Além dessas figuras políticas, Odyssey mostra Heródoto de Halicarnasso (485-425 a.C), o "Pai da História", o qual no jogo se torna aliado e amigo dos protagonistas. Heródoto os acompanha em algumas de suas viagens, além de estar investigando sobe o Culto do Cosmo. Historicamente Heródoto manteve distância dos acontecimentos bélicos.
Outros três personagens famosos que estão presentes no jogo, são o filósofo Sócrates (c. 469-399 a.C), com que pode-se conversar, além de ajudá-lo também em algumas missões. Esse também se torna um aliado dos protagonistas. Depois temos Hipócrates (460-370 a.C), o Pai da Medicina. No caso, Hipócrates torna-se aliado dos protagonistas, lhe dando várias missões, apesar que ele tenha outro papel significativo na história também. O terceiro personagem é o filósofo e matemático Pitágoras (c. 570-495 a.C.), que aparece no jogo de forma misteriosa e com um grande segredo. Sublinha-se que historicamente Pitágoras já tinha morrido décadas antes da Guerra do Peloponeso, mas o fato de ele estar vivo no jogo, é um mistério que os protagonistas descobrem.
Os antecedentes da Guerra do Peloponeso remontam várias pequenas batalhas anos antes, disputadas por Esparta e Atenas pelo controle de território, pois ambas eram Estados de caráter imperialista, querendo expandir suas fronteiras para se conquistar terras, riquezas e escravos. Eventualmente ambos os governos propuseram uma trégua, as vezes chamada de "acordo de paz", que durou pouco tempo, vindo a ser desrespeitado em 440 a.C, o que gerou nova tensão. Em 433 ou 432 a.C, Esparta já havia se unido com Corinto, Tebas e Mégara, formando nova Liga do Peloponeso, antevendo um novo conflito contra os atenienses e a Liga Ática. E isso realmente foi certeiro, pois em 431 a.C, a cidade de Tebas enviou um exército para atacar Plateia, que era aliada de Atenas, tal acontecimento foi o estopim para a guerra, pois posteriormente Esparta enviou um exército para invadir o território ateniense, dando início a guerra propriamente.
O historiador Tucídides escreveu sobre a história dessa guerra, apesar de focar no lado político e estratégico em alguns momentos. No jogo, a história somente foca a eclosão da guerra e não seu desenvolvimento nos anos seguintes, até porque o objetivo de Kassandra e Alexios era impedir o Culto do Cosmo, encontrar o Cajado de Hermes e outras questões que surgem no caminho.
Todavia, sublinha-se que Odyssey é um jogo como AC III e Syndicate, que apresenta uma variedade de personagens históricos, entre políticos, militares e estudiosos, embora que não necessariamente eles tivessem sido contemporâneos, tenham se conhecido ou tenham tido envolvimento com a guerra. Sobre isso, comento a seguir acerca dos mais importantes.
No jogo temos as figuras de Péricles (495/492-429 a.C), importante político ateniense, lembrando pela fase áurea de Atenas, o que originou a expressão "O Século de Péricles". Suas decisões expansionistas influenciaram nos acontecimentos que levaram a Guerra do Peloponeso. Outro político ateniense que aparece no jogo é Alcibíades (450-404 a.C), aliado de Péricles, era conhecido como belo, ambicioso e astuto. No jogo ele propõe missões aos protagonistas e possui um humor ácido.
No lado espartano temos o general Brásidas (?-422 a.C), que lutou durante a guerra, tendo sido figura importante em sua história. No jogo ele é um dos irmãos. Outro político espartano é o rei Pausânias, o qual aparece pouco no jogo, tendo governado Esparta em dois mandatos, os quais foram interrompidos. Curiosamente ele testemunhou o começo e fim da guerra.
Além dessas figuras políticas, Odyssey mostra Heródoto de Halicarnasso (485-425 a.C), o "Pai da História", o qual no jogo se torna aliado e amigo dos protagonistas. Heródoto os acompanha em algumas de suas viagens, além de estar investigando sobe o Culto do Cosmo. Historicamente Heródoto manteve distância dos acontecimentos bélicos.
Outros três personagens famosos que estão presentes no jogo, são o filósofo Sócrates (c. 469-399 a.C), com que pode-se conversar, além de ajudá-lo também em algumas missões. Esse também se torna um aliado dos protagonistas. Depois temos Hipócrates (460-370 a.C), o Pai da Medicina. No caso, Hipócrates torna-se aliado dos protagonistas, lhe dando várias missões, apesar que ele tenha outro papel significativo na história também. O terceiro personagem é o filósofo e matemático Pitágoras (c. 570-495 a.C.), que aparece no jogo de forma misteriosa e com um grande segredo. Sublinha-se que historicamente Pitágoras já tinha morrido décadas antes da Guerra do Peloponeso, mas o fato de ele estar vivo no jogo, é um mistério que os protagonistas descobrem.
Alexios conversando com Sócrates, em Atenas. |
No jogo também temos a presença de dramaturgos como Aristófanes (c. 447-385 a.C), o qual é o mais importante, por te passar missões e ser um dos aliados dos irmãos. Sófocles (c. 496-405 a.C) e Eurípedes (c. 480-406 a.C). No caso das personagens femininas a que se destaca é Aspásia (?-400 a.C), amante de Péricles, a qual no jogo tem um papel importante.
Assassin's Creed: Valhala (872-878)
No décimo primeiro jogo da série principal, embarcamos numa jornada à Era Viking (VIII-XI), na qual acompanhamos a jornada de Eivor Varinson (ou Eivor Varindóttir), o primeiro personagem da franquia o qual pode escolher se será homem ou mulher. A trama do jogo se inicia vinte anos antes, mostrando Eivor criança quando seu clã foi atacado e morto por Kjotve, o Cruel. Eivor sobreviveu ao ataque e foi criado pelo rei Stybjorn, desenvolvendo grande amiade com o filho dele, Sigurd Stybjornson. Muitos anos se passam, Eivor Marca-de-lobo como ficou conhecido, já adulto, busca se vingar de Kjotve, em meio ao processo, ele reencontra Sigurd que retornou de viagem do Império Bizantino, trazendo consigo dois Assassinos Basim e seu discípulo Hytham.
Eivor em suas versões masculina e feminina. |
Após concluir sua vingança, Eivor se junta a Sigurd para participarem de uma assembleia (thing) convocada pelo rei Haroldo Cabelo Belo, em que ele exige que os outros reis o reconheçam como o único rei da Noruega. Eivor e Sigurd desaprovam a ideia e decidem partir para à Inglaterra, onde fundam o assentamento Raventhorpe, sua base de operações.
Na Inglaterra, onde a maior parte do jogo se desenvolve, Eivor, Sigurd e sua esposa Randvi, começam a procurar ajudar outros chefes nórdicos e anglo-saxões para formar alianças pelos reinos da Mércia, Nortúmbria, Ânglia Oriental e Wessex. Em meio a essa jornada, Basim e Hytham instruem Eivor a ir atrás dos membros da Ordem dos Anciões.
Em sua jornada pela Inglaterra, Eivor forma aliança com vários personagens fictícios, mas alguns personagens históricos estão Burgred da Mércia, Ceolwulf II da Mércia, Ricsige de York, Alfredo, o Grande, Guthrum, Halfdan, Ubba, Ivar e Rollo, o Andarilho. Não obstante, à medida que Eivor conquista aliados, também faz inimigos, vários oriundos dos Anciões, a ponto de um deles chamado Fulke sequestrar Sigurd, levando Eivor a ter que resgatar o irmão adotivo. Algo importante na trama desse jogo.
O jogo normal se passa na Noruega e na Inglaterra, mas algumas DLCs permitem viajar à ilha Skye na Escócia, à França e Irlanda. Além disso, existem mapas mitológicos como Asgard, Jotunheim e Niflheim. Por fim, o jogo em termos de jogabilidade conserva os elementos de Origins e Odyssey, trazendo algumas diferenças no combate, mas uma das novidades é o retorno da lâmina oculta e a condição de Eivor cooperar com os Assassinos.
No tocante as localidades visitadas no jogo na campanha principal, sem considerar as DLCs, é possível visitar uma série de cidades e vilas como Londres (Lunden), York (Jorvik), Winchester, Oxford, Repton, Lincoln, entre outras, além de percorrer a Inglaterra do sul de Wessex até a Muralha de Adriano no norte da Nortúmbria. Outras localidades icônicas como a Floresta de Sherwood (lar do Robin Hood) e Stonehenge, podem ser visitados. Acrescenta-se também a possibilidade de viajar para Vinland, território situado no Canadá.
Em termos técnicos e de jogabilidade, Valhalla manteve as características de seus antecessores, trazendo elementos de RPG, mas dessa vez, Eivor atua parcialmente como um Assassino, já que ele não foi formalmente introduzido na Ordem.
Contexto histórico
A maior parte da história de Valhalla ocorre durante o período de consolidação da dominação escandinava na Inglaterra, que viria a resultar no Danelaw, nome dado ao território ocupado pelos nórdicos, o que incluiu o Reino de York, os Cinco Burgos e o Reino da Ânglia Oriental. Esse processo de guerras e alianças iniciou em 866 com a invasão do Grande Exército Pagão, supostamente para vingar a morte de Ragnar Lothbrok, sendo liderado por seus filhos Ubba, Halfdan e Ivar, Sem-Ossos. Todavia, à medida que os conflitos avançavam, chefes nórdicos decidiram se apossar dos territórios conquistados, tomando para si o poder ou elegendo governantes fantoches.
Em geral o jogo não traz pormenores desse processo, apenas citando alguns casos específicos como a subida ao poder de Ceowulf II, o governo de Ricsige, os conflitos de Guthrum e Alfredo. No caso, como eu escrevi sobre isso em outros textos, disponibilizo aqui os links para tais matérias.
Assassin's Creed: Shadows (séc. XVI)
Recentemente a Ubisoft lançou o trailer do novo principal jogo da franquia, que se passará no Japão do século XVI, em meio ao conturbado Período Sengoku, a época das guerras feudais. O jogo terá dois protagonistas, Yasuke, um escravo africano que supotamente se tornou um samurai; e uma kunoichi fictícia chamada Noue. Ambos irão cooperar para os propósitos dos Assassinos. No trailer é possível ver uma das figuras históricas do período, o daimiô Oda Nobunaga, um dos três grandes unificadores do Japão.
Trailer do jogo. Previsão de lançamento para novembro de 2024.
Jogos principais:
- Assassin's Creed (2007)
- Assassin's Creed II (2009)
- Brotherhood (2010)
- Revelations (2011)
- Assassin's Creed III (2012)
- Assassin's Creed IV: Black Flag (2013)
- Unity (2014)
- Syndicate (2015)
- Origins (2017)
- Odyssey (2018)
- Valhala (2020)
- Shadows (previsto para novembro de 2024)
- Altaïr's Chronicles (2008)
- Bloodlines (2009)
- Assassin's Creed II: Discovery (2009)
- Assassin's Creed III: Liberation (2012)
- Freedom Cry (2014)
- Rogue (2014)
- Identity (2016)
- Arno's Chronicles (2017)
- Mirage (2023)
Jogos derivados:
- Project Legacy (2010)
- Recollection (2011)
- Multiplayer Rearmed (2011)
- Pirates (2013)
- Memories (2014)
- Identity (2014)
- Chronicles China (2015)
- Chronicles India (2016)
- Chronicles Russia (2016)
- Rebellion (2018)
- Nexus VR (2023)
- Jade (previsto para 2024)
- Vol. 1: Desmond (2009) - narra a história de Aquilus
- Vol. 2: Aquilus (2009) - continuação da história de Aquilus
- Vol. 3: Acippiter (2011) - narra a história de Accipiter
Histórias em quadrinhos: trilogia Hawk
- Vol. 4: Hawk (2012) - narra a história de Numa Al'Khamsin
- Vol. 5: El Cakr (2013) - continuação do volume 4
- Vol. 6: Leila (2014) - continuação do volume 5
História em quadrinhos: arco de Nikolai Orelov
- The Fall (2010)
- The Chain (2012)
História em quadrinhos: série Last Descendants
- Locus (2016)
- Uprising (2017)
- Reflections (2017)
- Conspiracies (2018)
- Bloodstone (2019)
- Insurrection (2019)
História em quadrinhos: spin-off dos jogos
- Assassin's Creed: Graphic Novel (2007)
- Awakening (2013) - mangá baseado no quarto jogo
- Origins (2018)
- Valhalla (2020)
- Blade of Shao Jun (2021) - baseado em Shao Jun
- The Forgotten Temple (2023) - baseado em Black Flag
- A Soar of Eagles (2024) - prequel de Mirage
História em quadrinhos: série Assassin's Creed
- Assassin's Creed: series vol. 1-14 (2015-2016)
História em quadrinhos: série Templars
- Templars vol. 1-9 (2016-2017)
História em quadrinhos: série Valhalla
- Song of Glory (2020-2021)
- Blood Brothers (2020)
- Forgotten Myths (2022)
- Sword of White Horse (2022)
- The Converts (2023)
Outras histórias em quadrinhos
- Brahman (2013) - narra a história de Arbaaz Mir
- Dynasty (2020-presente) - narra a história de Li E
- Shao Jun Blade (2023)
- Renaissance (2009) - baseado no segundo jogo
- Brotherhood (2010)
- The Secret Crusade (2010) - baseado no primeiro jogo
- Revelations (2011)
- Forsaken (2012) - baseado no terceiro jogo
- Black Flag (2013)
- Unity (2014)
- Underworld (2015) - baseado em Syndicate
- Origins - Desert Oath (2017)
- Odyssey (2018)
Romances spin-off dos jogos:
- Valhalla: Geirmund's Saga (2020)
- Valhalla: Sword of White Horse (2022)
- The Golden City (2023) - spin-off de Mirage
- Mirage: Daughter of No One (2023)
Romances da série Last Descendents (2016-2017)
- Last Descendants vol. 1 (2016)
- Last Descendants vol. 2 - Tomb of the Khan (2016)
- Heresy (2016) - aborda Joana d'Arc
- Last Descendants vol. 3 - Fate of Gods (2017)
Romances da série Ming Storm: baseados em Shao Jun
- The Ming Storm (2019)
- The Desert Threat (2022)
Romances da série Fragments (2021-2022)
- The Blade of Aizun (2021)
- The Highlands Children (2021)
- The Silk Road (2021)
- Les Sorcières des Landes (2022)
Romances da série Engine of History
- The Magus Conspiracy (2022)
- The Ressurection Plot (2023)
Outros livros
- Black Flag: Blackbeard: The Lost Journal (2014)
- The Movie (2017) - baseado no filme
- The Culinary Codex (2017)
- Lineage (2009) - filme curta-metragem
- Ascendance (2010) - animação
- Embers (2011) - animação
- French Revolution (2014) - curta-metragem trailer
- The Syndicate (2015) - curta-metragem trailer
- Assassin's Creed: The Movie (2017) - filme em live-action
NOTA: Alguns dos personagens que morrem nos jogos não necessariamente foram mortos da forma como mostrado ou morreram de fato naquela data.
NOTA 2: Ibn La-Ahad significa "Filho de Ninguém". Embora que o pai de Altaïr também tivesse o mesmo sobrenome.
NOTA 2: Ibn La-Ahad significa "Filho de Ninguém". Embora que o pai de Altaïr também tivesse o mesmo sobrenome.
NOTA 3: Em Assassin's Creed II e Brotherhood existem os enigmas chamados Object 16. Nesses fragmentos de memória, o jogador tem que decifrar códigos e e outros desafios, que incluem números, símbolos, pinturas, fotografias e imagens de fatos históricos, de personagens históricos, de obras de arte, etc. A decifração de tais enigmas leva a respostas acerca de A Verdade (The Truth).
NOTA 4: O Object 16 foram pistas deixadas por outro Assassino conhecido como Número 16, o qual foi cobaia da Abstergo antes de Desmond ser capturado.
NOTA 5: Nas histórias em quadrinhos, Desmond possui outro antepassado, o galo-romano Aquilus (?-259), o qual viveu na Gália (França) sob o domínio do Império Romano, durante o século III.
NOTA 6: Na história em quadrinhos conta-se história sobre outros Assassinos como Jonathan Hawk, o qual revive a memória de dois antepassados Assassinos, o alemanni Accipiter na época de Aquilus; e o egípcio Numa Al'Khamsin no século XIV. Outro Assassino é Daniel Cross (1974-2012) que revive as memórias de seu antepassado russo, Nikolai Orelov (c. 1800-1928). A atriz indiana Monima Das vive a memória de seu antepassado, Arbaaz Mir durante o século XIX.
NOTA 7: O jogo Assassin's Creed III: Liberation originalmente lançado em 2012 para o PS Vita, e agora relançado em HD para o PS3, Xbox 360 e PC, narra a história da Assassina, Avelinde de Grandpré (1747-?) uma mulher negra filha de uma escrava com um francês. A história se passa em Nova Orleãs e terras vizinhas entre o período da Guerra Franco-Indígena e da Guerra dos Sete Anos. O marcante desse jogo foi o fato de ser o primeiro jogo a ter uma protagonista feminina.
NOTA 8: Os nomes Altaïr, Ezio, Aquilus e Orelov, são variações da palavra "águia" ou alusões a "voo", nestas distintas línguas: árabe, italiano, latim e russo. Haytham significa "jovem águia". No caso do nome Accipter, esse significa falcão em latim. E no caso de Aveline, embora signifique avelã em francês, seu nome tem origem latina, vindo da palavra "avis", que significa ave.
NOTA 9: Altair é o nome da principal estrela da Constelação de Águia (Aquila). Além disso, Aquila é o nome do navio que Connor usa em AC III.
NOTA 10: Cesare Bórgia foi o mais jovem cardeal eleito na história do Vaticano, tendo sido eleito em 1492 aos 17 anos. No entanto, além de ter sido o mais jovem cardeal, também foi o primeiro cardeal a renunciar ao cargo, tendo o feito por volta de 1498, deixando a vida de clérigo para se dedicar a política e ao exército.
NOTA 11: O escritor e cineasta irlandês Neil Jordan criou a série The Borgias baseada na vida dos Bórgias, especialmente durante o período do pontificado de Alexandre VI. A série foi exibida originalmente no Canadá em 2011, possuindo três temporadas (2011-2013).
NOTA 12: Devido ao grande número de fãs da série Assassin's Creed no Brasil, a Ubisoft Brasil em parceria de um estúdio de animação brasileiro, o PYX, nesse 7 de setembro, lançou um tributo em forma de uma paródia animada intitulada Desaventuras de Assassinos Brasileiros, onde um assassino é enviado para o Rio de Janeiro, para matar D. João VI no ano de 1812. Os produtores da série disseram que o Brasil possui boas histórias que poderiam serem exploradas em um próximo jogo da série.
NOTA 13: O livro Assassin's Creed: A Cruzada Secreta aborda os eventos vistos no primeiro jogo com Altaïr, além da história dos jogos spin-offs que ele participa.
NOTA 14: O livro Assassin's Creed: Revelações além de abordar a trama do jogo homônimo, também conta fatos após o fim da missão de Ezio em Constantinopla e seu retorno para a Itália, mostrando o que se sucedeu nos anos seguintes até a sua morte. O livro engloba a narrativa vista na animação Embers.
NOTA 15: No livro Assassin's Creed: Renegado o foco se dá sobre a história de Haytham Kenway, a partir dos relatos de seu diário. Connor só aparece no final do livro. Além disso, pelo fato de focar a história de Haytham narra-se vários eventos que não são mostrados e ditos no jogo.
NOTA 16: A Ubisoft há alguns anos cancelou o projeto de dois livros que seriam escritos por Steve Barnes: The Invisible Iman e The Eye of Heaven. Ambas as histórias falariam de um novo Assassino criado para a trama dos livros.
NOTA 17: Além de cancelar livros, também se cancelou jogos como Lost Legacy, Duel e Utopia. O primeiro seria lançado para o Nintendo 3DS sendo um spin-off que contaria uma aventura de Ezio em Masyaf, mas a ideia foi encorporada no Revelations; o segundo seria a proposta de um jogo de luta, e o terceiro foi cancelado em 2013, onde a ideia era se construir uma colônia de Assassinos na América do Norte, durante o século XVIII.
NOTA 18: Em Assassin's Creed: Rogue o protagonista é Shay Patrick Comarc, um templário. Da mesma forma que em AC III se joga com Haytham Kenway que também era um templário, em AC Rogue, o foco se dá pela óptica dos Templários, em que Shay acaba traindo a Ordem e passa a caçar os Assassinos. A trama de Rogue inclusive possui ligações com AC III, AC IV e AC Unity.
NOTA 19: A Ordem dos Assassinos é representada no episódio 5 da temporada 1 da série Marco Polo (2014), produzida pelo Netflix. Na trama do episódio, alguns Assassinos são contratados para matar Kublai Khan, então Polo decide investigar quem foi o contratante do crime.
NOTA 20: O jogo Assassin's Creed: Chronicles foi dividido em 3 capítulos, vendidos separadamente. Cada capítulo consiste numa história com um Assassino diferente, a qual se passa numa época diferente. A primeira história se passa na China do ano de 1526 com a Assassina Shao Jun, a última discípula de Ezio Auditore; o segundo capítulo se passa na Índia em 1871, durante o domínio inglês. O protagonista é Arbaaz Mir, o mesmo que aparece nas hqs. Já o terceiro capítulo ocorre na Rússia do ano de 1918, sendo o protagonista Nikolai Orelov, o mesmo que aparece nas hqs.
NOTA 21: O codinome da assassina Aya, que é Amunet, já havia sido citado anteriormente na série em AC 2, na câmara secreta dos Assassinos sob Monteriggioni. Onde existem algumas estátuas de famosos Assassinos, um deles era Amunet, a qual informava que foi responsável por assassinar Cleópatra, usando uma cobra.
NOTA 4: O Object 16 foram pistas deixadas por outro Assassino conhecido como Número 16, o qual foi cobaia da Abstergo antes de Desmond ser capturado.
NOTA 5: Nas histórias em quadrinhos, Desmond possui outro antepassado, o galo-romano Aquilus (?-259), o qual viveu na Gália (França) sob o domínio do Império Romano, durante o século III.
NOTA 6: Na história em quadrinhos conta-se história sobre outros Assassinos como Jonathan Hawk, o qual revive a memória de dois antepassados Assassinos, o alemanni Accipiter na época de Aquilus; e o egípcio Numa Al'Khamsin no século XIV. Outro Assassino é Daniel Cross (1974-2012) que revive as memórias de seu antepassado russo, Nikolai Orelov (c. 1800-1928). A atriz indiana Monima Das vive a memória de seu antepassado, Arbaaz Mir durante o século XIX.
NOTA 7: O jogo Assassin's Creed III: Liberation originalmente lançado em 2012 para o PS Vita, e agora relançado em HD para o PS3, Xbox 360 e PC, narra a história da Assassina, Avelinde de Grandpré (1747-?) uma mulher negra filha de uma escrava com um francês. A história se passa em Nova Orleãs e terras vizinhas entre o período da Guerra Franco-Indígena e da Guerra dos Sete Anos. O marcante desse jogo foi o fato de ser o primeiro jogo a ter uma protagonista feminina.
NOTA 8: Os nomes Altaïr, Ezio, Aquilus e Orelov, são variações da palavra "águia" ou alusões a "voo", nestas distintas línguas: árabe, italiano, latim e russo. Haytham significa "jovem águia". No caso do nome Accipter, esse significa falcão em latim. E no caso de Aveline, embora signifique avelã em francês, seu nome tem origem latina, vindo da palavra "avis", que significa ave.
NOTA 9: Altair é o nome da principal estrela da Constelação de Águia (Aquila). Além disso, Aquila é o nome do navio que Connor usa em AC III.
NOTA 10: Cesare Bórgia foi o mais jovem cardeal eleito na história do Vaticano, tendo sido eleito em 1492 aos 17 anos. No entanto, além de ter sido o mais jovem cardeal, também foi o primeiro cardeal a renunciar ao cargo, tendo o feito por volta de 1498, deixando a vida de clérigo para se dedicar a política e ao exército.
NOTA 11: O escritor e cineasta irlandês Neil Jordan criou a série The Borgias baseada na vida dos Bórgias, especialmente durante o período do pontificado de Alexandre VI. A série foi exibida originalmente no Canadá em 2011, possuindo três temporadas (2011-2013).
NOTA 12: Devido ao grande número de fãs da série Assassin's Creed no Brasil, a Ubisoft Brasil em parceria de um estúdio de animação brasileiro, o PYX, nesse 7 de setembro, lançou um tributo em forma de uma paródia animada intitulada Desaventuras de Assassinos Brasileiros, onde um assassino é enviado para o Rio de Janeiro, para matar D. João VI no ano de 1812. Os produtores da série disseram que o Brasil possui boas histórias que poderiam serem exploradas em um próximo jogo da série.
NOTA 13: O livro Assassin's Creed: A Cruzada Secreta aborda os eventos vistos no primeiro jogo com Altaïr, além da história dos jogos spin-offs que ele participa.
NOTA 14: O livro Assassin's Creed: Revelações além de abordar a trama do jogo homônimo, também conta fatos após o fim da missão de Ezio em Constantinopla e seu retorno para a Itália, mostrando o que se sucedeu nos anos seguintes até a sua morte. O livro engloba a narrativa vista na animação Embers.
NOTA 15: No livro Assassin's Creed: Renegado o foco se dá sobre a história de Haytham Kenway, a partir dos relatos de seu diário. Connor só aparece no final do livro. Além disso, pelo fato de focar a história de Haytham narra-se vários eventos que não são mostrados e ditos no jogo.
NOTA 16: A Ubisoft há alguns anos cancelou o projeto de dois livros que seriam escritos por Steve Barnes: The Invisible Iman e The Eye of Heaven. Ambas as histórias falariam de um novo Assassino criado para a trama dos livros.
NOTA 17: Além de cancelar livros, também se cancelou jogos como Lost Legacy, Duel e Utopia. O primeiro seria lançado para o Nintendo 3DS sendo um spin-off que contaria uma aventura de Ezio em Masyaf, mas a ideia foi encorporada no Revelations; o segundo seria a proposta de um jogo de luta, e o terceiro foi cancelado em 2013, onde a ideia era se construir uma colônia de Assassinos na América do Norte, durante o século XVIII.
NOTA 18: Em Assassin's Creed: Rogue o protagonista é Shay Patrick Comarc, um templário. Da mesma forma que em AC III se joga com Haytham Kenway que também era um templário, em AC Rogue, o foco se dá pela óptica dos Templários, em que Shay acaba traindo a Ordem e passa a caçar os Assassinos. A trama de Rogue inclusive possui ligações com AC III, AC IV e AC Unity.
NOTA 19: A Ordem dos Assassinos é representada no episódio 5 da temporada 1 da série Marco Polo (2014), produzida pelo Netflix. Na trama do episódio, alguns Assassinos são contratados para matar Kublai Khan, então Polo decide investigar quem foi o contratante do crime.
NOTA 20: O jogo Assassin's Creed: Chronicles foi dividido em 3 capítulos, vendidos separadamente. Cada capítulo consiste numa história com um Assassino diferente, a qual se passa numa época diferente. A primeira história se passa na China do ano de 1526 com a Assassina Shao Jun, a última discípula de Ezio Auditore; o segundo capítulo se passa na Índia em 1871, durante o domínio inglês. O protagonista é Arbaaz Mir, o mesmo que aparece nas hqs. Já o terceiro capítulo ocorre na Rússia do ano de 1918, sendo o protagonista Nikolai Orelov, o mesmo que aparece nas hqs.
NOTA 21: O codinome da assassina Aya, que é Amunet, já havia sido citado anteriormente na série em AC 2, na câmara secreta dos Assassinos sob Monteriggioni. Onde existem algumas estátuas de famosos Assassinos, um deles era Amunet, a qual informava que foi responsável por assassinar Cleópatra, usando uma cobra.
NOTA 22: Em AC Origins é mostrado que a engenheira Layla Hassam, a qual investigava o passado de Bayek e Aya, criou uma versão menor do Animus e a capacidade de se conectar as memórias de qualquer um, sem necessidade de ser um parente. A ideia já existia nos quadrinhos.
Referências Bibliográficas:
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Renascença. Tradução de Ana Carolina Mesquita, 4a ed, Rio de Janeiro, Galera Record, 2011.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Irmandade. Tradução de Edmo Suassuna, Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: A Cruzada Secreta. Tradução de Domingos Demasi, Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Renegado. Tradução de Domingos Demasi. Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
DEFOE, Daniel. Uma história dos piratas. Seleção e edição de Luciano Figueiredo. Rio de Janeiro, Zahar, 2008.
FRANCO JR, Hilário. As cruzadas. 6a ed, São Paulo, Editora Brasiliense, 1989.
GARTEN, Juan de. Os Templários: Soberana Ordem dos Cavaleiros do Templo de Jerusalém. São Paulo, Traço Editora, 1987.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Renascença. Tradução de Ana Carolina Mesquita, 4a ed, Rio de Janeiro, Galera Record, 2011.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Irmandade. Tradução de Edmo Suassuna, Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: A Cruzada Secreta. Tradução de Domingos Demasi, Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
BOWDEN, Oliver. Assassin's Creed: Renegado. Tradução de Domingos Demasi. Rio de Janeiro, Galera Record, 2012.
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GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural, v. 3, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural, v. 7, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural, v. 9, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural, v. 22, São Paulo, Nova Cultural, 1998.GRANDE Enciclopédia Larousse Cultural, v. 9, São Paulo, Nova Cultural, 1998.
HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São Paulo, Companhia de Bolso, 1991.
KARNAL, Leandro; PURDY, Sean; FERNANDES, Luiz Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de. Uma história dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo Contexto, 2007. (Capítulos 4 e 5).
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução de Antonino Caruccio-Caporale, Porto Alegre, L&PM, 2009. pp. 156-172.
MOURRISSON, Cécile. Cruzadas. Porto Alegre, L&PM, 2008.
QUATAERT, Donald. O Império Otomano: das origens ao século XX. São Paulo, Edições 70, 2008.
REINHARDT, Volker. Alexandre VI: Bórgia o Papa Sinistro. Tradução de Márcia da Costa Huber. São Paulo, Editora Europa, 2007.
ROCHA NETO, Nelson. Piratas e Corsários na Idade Moderna. Monografia defendida no curso de História, Universidade de Tuiuti, Paraná, 2009.
SELLERS, Charles; MAY, Henry; MCMILLEN Neil R. Uma reavaliação da História dos Estados Unidos: De Colônia a Potência Mundial. Zahar, Rio de Janeiro, 2008. (Capítulos 4 e 5).
WELLS, H. G. História Universal, vol. 3. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1966. (Capítulo XXXI: A cristandade e as cruzadas).
KARNAL, Leandro; PURDY, Sean; FERNANDES, Luiz Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de. Uma história dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo Contexto, 2007. (Capítulos 4 e 5).
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SELLERS, Charles; MAY, Henry; MCMILLEN Neil R. Uma reavaliação da História dos Estados Unidos: De Colônia a Potência Mundial. Zahar, Rio de Janeiro, 2008. (Capítulos 4 e 5).
WELLS, H. G. História Universal, vol. 3. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1966. (Capítulo XXXI: A cristandade e as cruzadas).
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38 comentários:
Muito loka a esplicaçao
Apenas uma humilde observação, pois as datas não estão batendo.
Esclareço:
o Papa Clemente VII (primeira crizada??) foi eleito Papa em 19 de novembro de 1523 e permaneceu até a data da sua morte, em 25 de setembro de 1534. Seu antecessor foi Adriano VI e seu sucessor Paulo III.
Já o Papa Gregório VII (terceira cruzada??) foi papa de 1073 até sua morte, em 25 de Maio de 1085. Seu sntecessor foi Alexandre II e seu sucessor Vítor III.
Suas observações estão corretas. Fora falta de desatenção minha não conferir duas vezes a numeração dos papas. Nesse caso o correto é, Papa Clemente V e Papa Gregório VIII. No caso de Clemente V, o cito em referência a excomunhão dos Cruzados, não a Primeira Cruzada.
Agradeço por sua observação e ponderação.
Muito Obrigado por este ÓTIMO trabalho!
Estou jogando o AS II e lendo o livro no momento e estou adorando simplesmente TUDO!
o AS I foi realmente CANSATIVO e muito REPETITIVO, mas a satisfação pós termino do game é muito boa, começar o AS II do ponto EXATO onde se parou no I
Novamente, MUITO OBRIGADO pelo excelente post!
Não a de que. Que bom que essa postagem esta sendo útil para alguns. Aproveite a história do jogo, em Brotherhood ela irá melhorar.
Gosto muito da série, no momento estou jogando o Revelations. Encontrei este site porque não conheço bem a história deste período relatado no jogo. Suas explicações históricas foram muito bem relatadas. Fiquei a para de todo o universo de Assassis Creed.
Na minha opinião, a melhor franquia desta geração. Principalmente por conta da história desafiadora e instigante. Ótimo trabalho.
Quando sair o terceiro jogo da séria, aumenta este post para deixá-lo mais completo.
Seu site já está no meus favoritos.
Parabéns pelo ótimo post amigo !
Terminei o primeiro Assassin's Creed a pouco tempo e gostaria de saber mais sobre a história naquele tempo e seu texto ajudou bastante.
Valeu mesmo
Muito com bom, gostei do conteúdo, explica muita coisa que nos jogos passam despercebido!!! Parabéns.
Incrivel, nunca encontrei texto tão bem escrito e tão explicativo sobre o contexto histórico dos games, meus parabéns
Já zerei toda a Saga e compreendo toda a história, mas estou curioso ainda, porque ao longo do jogo eu descobri coisas que podem ser interessantes para serem estudadas, como a primeira civilização, Adão e eva, a maçã do éden e muitos outros mistérios que o jogo tem, gostaria de saber o que realmente aconteceu na primeira civilização, você poderia fazer uma explicação.
Sobre isso ainda não posso lhe dar uma resposta, pois ainda não completei o terceiro jogo, e comecei a ler o livro Assassin's Creed: Forsaken. No entanto, quando eu tiver mais informações, poderei postar algo do tipo, pois devo lembrar que o foco desse texto é falar do conteúdo histórico e não necessariamente das histórias ficcionais apresentadas pelos jogos. Pois nesse caso, a série traz uma nova visão sobre Adão e Eva e o que poderia ter acontecido.
Caro Leandro
Fantástico seu post!
Gostaria de sua autorização para publicá-lo em meu site (que ainda está em construção e será inaugurado no início de abril).
Tal publicação será devidamente creditada, inclusive constando o nome de seu blog.
No aguardo.
Gustavo Estevez seu site é sobre o quê exatamente? Sobre jogos, história, cultura pop, variedades, etc.?
De qualquer forma, posso permitir que a postagem seja compartilhada. Mas lembre-se que eu costumo mantê-la atualizada quando saí alguma notícia relevante sobre o assunto.
Quando o seu site ficar pronto, compartilhe o link conosco.
Muito obrigado pela autorização!
O nome do site é dicueca.com.br, e falará coisas sobre o universo geek e nerd, tais como filmes, video game, quadrinhos...
Assim que ele estiver no ar, te aviso!
Excelente post, Leandro!
É uma pena que a saga Assassin's Creed se perdeu demais na fantasia com essas novas dlcs da Tirania do Rei Washington. Essa realidade paralela da dlc ficou tão estranha que ate parece ser Skyrim e a impressão é que a qualquer momento vai aparecer um dragão e o Connor vai mata-lo com um "fu ros dah"... So achei que ficou faltando mais conteudo sobre o AC Liberation que é excelente tambem, especialmente por causa da Aveline que é muito carismatica, pena que exclusivo pra psVita, por enquanto. E vai ai uma fofoca de bastidores da Ubisoft: parece que a proxima dlc do ACIII vai juntar o Connor e a Aveline em umas missões paralelas das duas tramas e vai ter um grande romance entre os dois nessa historia. Tai um belo easteregg que um dos designers da ubisoft deixou no tumblr pessoal dele um dia desses:
http://25.media.tumblr.com/tumblr_m9tkz0wNGL1rbvmmgo1_500.jpg
To na expectativa de ver esse lado Liberation do Connor e da Aveline nos proximos capitulos da saga...
Um grande abraço!
Nat.
Acerca de você falar sobre AC III: Liberation, por ter pouco conteúdo aqui, o fato são dois para responder isso: primeiro, ele me comprometi em apenas falar a história dos jogos principais, pois não joguei os jogos derivados; segundo, AC III: Liberation é exclusivo do PS Vita, eu não tenho um desses, e dependo de meu PC para jogar a série de Assassin's Creed. Daí de não me adentrar em mais detalhes acerca deste jogo e de outros jogos derivados, por falta de conhecimento dos mesmo.
Mas agradeço vosso comentário e esse possível easteregg. Por hora, aguardo AC IV: Black Flag
Caro Leandro
Conforme havia lhe informado previamente, meu blog já está no ar: www.dicueca.com.br
Irei publicar a primeira parte do seu post nessa quinta-feira, e o dividirei em 4 ou 5 partes (para ficar mais no perfil dos meus leitores)
Um grande abraço, e muito obrigado pela sua autorização.
Essa é a mini cultura do jogo que supera toda que passa na cabeça do Marcelo Rezende -_-
Podem me criticar, mas conheci o jogo agora, até comprei o 1 para conhecer bem o jogo. Só tenho que dizer uma coisa: EXCELENTE esse blog!!! Parabéns!!!
Pedro - Mogi Mirim - SP
Maravilhoso post! Assassin's Creed é uma grande franquia, a minha preferida.
Estou esperando ansioso por um aprofundamento na Era de Oura da Pirataria. Seria legal também falar um pouco sobre o DLC, Freedom Cry, com as origens da revolução Haitiana!
Estou pesquisando para me aprofundar acerca do contexto histórico do jogo, mas quanto a Revolução Haitiana (1791-1804), ainda vou dá uma olhada até onde posso fazer menção a esta, pois ainda não joguei a DLC. Contudo, tenho que ver até onde poderei recuar para encontrar as origens da revolução, pois os acontecimentos que contribuíram para a revolução começaram por volta do final da década de 1750, mas só vieram a ter impacto propriamente nos anos de 1780, ou seja, um bom tempo depois da história dos jogos. Porém, verei o que posso mencionar.
Mas e o simbolo da série? significa o que? Parece um compasso.
Sua pergunta é pertinente, mas ainda não consegui descobrir o significado deste símbolo. Já andei olhando nos sites da Ubisoft sobre a série, mas nada de fazerem menção ao significado do símbolo da Ordem. De qualquer forma, ainda continuo as investigações e quando encontrar, porei o seu significado.
Vai ter também dos próximos jogos da saga?
Sim. A medida que os jogos da série principal forem lançados, farei a atualização.
Contudo, não posto os jogos spin-offs e as hqs, pois na maioria eles são apenas ficção, e possuem pouca relação com fatos históricos.
Por que o assassin's creed rogue está sendo tratado como um spin off?
Renan Souza, os jogos principais da série estão relacionados ao personagem do Desmond Miles ou a suas memórias. O protagonista de AC Rogue não é um ancestral de Desmond, pelo menos não apresentado até agora, se vier a ser, eu atualizo a postagem.
Logo, os personagens que não são antepassados do Desmond, consistem em spin-offs, como a Aveline e o Adélawé.
Quanto a AC Unity, aí é um caso a ser avaliado. Pelo que pesquisei, o Arno não é um antepassado do Desmond, logo, isso sugere que se trate de um spin-off, no entanto, a Ubisoft informou que estão para começar um novo arco de histórias, encerrando a participação de Desmond e colocando outro protagonista em seu lugar.
O que implica em dizer que o Unity não seria um spin-off, mas parte da série principal, embora contanto com tais diferenças. Todavia, se ele for considerado um spin-off, ele será mudado de posição.
Incrível ótimo trabalho 👏👏👏 parabéns
Adorei o seu post! Sou estudante do curso de História e muito fã da série, claro que o tema da minha monografia será sobre o jogo. As referências bibliográficas irão ajudar muito na minha pesquisa.
Forte Abraço!
Obrigado Ana Carolina. Neste caso coloquei bibliografia bem simples. Tenho outros livros que poderia acrescentar, mas como o intuito é apresentar o básico sobre o tema, optei em não colocar nada mais a respeito. Além disso, tenho que atualizar a postagem com o último jogo.
Leandro, você poderia me passar essa bibliografia por email?
Ana Carolina posso sim. Inclusive coloquei apenas bibliografia básica aqui. Se quiser posso recomendar outras obras também. No caso da Revolução Industrial, ainda não joguei o AC Syndicate, por isso não escrevi a respeito.
Me passe seu e-mail. Que te envio a bibliografia.
Que artigo incrível! Comecei a jogar AC recentemente (Unity e Syndicate) e fiquei morrendo de vontade de jogar os outros com mais peso histórico
De nada, Luciano. Ainda vou postar a história do AC Origins. Apesar que ela também seja rasa em alguns aspectos.
Ajudo dms,meu professor passo um trabalho sobre a Revolução Francesa e para nos basearmos no jogo e fazer um relatório,e ñ conhecia o jogo,consegui tirar vários fatos da qui,obg
Que bom Lucas F. Se quiser mais informações, procure nos sites sobre Assassin's Creed, comentários sobre o jogo e veja os gameplay ou os cutscenes da história.
Olá Leandro como posso entrar em contato com você? Aí vai meu whatsapp 21 979883771
Olá, Unknown, pode enviar um email para mim: vilarleandro@hotmail.com.
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